Meu Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 01)

Diciottesimo Capitolo

Bernardo Santinelle

Eu tive um sonho estranho. Nesse sonho minha mãe me pegava com o Pietro e começava a dar o show dela, ele não é alguém preparado mentalmente para lidar com a minha mãe - as vezes nem mesmo eu sou mentalmente preparado para isso – ele saiu, discuti com a minha mãe e fui atrás dele o encontrando desmaiado, depois as coisas começam a ficar um pouco confusas na minha cabeça.

Eu lembro de esperar pelo médico por um bom tempo e depois de perder completamente a paciência quando médico chegou, isso realmente não é importante o que importa é o que ele me falou. Parando para pensar eu acho que esse médico só pode estar completamente louco isso sim, ele disse que Pietro estava grávido, mas sinceramente como isso é possível? Ele é um homem não poderia ser possível a não ser que ele seja intersexual, se bem que eu nunca parei para pensar nisso direito, porém, poderia realmente ser uma opção para explicar isso.

Um dos sonhos da minha vida é ser pai, eu sempre quis isso e agora essa possibilidade é possível, é uma coisa que está se tornando real de verdade, mesmo sendo completamente improvável.

Tenho certeza apenas de uma coisa, vou acordar agora com Pietro do meu lado igual a todos os dias nos últimos meses, depois vou trabalhar e no final do dia vou vê-lo de novo.

Abro os olhos, mas não estou em um quarto conhecido. Estou em um quarto branco com cheiro de formol, ou seja, hospital.

- Não, não, não – digo diversas vezes - foi só um sonho, só isso – digo para mim mesmo, porque eu mesmo quero acreditar que foi só um sonho, mesmo sendo meu sonho.

Uns segundos depois que eu abri os olhos meus pais, Isabela e um médico entram no quarto, Isabela me olha preocupada e apreensiva ao mesmo tempo, meu pai me lança um olhar parecido, já minha mãe embora me olhasse preocupada ainda sim tinha uma ponta de raiva no seu olhar, como ainda estou com um pouco de raiva dela pelas suas palavras eu apenas ignoro e olho para o médico, mas meu pai fala antes que u possa perguntar o que aconteceu.

- Meu filho como esta? – meu pai pergunta chegando mais próximo de mim.

- Estou bem – respondo me levantando e se sentando na cama – o que aconteceu? - pergunte uns segundos depois.

Isabela me olha um pouco preocupada, ou seja, Isa sabe de alguma coisa e com isso eu fico tenso demais.

- Não – repito novamente – Isabela olha para mim – ela faz isso – não pode ser real, não pode ser possível - completo uns segundos depois, meus pais me olhando não entendo nada, mas eu não me importo com isso só me importo com o que ele vai me falar.

- E possível sim – afirma ela uns segundos depois – o médico que está atendendo-o me explicou e depois eu pesquisei por conta própria e realmente é possível – completou uns segundos depois.

- O que aconteceu? – pergunto me ajeitando na cama depois das suas palavras, que ainda rodilhavam a minha cabeça.

Me sinto completamente atordoado, a palavra grávido ainda estava em minha cabeça.

Grávido.

GRÁVIDO.

GRÁ-VI-DO.

Estava entrando completamente em pânico com os meus próprios pensamentos, porém, uns segundos depois quando eu já estou bem mais calmo penso em um menino correndo pelos jardins da minha casa, talvez com os cabelos mais castanhos do Pietro e os meus olhos, talvez com ele sentado no gramado com algumas comidas em volta e uma barriga de gravido? Quem sabe esse pequeno sonho seja real algum dia.

Com essa imagem na cabeça eu só posso sorrir por poucos segundos antes de voltar o olhar sério para frente.

- Do que estão falando? – pergunta minha mãe se pronunciando pela primeira vez dês de que entrou no quarto.

Antes que eu pudesse responder o doutor que estava acompanhando o caso do Pietro entra no quarto.

- Que bom que acordou senhor Santinelle – ele diz me olhando. Comprimento as outras pessoas, inclusive o meu médico com um aceno.

- Como ele está? – essa é a minha primeira pergunta que eu faço, e isso fez o doutor sorrir para mim por breves segundos.

- Coloquei ele para dormir com um sedativo forte – responde com uma voz calma – provavelmente ele só vai acordar hoje de tarde – completou uns segundos depois.

- Hoje? – pergunto confuso.

- Te demos um sedativo – me responde ele – você dormiu a noite e o começo da manhã - informou.

- Os nervos depois dessa notícia realmente estavam a flor da pele – disse Isabela uns segundos depois me olhando debochada.

- O que está acontecendo? – meu pai perguntou nos olhando confuso.

- Depois daquela zena com minha mãe eu fui atrás de Pietro – digo olhando para ele que mantem um olhar indiferente nos primeiros momentos – quando cheguei ele estava desmaiado e sangrando pelas pernas...

Vejo que tanto meu pai quanto minha mãe arregalam os olhos, mas ela logo se recompõe e volta a postura que não faz diferença para ela e no fundo o pequeno olhar de raiva.

- Eu me desesperei e o trouxe para o hospital. Fiquei umas três horas esperando.... – Quando eu ia acabar de falar a porta e aberta revelando Graziella, Luccas e Hericco

- O que aconteceu? – pergunta Luccas olhando Isabela e depois me olha.

- Eu o vi ontem à noite e ele estava muito bem, saiu para te encontrar – Hericco disse uns segundos depois baixinho me olhando.

- Como eu ia dizendo o médico chegou e me avisou que Pietro estava... – antes que eu termine sou interrompido por minha mãe.

- Alguma doença sexualmente transmissível – ela afirma sem nem saber.

Os olhos de todos no quarto se arregalam. Luccas estava com uma cara neutra como se já soubesse que não poderia ser isso se não eu estaria desesperado e Hericco olha com medo para mim, mas eu apenas nego.

- Não – imediatamente – Pietro não tem nenhuma doença sexualmente transmissível – afirmo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, o que realmente é para mim – ele.... – Minha mãe me interrompe de novo.

- Tem uma doença crônica? – perguntou ela.

- Ele não está doente – digo perdendo a paciência.

- Então ele tem... – não deixei nenhum deles terminar.

- ELE ESTÁ GRÁVIDO - do um belo de um grito já perdendo a paciência por todos não me deixarem falar.

Meu pai mais próximo de mim me olha neutro, mas sei que há uma luta interna dentro dele, minha mãe por outro lado estava me olhando completamente em dúvida, mas depois ela me lança um olhar raivoso.

A porta e aberta novamente revelando Maria Julia e Pither.

- Gente o que ouve? – ela perguntou assim que entrou completamente e fechou a porta.

- Bernardo vai ser pai – respondeu Isabela sorrindo minimamente.

Ela e a única que consegue ficar feliz por essa notícia, não é possível, de qual planeta essa menina veio?

- Como assim? – pergunta Maju espantada – como vai contar isso para Pietro? – queria rir da cara dela e ainda mais das suas palavras, querendo ou não eu não tenho nada com Pietro – quem é a vagabunda? – ela pergunta irritada.

- É uma grande vagabunda mesmo – afirma minha queria mãe – se isso for verdade só está tentando te dar um golpe da barriga não vê? – pergunta abismada.

- Não é uma mulher Maju – digo sem levar em consideração o que minha mãe disse.

- Como não? – pergunta ela.

- Pietro esta grávido.