Capítulo 55

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Francesco

Entro na sala e vejo os meus irmãos e meu primo, Giovanni parece está inquieto sentado naquela cadeira.

— Porra, demorou para caralho. — Giovanni fala se levantando.

— Falamos ou não para o tio? — Ryan pergunta.

— Não temos tempo para pensar nisso agora, vamos, precisamos ir. — Lorenzo fala e saimos da sala.

Passamos na sala de equipamentos e pegamos coletes, armas e saímos, eu não sei exatamente nada, não sei onde o Alessandro está, não sei como o Lorenzo conseguiu achar ele, mas não podemos conversar sobre isso agora já que temos que ser rápidos.

— Quem vai com a gente? — Ryan pergunta.

— O Zyan designou uma equipe pequena para ficar ao redor do local, mas só nós quatro iremos entrar. — Lorenzo fala.

Lorenzo está sério demais, isso é normal dele, mas estou notando que ele está se segurando.

Entramos no carro e partimos, Giovanni está sério mexendo na armas sentado no banco carona ao lado do Lorenzo que está dirigindo, Ryan está ao meu lado. Depois de um tempo pergunto.

— Como o Lorenzo achou ele? — Pergunto ao Ryan.

— Estamos atrás dele a muito tempo, mas hoje ele apareceu no radar, do nada. — Ryan fala e eu fico confuso.

Como um cara como o Alessandro apareceu assim do nada? Tão fácil? Há anos temos um conflito com esse cara e eu posso garantir que não é nada fácil achar ele. Alessandro não é mais de nenhuma máfia, mas ele era, depois que minha mãe ficou com o meu pai ele sumiu por um ano, depois disso ele apareceu do nada e tentou sequestrar a minha mãe, dali em diante ele sempre aparece, o problema maior é que ele não tem uma máfia, ele trabalha sozinho, e isso faz tudo ser mais difícil.

Ele queria ser encontrado, depois de anos sem deixar nenhuma pista, ele é visto, assim? Do nada? Mas o que ele iria querer com isso? Um encontro direto? O que ele iria querer com um encontro direto com a gente?

Merda..

— Lorenzo, volta. — Falo e Giovanni e Ryan me olham confusos.

— Está louco Francesco? — Lorenzo pergunta.

— Pensa porra, ele nunca deixou uma pista, do nada ele aparece no radar, nós quatro estamos aqui e meu pai está em Dubai, isso é a porra de uma armadilha, as meninas estão sozinhas, vira a merda desse carro e vamos para casa. — Falo rápido e pego o meu telefone.

Ryan puxa o telefone e também começa a ligar. Ligo para a Aurora e só chama, merda. Ligo para a Bianca e só chama. Puta que pariu.

Por um momento passa pela minha cabeça o que esse filho da puta pode fazer com minha família, com a minha irmã, com a minha prima, com a mulher por quem eu sou apaixonado, meu corpo treme só de pensar em perder qualquer uma das três.

— Tentou ligar para Isa? — Pergunto ao Ryan

— Só chama. — Ele responde.

Lorenzo aumenta a velocidade e vejo o Giovanni no telefone, ligo para o Thomas.

- Alô.

- Thomas, vá até a minha casa e ver se está tudo bem, não vá sozinho. - Falo rápido, estamos distante, ele chegará mais rápido.

-Estou indo nesse momento, mas o que está acontecendo?

-Quando eu chegar eu explico. - Desligo

Merda, a Bianca ficou de ir para minha casa me esperar.

— Calma, temos milhares de seguranças na mansão. — Ryan fala mais para ele mesmo.

— Inferno. — Lorenzo soca o volante.

Continuo tentando falar com uma das meninas, tento mais uma vez ligar para Aurora e no terceiro toque ela atende.

-Alô, Aurora?

-Irmão? Onde vocês estão? Isso aqui está uma bagunça. - Ela fala chorando todo o meu corpo trava.

-Aurora, onde você está? - Consigo ouvir barulhos no fundo.

-Em casa, depois que a Bianca chegou começou os tiros, Isa e eu arrastamos ela para o quarto do pânico, e estamos aqui, não sabemos o que está acontecendo, Francesco, pelo amor de deus, o que está acontecendo?

-Aurora, não saiam dai, atrás do quadro da madona tem armas, pegue duas, de uma a Isa e fique com a outra, seja lá quem abrir essa porta você atira. - Falo desesperado. - Toma cuidado, já estamos chegando.

-Francesco, estou com medo. - Ela fala e meu coração se apreta.

-Eu sei princesa, mas o irmão da Bianca já está chegando ai e o Giovanni já disse para o Zyan ir também. - A linha fica muda e eu me desespero. - Aurora? Aurora?

Olho para o telefone e vejo que a ligação se encerrou.

— Merda, anda rápido, Lorenzo.

— Elas estão bem? — Ryan pergunta aflito.

— Estão no quarto do panico.

Bianca.

Estou agachada atrás do sofá e a Isa e a Aurora estão do meu lado, os barulhos dos tiros são tão altos que meu corpo treme. Eu estou apavorada, depois que eu botei o pé na mansão esse tiroteio começou, as meninas me arrastaram para esse quarto e agora estamos aqui, sem saber de nada.

Aurora conseguiu um sinal de telefone e o Francesco ligou, mas logo a ligação caiu, agora elas estão com uma arma na mão e eu não sei se fico mais apavorada ou aliviada.

— Sejá lá quem abrir essa porta é para atirar. — Aurora fala para a Isa.

— E se for os meninos? — Pergunto.

— Merda, o seu irmão está vindo para cá. — Aurora fala e eu me desespero.

— Certo, Aurora, atire na perna, mire na perna, só atiramos mais para cima quando e]tivermos certeza que não é nenhum dos meninos. — Isa fala e Aurora confirma com a cabeça.

Eu estou desesperada, meu corpo está tremendo e eu estou ficando tonta, eu nunca presenciei isso, eu não estou acostumada, só de pensar que os meninos estão em perigo eu fico mais desesperada ainda, eu só queria está arrumando as minhas malas para viajar amanhã com o homem que eu estou apaixonada.

As lágrimas rolam pelo meu rosto, eu tento me controlar mas não consigo, eu estou com medo, eu estou com muito medo. 

Amor Arriscado.  [1° livro da saga Mafiosi Perfetti]Onde histórias criam vida. Descubra agora