Capítulo 81- Explosões [2ª Guerra Bruxa]

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Capítulo não revisado!

Despertei de meus pensamentos profundos com um ruído de pedras se rachando e desmoronando sobre o piso do andar em que a Sala Precisa se localizava. Todos estavam desesperados e com medo do que poderia acontecer conosco à qualquer momento; não sabíamos se os Comensais já haviam invadido o castelo. Antes que pudéssemos pensar em algo para protegermos uns aos outros, uma figura baixa e loura avançava pelos corredores sem parar. Sua estatura e jeitos físicos me lembravam do irmão mais velho de Dennis, que ainda aguardava Collin para irem embora em segurança. Sua capa vermelha se movimentava em sincronia com a brisa de poeira que provinha das muretas caindo e se quebrando aos poucos conforme a silhueta corria para os andares de baixo. Tinha que fazer alguma coisa. Não podia permitir a morte de uma pessoa querida para Harry – que chegou minutos antes das explosões. 

Sem que percebessem, fui atrás do sextanista apressado e teimoso. Quando passei pela primeira cratera em uma das paredes, avistei uma redoma protetora azul celeste sendo formada ao redor da escola de magia e bruxaria; ainda tinha tempo para alcançar Collin, mesmo que fosse pouco. As escadas escorregadias e brincalhonas também não me ajudavam muito nessa missão. Iam e vinham de um lado para o outro enlouquecidamente. Era como se tivessem a consciência da batalha que haveria ali. Voei por todos os passadiços existentes e nenhum sinal daquele moleque; onde ele poderia ter se enfiado? Olhei para o breu que existia acima do castelo e reparei que não tínhamos mais a proteção que os Aurores e professores fizeram. Agora seria o começo oficial da guerra, não tinha mais volta.

Ao notar pegadas de sangue fresco em direção ao Salão Principal, segui-as com pressa e preocupação, e dei de cara com o louro batalhando com um dos aliados mais fortes e poderosos de Voldemort: Bellatrix Lestrange, a vaca da minha mãe. Antes que ela o matasse com o feitiço da morte, empurrei-o para longe e iniciei minha batalha com a mulher de dentes podres, traços faciais cadavéricos, e olhos negros sem brilho algum. 

— Vamos acabar logo com isso, Bellatrix... — disse empunhando minha varinha para duelar com ela.

— Hahahahah!! — gargalhou a mais velha com seus cabelos parcialmente grisalhos — Mal posso esperar para te ver estatelada nesse chão!

— Isso é o que veremos. — desafiei. 

Não foi possível escutar nada mais à minha volta, somente os berros e risos escandalosos da adulta que aniquilou meus verdadeiros pais da face da Terra. No momento em que lutávamos e lançávamos magias fortes e mortais, lembrei-me das boas horas que tive com minha mãe e meu pai noutro tempo. As brincadeiras aos sábados, os sorrisos que colocavam em minha boca quando não me sentia bem, a amizade e confiança que dispúnhamos um no outro, e as canções de ninar que afastavam os pesadelos malignos... Tudo isso foi por água abaixo na noite em que morreram por conta dessa ridícula! Já não aguentava mais escutar sua voz aguçada e estridente; sua pele pálida como os ossos de um defunto; sua arcada dentária destruída pelas brigas que se meteu; e seu jeito estúpido de ser e agir. Cansei daquela mulher que, um dia, chamei de mãe. 

Assim que percebi que havia encurralado Bellatrix Lestrange, arranquei sua varinha torta de seus dedos enfraquecidos, e a parti no meio, atirando os restos de madeira sem utilidade alguma no meio da multidão de pessoas do bem e do mal. Olhei no fundo da alma dela e, sem dó, nem piedade, repeti as mesmas palavras que ela tinha dito para mim minutos antes de começarmos nossa batalha. 

— Mal posso esperar para te ver estatelada nesse chão... Te vejo no inferno, sua vadia! Avada Kedavra!! 

E, sem sentir agonia nenhuma, o corpo intacto da mulher caiu sem vida sobre meus sapatos. Tinha conseguido minha vingança! Eu matei Bellatrix Lestrange, a mais forte aliada de Riddle e suas ideias malucas. Senti-me integralmente completa por ter feito aquilo sem sentir dó dela, afinal, ela não deve ter se magoado quando estilhaçou meus pais, não é mesmo? Quando deixei essas concepções de lado, disparei para fora daquele corredor nojento para procurar o menino menor de idade que estava tentando proteger desde o começo, porém, em um momento anterior de minha saída daquele lugar, incendiei o torso de Bellatrix e repeti para mim mesma: "Te vejo no inferno...". 

Neville e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora