Capítulo 68- Não podia ser

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Obs.: Mil desculpas caso esse capítulo tenha ficado ruim

Por um instante, minha mente deu inúmeras voltas em si mesma, criando uma tontura e enjoo poderosíssimos; ainda não acreditava no que havia visto segundos antes. Logo surgiram gotículas de suor em minha pele, provocando a sensação de um frio congelante que jamais sentira em todos os invernos que passara em Hogwarts. Por fim, acabamos parando em um corredor escuro e enevoado.

Neville: Amor, está tudo bem?~ perguntou desesperado, segurando-me pelos braços no momento em que minhas pernas falharam pela primeira vez~ Está muito gelada... e pálida.

Mirei a ponta dos meus dedos e ele tinha razão; meu tom de pele não apresentava a coloração que soia frequentemente, mas sim um tom acinzentado e com aparência cadavérica. E, de repente, tudo foi se embaçando e apagando-se morosamente, levando consigo o último pingo de consciência que restava em minha cabeça. 





Subitamente, despertei em uma localidade diferente da qual adormeci; acordei em uma espécie de calabouço mágico e imerso numa camada fortificada de flocos de neve. Não fazia ideia onde eu encontrava-me, a única coisa que sabia naquele fatídico segundo, era que meus órgãos estavam completamente congelados e mortos; restavam apenas alguns segundos para que eu começasse a morrer dolorosamente. Prontamente, a queimação de minha persona tinha dado início, fazendo com que, de minha boca, escapassem eternos gemidos e gritos de dor e tristeza. Tudo que tinha conquistado até o meu suspiro restante, fora jogado no lixo. Minhas conquistas; minhas amizades; meus estudos; e, principalmente, meu namorado e sua preciosa família. Em míseros segundos, meu coração voltara a palpitar lentamente; o ar quente passava novamente pelas minhas vias aéreas, enchendo meus pulmões de alegria e esperança; e minha consciência acordara do seu pequeno sono. Entretanto, quando minhas pálpebras se separaram, não encontrava-me mais no calabouço; mas sim, na ala hospitalar, comandada e direcionada por Madame Pomfrey; a melhor curandeira de todas já existentes. Quando meus lábios se descolaram para murmurar algo, Neville, que estava ao meu lado, pulou de alegria e acariciou minha mão risonhamente.

Neville: N-não consigo acreditar que você a-acordou!! Madame Pomfrey!!~ gritou, correndo porta afora procurando pela enfermeira.

Tentei erguer-me, porém alguém me puxou para trás novamente, gerando um pequeno conflito entre meu equilíbrio e minha sonolência. Brevemente, retornei à realidade e consegui balancear-me nas pedras frias e cobertas de musgo que revestiam o solo. 

Madame Pomfrey: Oh querida, por Merlin, deite-se novamente!!~ brigou a senhora de cabelos grisalhos e brilhantes~ Ainda não está em tais condições de sair perambulando por aí! 

A senhora observou cada traço de meu rosto peculiar e balançou a cabeça negativamente, afastando os fios que aproximavam-se de seus olhos e boca. 

Madame Pomfrey: Pelo visto, a senhorita terá de ficar mais algum tempo por aqui, Lestrange... Os danos que seu desmaio causaram foram absurdamente graves e precisam de uma atenção redobrada.~ afirmou, prendendo seu cabelo levemente cacheado em um coque~ Quanto a você, Sr. Longbottom, infortunadamente, necessita retornar às suas atividades escolares; não poderá permanecer aqui durante as aulas, muito menos durante a hora de dormir. 

Neville: Mas Madame Pomfrey, ela é minha namorada e melhor amiga, não posso deixá-la sozinha... estamos juntos nessa.

- As ordens são feitas para serem obedecidas, Sr. Longbottom- murmurou uma voz arrastada e habitual. 

Neville e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora