PRÓLOGO

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"Era fácil saber que o que eu sentia por ele, era proibido, mesmo que fosse amor. Ele era o meu amor proibido. Quando o encontrei naquela tarde, eu jamais poderia ter imaginado que nossas vidas se ligariam dessa forma anos depois. Por mais que eu desejasse, e sonhasse com isso, eu jamais planejei algo assim. Nossa história não teve nada haver com atração física ou desejo mútuo, não pela parte dele pelo menos, e sim com o mais puro sentimento que possa existir na terra, o amor. Mesmo que esse sentimento não fosse por mim. O laço que nos uniu pode ter sido doloroso, mas era o nosso laço. Era o que nos unia, e isso era o que importava pelo menos para mim. E certas coisas acontecem no momento errado, pelos motivos certos... Eu o amava como jamais julguei ser possível, e isso nunca mudaria. E por esse motivo eu jamais pediria perdão pelo que fiz. Porque fiz pelo amor que sentia por Zayn. E se amar a ele como eu amava era pecado?

"Eu jamais seria inocente"

...

Eu tentava entender o que havia acontecido, mas a dor era insuportável demais para eu conseguir sequer pensar.

O que aconteceu?

Lágrimas desciam por meu rosto sem controle algum, sentia minhas mãos e pernas dormentes, não conseguia me mover direito. Tudo doía.

Por allah a dor era tão intensa que eu não conseguia distinguir as vozes ao meu redor. De repente minha consciência foi voltando, e o pânico junto com o desespero foi me dominando.

Essa dor.

Meu bebê.

Não!

Mesmo com a vista embaçada eu tentava olhar tudo a minha volta, lembrando que eu estava com minha bolsa nas mãos quando desci as escadas. Eu preciso do meu celular era a única coisa que conseguia pensar. Abri e fechei meus olhos por diversas vezes, mas nada mudava. Tudo estava embaçado, turvo.

— O que você fez com ela? — não conseguia identificar de quem era essa voz, mas o que me deixou mais alarmada era o pânico contido nela. — Alguém chama uma ambulância! — a pessoa gritou.

— Eu preciso do meu telefone. — falei em meio a dor que eu sentia me rasgar, e nesse momento senti um liquido quente molhar minhas penas e costas. Eu estava no chão e não conseguia me mexer.

Eu precisava falar com Zayn.

— Calma, procura não se mexer. — sentia alguém segurando minha mão. — Liga para o Zayn, ele precisa saber.

Agora eu chorava desesperadamente, não pela dor e sim por medo. Meu bebê estava correndo risco de vida? Eu sentia minha barriga ficar dura, e nem respirar eu estava conseguindo.

— Meu Deus tem muito sangue.

Nem mesmo o barulho de vozes ao meu redor era suficiente para abafar a meus pensamentos, e desespero. Eu tentei levantar a cabeça, para ver se via alguma coisa, mas a dor aumentou, e um gemido doloroso escapou da minha boca.

— Ai!

— Minha menina o que aconteceu? — olhei para o lado de onde ouvi a voz de Lia, logo em seguida senti o calor de sua mão segurar a minha, e deixei minha cabeça cair para trás, sendo apoiada por ela.

— Onde ele está? — minha voz era um mero sussurro. — Eu preciso dele, Lia. — falei, gemendo e logo em seguida comecei a sentir uma contração forte.

— Samira está tentando falar com ele, mantenha a calma vai ficar tudo bem. — fechei meus olhos, e tentava controlar o desespero.

Não demorou, para que a ambulância chegasse. Foi uma grande correria, e quem me acompanhou foi Samira, já que Lia não saberia o que teria que fazer quando chegasse ao hospital, mas ela havia pego todos meus documentos e as bolsas que estavam no meu quarto.

O enfermeiro fazia os procedimentos necessários dentro da ambulância, mas meus olhos estavam nela, que me olhava com pena. Eu senti a dor de suas próximas palavras antes mesmo de saber a resposta da minha pergunta.

— Falou com ele? — perguntei, e Samira balançou a cabeça.

— Ele está em uma reunião importante. — ela falou com uma voz pesarosa, mas com um sorriso nos lábios. Eu senti a lágrima descer pelo canto do meu olho e se esconder entre meus cabelos. Um buraco abriu em meu peito.

Ele não vinha.

Isso doeu mais que qualquer outra dor que eu tivesse sentindo nesse momento. Não era por mim, era sim por nosso bebê.

— Eu sinto muito. — ela teve a cara de pau em dizer. Eu sei que ela não sentia nada, além de prazer em me dar a notícia de que Zayn não vinha.

Ele não se importava.

O aperto no peito causado pela dor me causou falta de ar, saber que nem mesmo nosso bebê, escapava de sua mágoa pelo que fiz, me fez virar a cabeça para o outro lado querendo maior distância possível de qualquer pessoa dessa família. Fiquei o restante do caminho encarando os aparelhos da ambulância. Eu só tinha que ser forte o suficiente, para aguentar mais um pouco, ela precisava de mim.

Seria por ela.

Logo seriamos somente, eu e meu bebê.

Hoje pela primeira vez eu desejei que ele nunca tivesse nos encontrado. 

 

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Meu Conto de Fadas Quase PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora