Cap 43

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P.O.V Josh

Olhei para a cara de Pedro e pela primeira vez senti medo, não por mim, mas por Any e pelo nosso futuro filho. Sei que Pedro não fará mais nada, ele estará morto, o que me preocupa são os seus planos que ele deixou programados na sua base. Precisamos ter todos os Sampaiers mortos.

- Deixem-me a sós com Sampaio. Ele falará a bem ou a mal- falo com raiva no olhar e eles assentem deixando a sala.

- Está com medinho Beauchamp? Neste momento algum dos sampaiers está a foder a sua mulher inteirinha com uma faca afiada. Ups. Menos um herdeiro- ele ri na minha cara e lhe dou um soco.

- Não ouse falar de Any nunca mais entendeu?- pego num martelo que temos na sala de tortura e posiciono os dedos de Pedro sobre uma tábua de madeira- Vamos brincar de Bob construtor. Pode ser?- sorrio e acerto com o martelo em cheio nos seus dedos. Pedro contém um grito de dor e morde os lábios para não gritar quando mais uma vez atingo os seus dedos com máxima força.

- Ainda não quer falar Sampaio?- ele nega e mais uma vez atinjo os seus dedos que neste momento estavam partidos aos bocadinhos. Sabe tão bem o ver assim tão vulnerável- Ainda não quer falar?- ele nega então pego a sua outra mão e repito o processo- VAMOS FALE ALGO. AGORA, QUAL O PRÓXIMO PLANO DE VOCÊS?- grito e ele não responde.

- Porque eu haveria de te contar os nossos planos?- ele ri.

- Para que tenha uma morte menos dolorosa- sorrio e pego um canivete começando a arrancar as suas unhas.

- Acha que isso me afeta?- ele tentava rir mas sei que continha um gemido de dor.

- URREA, PODEM TRAZER O AZEITE QUENTE, ELE GOSTA DE DESAFIAR- ouço um "ok" do outro lado e passado alguns minutos, os meninos entram com jarros a ferver de azeite. Aquilo deixaria umas boas queimaduras, isso se não o matasse de uma vez.

- Vocês não podem fazer isso- ele parecia preocupado. Sorri.

- Tem a certeza que quer continuar calado Sampaio?- ele engoliu seco e negou- Comece a falar- Falou Lamar e deixou uma pinga do liquido a ferver cair na sua pele. Apenas com isso, Pedro se contorceu de dor.

- Os novos planos estão guardados no meu escritório da nova base. Tudo numa gaveta ao lado do sofá onde pensei um dia foder a sua Vadia- ele falou para Noah que se irritou e jogou um pouco de azeito sobre as suas calças, mais precisamente sobre o seu membro. Neste momento Pedro não conteve o grito de dor. Sorri satisfeito.

- Alguém vá confirmar se o que ele diz é verdade, não podemos simplesmente confiar- Bailey disse o pegando pelo braço- ONDE FICA ESSA BASE?- Bailey gritou e Pedro engoliu seco.

- Em Miami, na zona sul, perto dos armazens da empresa de pólvora da cidade vizinha- ele falou tudo muito rápido já que Noah ameaçava deitar mais daquele líquido quente sobre as suas calças.

- MANDEM SOLDADOS PROCURAR A BASE E OS PLANOS- Urrea ordenou e Lamar, Bailey e eu fomos convocar e organizar tropas de soldados para ir até á base contrária buscar os planos.

- Quem ficará com Pedro?- pergunto sem dar muita confiança.

- Alguns soldados e eu ficaremos aqui na base para garantir segurança- assinto e me junto com os outros soldados para programar o próximo ataque.

[........]

Já estamos todos a caminho da base dos Sampaiers numa espécie de autocarro adaptado com todo o armamento. Lamar está na frente com Bailey seguindo as coordenadas a que tivemos acesso pelas informações que Pedro nos deu.

- Beauchamp, temos problemas- Lamar chama a minha atenção e tiro o cinto para ir ver o que se passa lá na frente.

- O que aconteceu??- pergunto preocupado.

- Estou a tentar rastrear a localização da tal base, mas mesmo estando perto, não consigo detetar nada perto da fábrica de pólvora. Aliás, a fábrica está desativada desde 2009, apenas tem o resto de material que não foram capazes de vender na época- Estranhei.

- CHEFE, AQUELE FUMO PARECE VIR PARA ONDE NÓS ESTAMOS A IR- grita um dos soldados.

- Não acredito- Falo entendendo tudo- ISTO É UMA ARMADILHA, TEMOS QUE SAIR DAQUI ANTES QUE O FOGO CHEGUE NA PÓLVORA E TUDO EXPLODA- ordeno e Bailey prontamente desvia o caminho voltando para trás em alta velocidade.

Voltamos rapidamente para a nossa base e ao chegarmos lá, deparamo-nos com uma invasão vinda dos sampaiers. Tinha soldados inimigos por toda a parte e os nossos estavam em desvantagem. Saimos todos do autocarro e corremos para ajudar os nossos companheiros na luta.

Consegui me desenvencilhar de alguns Sampaiers e corri até ao interior da sala de tortura. Estava vazia, Pedro tinha fugido com a ajuda de algum dos soldados inimigos. Procurei Noah com o olhar e o encontrei desmaiado num canto, vi a sua respiração e felizmente parecia estar vivo.

Corri até á parte de fora e cheguei a tempo de ver Sampaio e os seus soldados irem embora no mesmo autocarro que nós tinhamos usado para atacar a sua base. Maldita a hora em que carregamos aquele veículo com tanto armamento, agora eles estão em vantagem. Voltei para a nossa base e ajudei alguns soldados da nossa base que estavam feridos, creio que ninguém morreu.

Os soldados que estavam bem, assim como eu, ajudaram-me a pegar alguns Sampaiers que também ficaram feridos na batalha e a coloca-los na sala de tortura. Eles seriam úteis.

- Noah, Noah, acordaaaaa- Grito para o meu amigo ainda adormecido.

N/A: Poderiam pela vossa nobre gentileza colocar o dedinho na estrelinha abaixo? Obrigada

A Sobrevivente / Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora