Pietro Rossi
- É o que eu tenho a ver com isso? - ele pergunta debochado - você não fez mais que a sua obrigação de não entregar sua família.
"Resposta errada" pensei suspirando pela idiotice dele de falar uma coisa dessas na situação que se encontrava.
Senti Bernardo se remexer abaixo de mim e quando o olhei ele estava fervendo de raiva, mesmo tentando esconder esse fato. Olhei em volta e todos que estavam fervendo de raiva, eu suspeitava que fossem Santinelles aqueles mais estavam irritados, mesmo vendo que até aqueles que não são da família Santinelle estavam com raiva das palavras daquele homem, suas palavras eram mais do que só ofensivas a honra de Eleonora, elas revelavam que por muitas vezes pessoas que foram leais e deveriam ter sido recompensadas por esse homem não foram, isso abria um precedente de uma seria de coisas erradas que podem ter acontecido bem debaixo de seus narizes por anos e ele não perceberam.
Todos parecem admirar muito Eleonora, não os culpo eu também admiro.
- Não - pergunta mais debochada ainda, mas ainda sim calma, coisa que me surpreende já que eu não aguentaria manter essa calma toda - então pense comigo; se eu tivesse falado alguma coisa você não estaria aqui - ela parou e se levantou - a vagabunda oferecida da sua filha não estaria praticamente esfregando a buceta de prostituta na cara do meu sobrinho... - ele a interrompeu de um jeito totalmente rude.
Não me surpreende que até mesmo Eleonora constate para ele que aquela filha dele é uma vagabunda.
- NÃO OUSE FALAR DA MINHA FILHA SUA VAGABUNDA - ele grita nada agradável.
Se ouvi um silencio depois um grito dele. Porém, logo depois Eleonora acabou de enfiar uma faca na perna dele.
- NUNCA MAIS INTERROMPA UM SANTINELLE ENQUANTO ELE ESTIVER FALANDO SEU BASTARDO - ela grita pela primeira vez fazendo eu dar um pequeno pulo do colo do Bernardo que me segura pela cintura de um jeito calmo, mas mesmo assim apertando ela.
- Que sair? - ele pergunta baixinho no meu ouvido completamente preocupado, fazendo com que eu me arrepie da cabeça aos pés.
- Não – respondo baixinho, não querendo interromper o que estava acontecendo, já que todos estavam prestando completamente atenção ali - isso está ficando interessante - completei ainda mais calmo.
- Você é mesmo minha alma gemia - diz ele dando uma risada gostosa mesmo que baixinho.
- Por que diz isso? - pergunto não entendendo muito bem.
- Você não quer sair mesmo? - pergunta e eu nego com a cabeça, mesmo achando fofo a sua preocupação comigo - por isso! Você não tem medo, você realmente pertence a famiglia. A minha família e a famiglia italiana – completou baixinho bem perto do meu ouvido.
Sorrio internamente com isso; sei que não estávamos em família e não posso ser descuidado e preciso me comportar
- Bom vamos continuar a história - eu fui liberada e fiquei mais uns meses me recuperando em casa - ela faz uma pausa olha para mim e Bernardo e sorri - eu me reergui sabia. Eu fui quebrada, quase estrupada e mesmo assim eu me tronei conseglieri da máfia mais poderosa do mundo. Eu sou uma das mulheres mais temidas do mundo, eu sou uma das pessoas mais temidas do mundo e eu não precisei trair ninguém para isso - ela fica quieta apenas olhando para ele - EU. ELEONORA SOFIE GIULIS SANTINELLE, UMA MULHER PASSEI POR TUDO ISSO E MESMO ASSIM AINDA ME REERGUI E HOJE SOU FELIZ - ela pausou e sorriu maquiavélica na direção dele – me cansei de você Salvo, já venho te aturando a anos esperando por esse momento, pelo momento que você iria cometer um erro, e adivinha – ela dá uma pousa – esse momento chegou.
Ela se sentou e Amelie se levantou sorrindo.
- Olha Salvo, sabe eu não gosto de você - diz ela calma se aproximando com uma faca na mão e um sorriso maquiavélico - você e muito machista, e eu não defendo nem um pouco o machismo na Alemanha, ainda mais eu sendo a Capo, a pessoa mais importante da máfia alemão - ela faz uma pausa - olha a onde eu estou - ela apontou para ele - e olha onde você está – constou olhando de cima para baixo ele.
Ela sorri me fazendo rir baixinho junto com alguns outros.
- Mas nós vamos continuar essa conversa em outro lugar - diz ela - por duas razões - disse suspirando fundo.
- Quais? - ele pergunta desconfiado e posso ver que está com dor na perna pelo jeito que move ela ainda com a fava fincado ela.
- Não que seja da sua conta - diz Bernardo assim que eu me levando ele se levantar atrás - mas respondendo sua pergunta, não queremos sujar a nossa sala de reuniões - diz seriamente, mas lá no fundo sei que estava querendo ser debochado.
- E o segundo? - pergunta.
- Temos um gravido entre nós - ele aponta para mim - não queremos desrespeitar o período gestacional de ninguém, ainda mais do meu futuro marido, pai dos meus filhos – completou me fazendo sorrir envergonhado por suas palavras.
- Essas coisas nunca serão bem-vistas pela famiglia - ele diz com raiva, me fazendo ficar com raiva - essas aberrações não deveriam nem nascer, deveriam morrer junto com essa putinha que não sabe o lugar dela na sociedade.
Isso não irrita somente a mim, mas também todos a nossa volta, mas eu sou mais rápido.
Pego a arma que está no cós da calça de Bernardo e atiro no braço e na perna dele, me aproximando deixando todos em choque.
- NUNCA MAIS OUSE FALAR DOS MEU FILHOS - grito nem me importando se alguém pode ouvir ou não - ELES SÃO MUITO MAIS DIGNOS DE QUALQUER COISA DO QUE VOCÊ, QUE TRAI AQUELES QUE LHES DERAM A MÃO - eu respiro fundo e me acalma - eles vão nascer em uma família que os ama demais, e mesmo que eles não tivessem uma família que os amasse muito eles têm a mim.
Dito isso eu me viro, e ainda com a arma nas mão vou em direção ao elevador.
- E para todos vocês - digo segurando a porta do elevador - eu estou gravido, mas me faria muito bem ver esse bastardo, figlio di puttana (filho da puta) sendo torturado.
Com essas palavras o elevador se fecha.
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Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)
Romance"Meu Garoto" nos conduz por uma jornada épica no mundo sombrio das máfias, onde dois homens de mundos opostos se encontram em uma espiral de paixão e perigo. Pietro Rossi, um jovem de dezoito anos, é lançado em um abismo de desespero quando se vê a...