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Eu respirei algumas vezes antes de tomar coragem em segurar a maçaneta e girar abrindo a porta. A mãe dele estava me esperando. Eu não sabia muito sobre ela, mas não senti nada de ruim quando ela esteve em meu quarto. Diferente da filha quando a encontrava, sentia até a alma congelar, com a presença.
Sair do quarto não foi difícil, pior era andar já que minhas pernas estavam instáveis. Eu sentia o peso do último mês de gestação, era um cansaço fora do comum, por mim eu ficaria deitada dormindo o dia todo. Ao chegar próximo a cozinha eu ouvia vozes, e uma música.
O que será que estavam fazendo?
Entrei na cozinha e me deparei com senhora Hadassa, cantando enquanto amassava algo no balcão. Ela cozinhava? Olhei para os lados a procura de Lia e não vi.
— Entre Jasmim. — olhei em sua direção quando falou comigo. — Venha me ajudar, pegue aquelas assadeiras ali. — ela não esperou que eu respondesse, já foi me pedindo algo. Isso era bom, eu funcionava melhor quando recebia algumas ordens.
Fui até onde estavam ás assadeiras e as peguei, deixando ao seu lado. Ela me olhava com um sorriso e acabei sorrindo também sem saber o por que. Nada mais foi falado, fiquei ao seu lado, e a ajudei no que precisou. Lia apareceu um tempo depois e nem pareceu estranhar eu estar ali ajudando a mãe de Zayn.
— Agora vamos preparar uma coalhada fresca. — senhora Hadassa disse ao ir lavar as mãos. Havíamos feitos muitas esfihas e recheado com várias opções.
Depois de um certo tempo, eu cantarolava alguns versos da música que ecoava na cozinha enquanto separava um pouco de coalhada que tínhamos acabamos de fazer, eu sabia que Zayn gostava de sopa de coalhada, e como ele tinha o habito de comer fora do horário isso seria uma boa opção. Separei também alguns outros ingredientes que eu iria deixar tudo em potinhos separado como alho, hortelã, e alguns pequenos quibes esses eu iria congelar.
Quando guardei os potinhos no frízer me dei conta que sua mãe me encarava com curiosidade. Senti meu rosto começar a pegar fogo.
— Zayn gosta de sopa de coalhada, deixando assim fica mais fácil de preparar. — justifiquei. Ela continuou a me encarar, e meu coração a gelar, mas então um sorriso surgiu em seu rosto.
— Eu sei que meu filho gosta Jasmim, me surpreende você saber disso. — ela limpou as mãos e se aproximou de mim. — Você sabe mais coisas sobre ele não sabe? — eu a olhei e concordei.
— Sim, senhora. — admiti envergonhada. Ela me olhava, mas não aprofundou o assunto.
— Bom, nenhum dos homens dessa casa vem almoçar. — ela segurou minha mão com delicadeza. — Vamos cuidar alimentar essa princesinha. — então sem pedir permissão ela passou a mão em minha barriga. — Ela deve estar com muita fome, se puxou ao pai. — sorri.
