49. Flores

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Juliette nem acreditou quando a secretária da faculdade ligou avisando que seu professor havia cancelado a aula daquela noite. A garota tinha passado a tarde toda se dividindo entre as tarefas do escritório e um trabalho acadêmico que atrasara. Pelo menos estaria livre de qualquer compromisso até a manhã seguinte.

– A Sarah já foi? – perguntou, ao encontrar os três assistentes dela confabulando no corredor.

– Faz mais de uma hora – informou Felipe. – Ela não lhe avisou?

A garota virou os olhos.

– Ah é, claro, eu deveria saber, porque segundo vocês nós temos um caso, não?

Os três riram.

– Relaxa, Ju , já sabemos que era brincadeira dela – contou Cristiane.

A morena assentiu. Quando ia deixando a firma, ficou pensando que para variar, Sarah tinha acertado nisso também. Nem pegando as duas em flagrante aqueles três voltariam a pensar que alguma coisa estava acontecendo de verdade. Na certa, chegariam a conclusão que Sarah estava curtindo com a cara deles de novo.

Rindo sozinha, a garota aproveitou a folga imprevista para passar em uma floricultura antes de finalmente ir para casa. A surpresa deveria ser para Sarah , mas foi Juliette que ficou sem ação logo depois de entrar pela porta da frente.


Meia hora antes da chegada imprevista da morena , Sarah estava dando um jeito na bagunça da papelada que mantinha em casa quando ouviu o interfone

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Meia hora antes da chegada imprevista da morena , Sarah estava dando um jeito na bagunça da papelada que mantinha em casa quando ouviu o interfone. Se não estivesse com o humor tão bom, teria ignorado. Mas naquelas circunstâncias, nem mesmo um vendedor de Bíblias testaria sua paciência.

E era isso, ou um engano, que ela esperava, quando a voz que lhe saudou causou a impressão de que um carro desgovernado acabava de passar por cima do seu corpo.

Após um longo silêncio, conseguiu dizer:

– Entre, Pocah , está aberto.

Enquanto esperava que Pocah atravessasse o jardim, Sarah tentava decidir se sorvia uma dose de uísque ou não. Antes que chegasse a qualquer conclusão, a campainha soou. Com a mão na maçaneta, ainda se perguntou se queria mesmo abrir a porta.

– Oi... – disse a morena , insegura.

Sarah a olhou dos pés à cabeça, com o semblante tão sério, que parecia quase irritada.

– Oi.

– Olha, eu... Eu vim cedo porque achei que você não estaria em casa.

– Veio ver a Ju ?

– Não – confessou Viviane . – Quer dizer... Aaam... Será que eu posso entrar?

Em silêncio, Sarah apenas saiu da frente da porta.

– Fique à vontade – completou num tom que não parecia nem um pouco sincero.

Completamente sem graça, Pocah assentiu, baixando os olhos.

O triângulo Sariette - 3 temporada ( Final )Onde histórias criam vida. Descubra agora