Cap 11

11.1K 1K 371
                                    

P.O.V Josh

Quando voltei encontrei Any e Sina se abraçando no sofá enquanto falavam de algo que não prestei atenção. Peguei em Any e voltei para o meu quarto, nós precisavamos conversar. Mesmo ela não querendo.

DROGA, O QUE ANY FEZ COMIGO?

Quando soube o que realmente aconteceu dentro daquele quarto o meu sangue ferveu. Eu tinha que acabar com a raça daquele filho da puta. Eu, Noah e Bailey nos divertimos, cortamos dedos, espetamos palitos de churrasco nos olhos, ouvimos os seus gritos de socorro e jogamoa vinagre sobre os seus cortes profundos. Quando eu saí de lá, Evans ainda estava vivo, mas sei que não durará muito mais tempo. Obviamente pouparei Any desses detalhes. Às vezes penso se não seria melhor a ter deixado morrer quando a morte a chamou.

Sim, eu a salvei. Provavelmente ela não me viu, mas fui eu que a salvei de levar um tiro no meio da nuca. Ela estava paralisada, eu olhava tudo de longe pronto para atacar ao sinal de Noah. Mas algo me fez agir diferente do combinado. Eu não sei o que aconteceu mas quando eu vi o que estava prestes a acontecer, eu corri até ela sem me importar com as ordens de Noah. Isso poderia esperar, eu só tinha que a salvar, apenas isso.

Mas não sei se foi o correto. É muito hipocrisia da minha parte ter morto a pessoa que a abusou sexualmente sendo que eu a salvei e fiz com que ela fosse achada no meio do bosque. Consequentemente, eu a trouxe para esta vida. Eu sei o papel de Any nesta base, sei que ela tem relações com todos os soldados a troco de sobrevivência. E sei também que parte disso é culpa minha.

Eu a salvei e até hoje não sei o porquê...

Any está sentada na minha cama me olhando atentamente enquanto eu dou voltas ao quarto remexendo o meu cabelo de um lado para o outro. Sempre faço isso quando estou nervoso ou irritado.

- Não vai falar nada? - Any pergunta ao fim de algum tempo.

- Any?- ela me olha- espero que saiba o quão forte e sobrevivente você é - ela assente- gosta do que faz aqui?- ela nega rapidamente- apenas quer sobreviver?- ela assente com o olhar e a encaro sério.

- Então não fará mais nada para estes soldados. OUVIU BEM?- ele assente se assustando com o meu grito final. Eu sei que sou um babaca de vez em quando, mas talvez isso mude com uma certa cacheada.

É, eu estou definitivamente apaixonado por Any Gabrielly.

- Como assim? Se eu não o fizer, eles me matarão- ela fala confusa.

- Eles não fariam isso Any, eles têm respeito a mim e ao que é meu- respondo grosso.

- E o que você tem a ver com a minha situação?- ela pergunta me fazendo perder a paciência.

- Any- a deito na cama rapidamente ficando por cima dela e a encorralando com o meu corpo- Você é minha- ela engole seco processando.

- Sou?- ele fala com uma voz tremola.

- Apenas se quiser- Completo.

- E se eu não quiser?- ela pergunta com os lábios a uma mínima distância dos meus os mordendo. Aquela trapaceira está a provocar-me.

- Se não quiser?- ela assente- mmm.... Digamos que pode voltar agora mesmo para aquele quarto no meio de todos aqueles soldados. E Any?- ela me olha- Não terá mais salvação- ele assente.

- Isso não é como uma ameaça?- ela pergunta brincando com o meu cabelo. Ela está se divertindo com a situação? Any é menos inocente do que eu esperava.

- Não chamaria de ameaça. Podemos dizer.... Uma proposta?- ela pensa um pouco mas concorda.

- Então eu sou sua?

- se quiser?- ela assente- eu serei seu também- ele me puxa para um beijo urgente. Não esperava que isto fosse acontecer assim.

Não tinha nada de romântico neste beijo, apenas urgência e raiva o dominavam. Os dois beijavamos ferozmente mordendos os lábios um do outro até sentir o famoso gosto de sangue. Mas não nos importamos, continuamos com o beijo pedindo passagem com as nossas línguas que já se encontravam numa batalha harmoniosa por espaço.

Quando a maldita falta de ar chegou, nos separamos com as respirações acelaradas e troquei as posições. Me deito na cama e puxo Any para cima de mim. Ela ia falar algo mas a calo com mais um beijo mas desta vez calmo e com carinho. Não quero que ela fale agora, quero apenas aproveitar o momento.

Any deita a cabeça sobre o meu peito e fecha os olhos com um sorriso no rosto.

Gostei da forma como sorri, tenho a certeza que a farei sorrir mais vezes, o seu sorriso é lindo.

E quem ousar destruir esse sorriso, não ficará para conta a história.

Coloca as mãos sobre a sua cintura e adentro uma das minhas mãos por debaixo da minha camisa que ela vestia a sentindo arrepiar pelo meu toque. A minha mão rapidamente ficou á sua temperatura e limitei-me a fazer pequenos carinhos até sentir a sua respiração acalmar e ter a certeza que Any dormira.

A Sobrevivente / Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora