Capítulo 2- Trem

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Assim que chegamos na estação de Kings Cross, pegamos carrinhos para colocar as malas e vi uma multidão de gente em torno de uma pilastra entre as plataformas 9 e 10. Todos usavam roupas de trouxas para esconder a realidade mágica.

— Cadê o trem? — questionou Draco ao pai.

— Terão que atravessar aquela pilastra mágica — respondeu com sua voz arrastada e sem ânimo.

Fiquei bastante intrigada com isso, afinal, como iríamos atravessar uma matéria sólida feita de tijolo? É tecnicamente impossível para a ciência, mas não para a magia. De acordo com os livros de História de Magia, a Plataforma 9¾, escondida entre duas escoras, fora criada com o intuito de proteger ambos os mundos, tendo acesso apenas àqueles que têm sua bruxaria à flor da pele.

— O Senhor não vem com a gente? — perguntou Draco mais uma vez.

— Claro que não! Eu e sua mãe temos assuntos mais importantes para tratar.

Pelo seu tom de voz, parecia que estar já sem paciência e muito bravo com a curiosidade de seu filho primogênito, que, nos próximos anos, orgulharia a linhagem dos Malfoy, tornando-se, futuramente, o Comensal mais novo existente.

— Tipo?

— Não é assunto para vocês, agora cale-se! — explodiu Lucius, mirando a criança loira com certo desprezo.

Esperamos um pouco e logo a multidão sumiu e pudemos atravessar. Paramos em frente a pilastra e, aparentemente, os trouxas não estavam nos vendo ali, parados que nem tontos em frente à uma coluna estrutural. Narcissa deu um beijo no topo de nossas cabeças antes de partirmos em direção ao famigerado 'Expresso de Hogwarts'.

— Se estiverem nervosos, é melhor correrem e fecharem os olhos para tirar essa sensação horrorosa. Também tive medo quando atravessei pela primeira vez — confessou a mãe Malfoy.

Dou o primeiro passo, pois Draco estava com muito medo e implorou para que eu fosse na frente dele. Tomei uma determinada distância, corri na velocidade que o carrinho me permitia e, quando percebi que estava chegando perto, fechei meus olhos fortemente e, em momento nenhum, não houve colisão. Continuei correndo, abri meus olhos e vi um enorme trem vermelho e com um emblema na ponta.

" Hogwarts Express "

E com aquele desenho do leão, texugo, águia e serpente logo acima. Saí do caminho para que Draco pudesse passar e olhei para a pilastra, onde vi uma placa escrito 9¾.

Eu estava tão distraída com a beleza do lugar que nem reparei no pequeno sapo que tinha atrás de mim, derrubando-me consequentemente

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Eu estava tão distraída com a beleza do lugar que nem reparei no pequeno sapo que tinha atrás de mim, derrubando-me consequentemente.

— Aí! Ué, o que um sapo está fazendo aqui sozinho? — disse a ninguém em particular.

Sentei-me e o observei melhor e mais de perto. Ele era marrom, coberto de bolinhas que pareciam verrugas. Como ele não aparentava ter dono, peguei-o com as duas mãos e coloquei no bolso do casaco. Quando olhei para cima, vi Draco me esperando.

Neville e EuOnde histórias criam vida. Descubra agora