Capítulo 47- Treinamento

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Os imensos portões foram rapidamente abertos, nos revelando uma densa e úmida neblina. Até nada tinha sido muito mudado desde minha fuga nas férias. As janelas continuavam blindadas, os jardins cobertos de neve e a coloração da casa inteiramente desbotada. 

Assim que a porta de entrada da mansão foi aberta, uma adaga acertara em cheio a barriga de um senhor baixo de cabelos grisalhos e ralos, um nariz pequeno e pontudo, que estava flutuando verticalmente sobre a mesa de mármore central. Os gritos do senhor de meia idade se calaram devido à outra facada, dessa vez, na traqueia, cortando as cordas vocais. 

Lucius: Muito bem, mi Lorde.

Voldemort: Obrigado, Lucius...~ respondeu ele, com aquela voz arrastada e quase num murmuro~ Ah, vejamos o que temos aqui! Nossa ajudante finalmente chegou.

Amycus, que estava atrás de mim, empurrou-me para frente e eu caí próximo aos pés pálidos, ossudos e nojentos de Voldemort. Olhei para cima e vi aqueles olhos vermelhos intensos mirando-me com certa frequência.

Voldemort: LEVANTE-SE!!~ exclamou ele, puxando meu braço esquerdo com uma das mãos, fazendo com que me levantasse velozmente. 

Ele mirou minha cicatriz no olho direito e passou seus dedos longos e afinados dedos sobre ela, causando-me arrepios. A torta adaga foi pega novamente e o Lorde pousou-a próximo à minha garganta, quase cortando-a.

Voldemort: Eu disse que cortaria sua garganta caso você contasse, não disse?~ perguntou ele, enquanto Nagini enrolava-se em meu corpo e o apertava.

Assenti com a cabeça, fechando meus olhos fortemente para quebrar o contato visual. Consegui sentir a adaga tocando minha fina e macia pele, porém Amycus e Alecto o pararam.

Alecto: Lembre-se do plano, mi Lorde...

Voldemort: Ah, o plano... é claro!~ disse ele, soltando-me e fazendo-me cair com um baque surdo no chão~ Treinamento às 03:30 a.m., não tolero atrasos.

A voz dele estava dentro de minha cabeça, igual a da última vez que fiz contato com ele. Novamente assenti com a cabeça e logo fui liberada para ir ao meu "quarto". Desci as escadas e larguei-me na dura e desconfortável cama, chorando de tanta tristeza e dor interna que eu estava sentindo. 


Na madrugada do dia seguinte, acordei uma hora antes do treinamento obrigatório proposto por Voldemort. Coloquei uma roupa velha, já toda destruída e comida por traças, e subi as escadas, indo em direção ao jardim traseiro da gigantesca casa. Cheguei lá e vi Voldemort e Rabicho, um ao lado do outro. O servo veio e entregou-me uma varinha bem estranha. Na parte de baixo da varinha, tinha uma caveira e uma cobra saindo da boca da mesma; logo recordei-me da marca negra que havia visto no dia do baile.

 Na parte de baixo da varinha, tinha uma caveira e uma cobra saindo da boca da mesma; logo recordei-me da marca negra que havia visto no dia do baile

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Voldemort: Rabicho, diga a ela o que deve ser feito...

Rabicho: A senhorita terá de aprender feitiços um tanto quanto... perturbadores, como Sectumsempra, Cruciatus, Imperius e até mesmo a maldição da morte. 

Neville e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora