CAPÍTULO 3

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BOA TARDE...


Dois meses depois...

Limpando uma das muitas lágrimas que descem livremente pelo meu rosto olho mais uma vez para meu quarto e sinto uma dor no peito ao imaginar em que estou prestes a fazer

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Limpando uma das muitas lágrimas que descem livremente pelo meu rosto olho mais uma vez para meu quarto e sinto uma dor no peito ao imaginar em que estou prestes a fazer.

— Espero que um dia possam me perdoar. — falo olhando para foto de Jamal com minha mãe.

Dois meses atrás quando tive a noite mais importante da minha vida, eu jamais poderia imaginar que hoje estaria indo embora as escondidas. Passo a mão em minha barriga, gesto que se tornou frequente desde que descobri que estou grávida. Sempre que sinto medo de tudo que possa acontecer a mim e meu bebê, acaricio minha barriga, num gesto em querer passar confiança e ele de que tudo vai ficar bem.

— Nunca irei deixar nada de mal acontecer a você!

Pelo menos é nisso que quero acreditar. Olho mais uma vez no relógio vendo que pela hora todos estão dormindo e sei que meu irmão irá demorar 2 horas para levantar, e como sei que ele vai sair e ficará boa parte da manhã fora. Pego somente uma pequena bolsa com algumas roupas, documentos e todo dinheiro que consegui juntar nesse tempo sem levantar suspeitas.

Eu poderia contar a verdade a alguém, mas não tenho coragem de admitir o que fiz, e em pensar em meus pais, e toda a vergonha que isso lhes trará, eu prefiro fugir. Seguro a carta que escrevi para Ayla e saio do quarto.

Sei que o que vou fazer poderia me custar o emprego, mas como estou indo embora, não faz muita diferença. Com todo o cuidado entro no quarto de alsyd e pelo silêncio estão dormindo. Evito olhar para a cama onde eles estão, e vou até um móvel perto da janela, que sei que Ayla gosta de observar a vista pela manhã, e a deixo ali.

Sentindo meu peito afundar, saio do quarto da mesma forma que entrei, sem ser notada. Respirando fundo sigo até a porta dos fundos da casa grande e vou em direção ao portão lateral, mas me assusto ao escutar uma risada. Meu coração dispara. Respiro fundo olhando para os lados e não vejo ninguém. Então continuo meu caminho. Sei que não é meu irmão e qualquer outro segurança que apareça, eu posso enrolar com qualquer desculpa. Pego a chave do portão individual e quando a coloco na fechadura percebo como minha mão treme, antes de fechar olho mais uma vez tudo, e sinto uma paz dentro de mim. Sei que o que estou fazendo é covarde, mas sei que é o melhor a ser feito no momento.

Quando viro me deparo com Zayed me encarando. Parado a minha frente com as mãos nos bolsos ele me observa.

— Está tarde para você estar aqui fora, não acha? — me pergunta abaixando a cabeça tentando me encarar.

— Eu... — as palavras me fogem e sinto minhas pernas fraquejarem. — E, o que você está fazendo aqui? — devolvo outra pergunta.

— O que eu estou fazendo aqui não é o problema Jasmim, mas encontrar você desse jeito a essa hora com uma mochila e saindo sorrateiramente dessa forma poderia dizer que você está fugindo. — ele diz sorrindo, e eu o encaro, assustada. Ele recolhe o sorriso no momento em que se dá conta. — Não, oh merda você não vai fazer isso. — sem dizer nada eu tento passar por ele de qualquer forma, mas Zayed me segura pelo braço.

Meu Conto de Fadas Quase PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora