Capítulo 51- Pós Quase Morte

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Minha audição parou. Não era possível escutar mais nada; exceto o grito de minha mãe antes de sua morte dolorosa. Minha visão se abriu desesperadamente, como se eu tivesse acabado de ter um pesadelo. Achei que fosse ver o cenário de guerra, porém estava inteiramente equivocada. Não haviam pessoas ao meu redor; nem objetos; muito menos feitiços sobrevoando minha cabeça. Pelo contrário, estava escoltada de uma lucidez que não acabava mais. Perturbada, levantei-me e comecei a correr sem mais nem menos. 

A cada passo que eu dava, sentia como se estivesse flutuando numa nuvem de algodão-doce, coberta pela claridade vinda de todas as direções. De repente, meu fôlego acabara num passe de mágica; Agora, parecia que eu estava afogando-me lentamente nalgum mar de lágrimas. Mas, as águas daquele mar de prantos tinham gosto... um gosto particularmente estranho e suave, quase neutro. A coloração da luminosidade começou a mudar, tornando-se um vermelho vivo, próximo ao marrom. 


O que seria isso?... Sangue!!


Esforcei-me para remar para longe do pélago de sangue, entretanto não estava mais sozinha. Acompanhando-me, haviam dezenas... centenas... MILHARES de tubarões nadando junto à mim; passando debaixo dos meus pés nus e gélidos, fazendo-me sentir arrepios na espinha. Assim que um dos enormes peixes abrira a bocarra para abocanhar minha cabeça e arrancá-la fora, um vento esquisito e extremamente forte afastou-me de todos os tubarões possíveis; levando-me de volta ao lugar onde acordei.




Meus olhos foram se abrindo vagarosamente. A intensa luz que vinha do brilhante e elevado teto, ofuscava minha visão. Aos poucos, fui abrindo meus olhos e começando à sentir formigamentos nas mãos e nos pés, criando cócegas e me fazendo rir bem baixinho. Olhei ao meu redor e pude ver diversos cenários: Curandeiros vestidos de verde correndo para lá e para cá, muitas vezes com pacientes caídos em seus braços; à minha frente, vários senhores de idade deitados tranquilamente; ao meu lado, sentado em uma cadeira, estava Neville. À minha visão, ele não parecia feliz, pelo contrário, assemelhava tristeza e preocupação. Suas bochechas estavam vermelhas-arroxeadas; seus olhos azuis-esverdeados emanavam lágrimas a cada segundo; sua boca encontrava-se contraída e com uma coloração esbranquiçada fora do normal. 

Pretendi suspirar, porém fui impedida por uma fumaça branca e densa que entrara em minhas vias respiratórias. Pigarreei demasiadamente, concebendo a atenção de meu namorado, que quase no mesmo instante virou-se para mim e chamou a curandeira mais próxima. A benzedeira (sinônimo de curandeira) aproximou-se de mim e começou à examinar-me, arrastando sua varinha junto à minha pele.

Está tudo nos conformes, Sr. Longbottom.~ concluiu ela, abrindo um sorriso imenso.

Neville: Obrigado!

A curandeira retirou o respirador que tampava minha boca e nariz, liberando a nublada fumaça escapar pelos ares. A senhora deixou apenas o soro em minha veia e retirou-se da sala, onde pude reconhecer como ala de Janus Thickey, onde residiam meus sogros: Alice e Frank Longbottom. Mal terminara de espreguiçar-me e Nev encheu-me de perguntas:

Neville: Como está se sentindo? Está tudo bem?~ perguntou ele preocupado.

S/N: Estou bem, meu amor! Pode relaxar.

Neville: Não dá para relaxar... eu quase te p-perdi novamente.~ respondeu ele, fazendo carinho em minhas mãos gélidas e assustadoramente pálidas.

S/N: Agora está tudo bem, meu solzinho... poderemos finalmente ficar juntos.

Em meio às lágrimas em seu rosto gorducho, surgira um lindo sorriso. Como eu amava ver ele sorrindo, principalmente ao meu lado. Seus lábios se descontraíram, fazendo com que ficassem mais prazenteiros e saboridos. Sentei-me na maca, ficando mais próxima ao garoto que, agora, me parecia mais relaxado e calmo. Encarei os lindos olhos de Nev, vendo somente a minha imagem sendo refletida naquela clara visão. 


Como eu tenho sorte por tê-lo em minha vida.


Elevei uma de minhas mãos à altura da suave e aquecida face do menino, acariciando sua bochecha relativamente avermelhada, lembrando um morango. Umedeci meus lábios com a ponta da língua, em um convite silencioso para que uníssemos nossas bocas em um beijo aprofundado e intenso. Inclinei minha cabeça vagarosamente, roçando meus lábios aos dele, contornei com a língua sua boca. O beijo aconteceu moroso e desmedido, entre gemidos abafados, nossas tramelas se entrelaçavam urgentemente, ardentes e úmidas. A amorosidade de ambas nossas bocas era um grande contentamento de sensações maravilhosas. 

Vagarosamente, nossos lábios foram se descolando e dando espaço à nossa esbaforida respiração. 

Neville: Estava com saudades disso...~ disse ele, recuperando o sopro.

S/N: De mim, ou dos meus beijos?~ perguntei, cruzando os braços.

Neville: Dos dois!

Ele puxou-me novamente para um beijo, dessa vez, mais rápido. Como eu sentia falta daquele perfume em meus lençóis... cheirinho de chiclete de cereja e terra molhada. 


Ele é perfeito, não existe ninguém que supere o que ele faz comigo.


Assim que nos afastamos após o breve selinho, ele deitou-se ao meu lado e ficamos de carícias até eu adormecer em um aprofundado sono.


Continua...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA 3K GNT, EU N TO ACREDITANDOOOOOOOO

Já fiz uma dedicatória no meu perfil pra vcs, ent, caso vc n tenha visto, vai lá pra ver ʕ•̫͡•ʔ♡*:.✧

Mas sério, eu só tenho que agradecer à ocês Ꮚ❛⃘ੌꈊ❛⃘ੌᏊ♡ Além do mais, me perdoem pelo cáp. curto :/ Espero q tenham gostado e não se esqueçam de votar 

Amanhã tem mais, pessoal @( o・ω・)@


bjbj (つ ͡° ͜ʖ ͡°)つ

Neville e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora