Amor Arriscado. [1° livro da saga Mafiosi Perfetti]

Capítulo 27

Bianca.

Eu estou maluca, sério, eu não sei mais o que faço comigo mesma, como eu posso aceitar isso? o cara é um mafioso, isso é loucura. Ta, Bianca, você já aceitou, já era, e eles são pessoas boas, não pira. Ontem eu passei o dia todo com eles, os pais dele são pessoas incríveis, e o pai dele? o cara me faz lembrar muito do meu pai, não em aparência, mas nas coisas que fala.. Aquele jogo de pergunta me fez lembrar de todas as manhãs com o meu pai, no café da manhã ele ficava fazendo perguntas, isso aconteceu depois de uma prova que o Heitor foi muito mal, ele decidiu fazer as perguntas da prova para todos na mesa para assim ajudar meu irmão, e isso acabou virando uma rotina. As duas perguntas que ele fazia todos os dias eram "Qual é a velocidade da luz?" e "Em que ordem surgiram os modelos atômicos?" Isso porque essas foram as duas perguntas que o Heitor mais demorou para saber a resposta, o resto das perguntas eram bem variadas. Fiquei ainda mais chocada quando eu respondi certo e ele disse "Acertou querida, merece um doce". Exatamente o que meu pai falava. Mamãe não gostava que meus irmãos e eu comessem doce de manhã, então quem acertasse as perguntas papai dava doce escondido.

O homem me fez as mesmas perguntas e olhava para mim como se soubesse que isso significava algo pra mim, eu gosto de todos eles, mas saber que por trás disso eles escondem esse segredo, uma máfia..

-Bianca, o paciente do quarto 68 tomou as medicações com você mais cedo? - Outra enfermeira pergunta.

-Sim Angela, porque? - Pergunto.

-Ele está se recusando a tomar o medicamento, eu já tentei de tudo.

-Eu posso tentar. - Falo.

-Obrigado.

Saio da sala e vou para o quarto, quando eu entro, vejo o senhor teimoso que mais parece aqueles velhinhos de desenho animado.

-Oi Albert. - Falo.

-Você não vai me obrigar a tomar esses remédios, não adianta. - Fala emburrado.

-Ok, não irei te obrigar. - Falo me sentando ao seu lado. Vejo os remédios na mesa ao lado da maca. - Que tal um jogo? se você ganhar, não toma os remédios, mas se perde... vai tomar e sem reclamar.

-Que jogo é esse?

-Hum.. Que tal... adivinhação? pergunta e resposta ou... Ja sei.. - Falo e ele parece bem interessado. - Eu falo uma letra e você tem que me dizer palavras de temas diferente que comece com essa letra. Os temas são.. Cor, Animal, Nome de pessoas, Objeto e... Bom, vamos deixar somente esses quatros temas.

-Pode ser, eu sou velho, sei de tudo. - Fala um pouco animado.

-Mas primeiro preciso muito que o senhor me prometa que vai cumprir sua palavra.

-Eu sou um homem, se eu perder eu irei tomar o remédio.

-Ok. Então vamos lá. Quer começar? - Pergunto.

-Sim, a letra é... N.

-Nyanza, Naja, Natan e Navalha. - Falo e ele faz uma careta.

-O que raios é Nyanza? - Ele pergunta

-É um tom de verde. - Falo. - Agora é a minha vez. Minha letra é Z

-Zebra, Zian, Ziper.... - Ele fica pensando em uma cor com a letra Z. - Ta me dá logo esses remédios. Pego o remédio e dou nas mãos dele junto com a água, ele toma.

-Olha, eu estou muito feliz pelo senhor ser um homem de palavra. - Falo.

-Eu sou homem com H maiúsculo. - Ele fala e eu começo a rir.

-Agora eu irei ver outros pacientes, ok? - Pergunto.

-Ok, bom trabalho. - Ele fala ainda um pouco emburrado.

Saio do quarto e vou em direção a outro quarto, noto uma movimentação estranha no último quarto do corredor e vou até lá, quando entro vejo Lorenzo, Giovanni e Isa numa situação bem estranha, Isa está deitada na cama e o Lorenzo está por cima dela tentando pegar algo, Giovanni está por cima do Lorenzo tentando pegar o mesmo. Faço um barulho para chamar a atenção dos três e eles me olham na mesma hora.

-Eu tenho medo até de perguntar. - Falo. Eles se ajeitam e se levantam

-Oi anjinha, viemos para te ver.. - Giovanni fala.

- Para ser mais exato, viemos te trazer um convite. - Lorenzo fala, ele puxa do bolso dele um cartão e me entrega. - E nós precisamos sair daqui com a sua resposta. - Ele fala e eu abro o cartão.

Eu fui abençoado com a permissão de se aproximar de um anjo,

Se alguma divindade me achou digno de ao menos tentar ter algo com você,

Eu quero no mínimo fazer o meu melhor.

Hoje, às 19:30 eu estarei na frente da sua casa..

Se atrase se quiser, seja pontual se sentir que é o certo a se fazer, só esteja lá para mim, porque eu estarei te esperando.

Beijos meu anjo.

-Isso foi a segurança dele que escreveu? - Perguntei com um sorriso no rosto.

-Está tão bom assim? - Isa pergunta vindo na minha direção e pega o cartão.

-Me diz porque se estiver uma merda eu irei zuar muito ele, ele passou meia hora para escrever isso. - Giovanni fala rindo.

-Uau, meu primo, até que leva jeito para a coisa. - Isa fala me entregando o cartão.

-Deixa eu ver, deixa eu ver. - Giovanni fala vindo na minha direção e eu escondo o cartão atrás do meu corpo.

-Nada disso.. - Falo

-E qual é a resposta? - Lorenzo pergunta.

-Diz a ele que eu topo, mas que com certeza eu irei me atrasar. - Falo. e ele rir.

-Ok, agora me diz, porque estavam brigando? - Pergunto.

-Eles querem o número de telefone que eu consegui. - Isa fala revirando os olhos.

-Ela te deu o numero para entregar um de nós dois Isabella, eu tenho certeza que era para mim. - Giovanni fala,

-Eu já falei que eu só irei dar o número quando estiver afim. - Isa fala.

-Isso é ciúmes dela. - Lorenzo fala indiferente. - Ela morre de ciúmes de mim.

-Eu acho que ele pirou. - Isa fala.

-Ta, ta. vamos fazer assim, os dois anotam o número e descobrem qual dos dois a mulher realmente queria, e assim vocês ficam de boa quando a Isa estiver com alguém, ou seja, ela irá deixar o ciúmes dela de lado agora para no futuro vocês deixa o ciúmes de vocês de lado.. - Falo e Isa sorri grande.

-Nem pensar, nenhuma mulher me faria aliviar para o filho da puta que quer minha prima ou minha irmã. - Lorenzo fala e eu olho feio para ele, meu irmão quer a irmã dele. - A não ser você anjinha. - Ela fala com um sorriso forçado.

- Ta, agora eu tenho que ir senão eles vão me demitir. - Falo rindo.

-Ninguém faria isso. - Os três falam juntos e eu olho para eles estranhando.

- Ok... - Falo meio chocada.

Eles me abraçam e saimos da sala.