Amor Arriscado. [1° livro da saga Mafiosi Perfetti]

Capítulo 56

Francesco

Pulamos do carro antes mesmo do Lorenzo parar em frente de casa, vejo que no portão tem corpos dos seguranças, não ouço barulho de tiro, está tudo quieto, o que faz o meu corpo tremer. Entro pelos portões com os meus irmãos e meu primo ao meu lado, vamos passando pelo jardim e tem muitos corpos, reconheço nossas capangas e vejo que tem estranhos também.

Lorenzo entra pela porta da frente sem ao menos nos esperar e corremos para entrar junto com ele, na sala da mansão tem mais ou menos uns dez corpos, meu deus, o que aconteceu aqui? Começamos a subir as escadas e a cada degrau eu fico mais ansioso e preocupado, elas precisam estar bem, elas precisam está aqui.

— Vamos direto para o quarto do pânico. — Falo e começamos a andar na direção.

O quarto do pânico é um quarto normal, mas lá não tem sinal de celular e nem wi-fi, mamãe botava a gente lá quando estávamos de castigo e por isso esse quarto tem esse nome.

Vamos andando pelo o corredor e antes de virar escutamos um tiro, ele vem da direção do quarto, corremos na direção do quarto e logo chegamos na frente da porta. Ela está fechada, quando eu ia abrir eu escuto vozes.

— Não adianta chorar, vagabunda, minha missão é te matar, e adivinha só? Eu vou. — É a voz de um homem.

Tento entrar mas o Ryan me segura.

— Precisamos pensar, não sabemos quantos deles tem lá dentro, se abrir essa porta eles podem matar as três. — Ele fala e eu confirmo com a cabeça mas não com o coração.

— Solta ela filha da puta, larga de ser frouxo. — Escuto a voz da Isa.

Logo escuto a Bianca gritando e não aguento, Lorenzo e eu abrimos a porta e entramos de uma vez, a cena a minha frente é horrível, o rosto da Bianca está sangrando muito e ela está no chão, Aurora está apontando uma arma para o filho da puta que está na frente da Bianca, Isa está desarmada e tem dois caras segurando ela, no quarto tem oito homens armados e todos estão apontando as armas para a Aurora.

— Se vocês não largarem as armas no chão agora eu mato a anjinha linda aqui. — O filho da puta fala puxando a Bianca do chão e botando ela na frente do seu corpo, ele aponta uma arma para a sua cabeça. — Vão querer testar a minha paciência? — Ele pergunta e destrava a arma.

Lorenzo e eu largamos as armas no chão.

- Cadê o desgraçado do Alessandro? — Lorenzo pergunta.

— O patrão tinha um encontro marcado com vocês. — O infeliz fala rindo. — Mas parece que vocês deram bolo nele.

— Solta ela. — Falo.

— Ah, essa lindinha aqui? Não, eu quero me divertir muito com ela antes de a soltar, bom, melhor dizendo, antes de matá-la. — Ele cheira o cabelo a Bianca que me olha com lágrimas nos olhos, isso quebra o meu coração mais ainda. — Oh bonitinha, solta essa arma antes que eu perca toda a minha paciência e mate todos vocês. — Ele fala para a Aurora ainda de costas para ela. — O irmãozinho dessa aqui me deu um prejuízo grande, matou quase todos os meus homens, mas eu dei um jeito nele.

Escuto o choro da Bianca e meu corpo se arrepia, algo dentro de mim reage a esse som, e não é algo bom, minha raiva cresce mas infelizmente eu estou tão atordoado que não consigo pensar em uma saída. Agora eu vejo que o que o Lorenzo vive falando é verdade, quando se ama alguém levando essa vida você tem um ponto fraco.

— O negócio é o seguinte, vamos sair daqui com a anja loira e vocês vão ficar nessa merda de quarto, me entenderam?

—Me leva no lugar dela, afinal, eu tenho muito mais valor para o seu chefe. — Falo.