Amor Arriscado. [1° livro da saga Mafiosi Perfetti]

Capítulo 72

Bianca.

A tal festa das máfias é amanhã e o Francesco anda muito estranho, ele não mudou com ninguém casa, mas vejo ele gritando no telefone quase sempre e vive cochichando com os irmãos pela casa, eu sei que nessa festa vai acontecer algo, só não sei se estou preparada para isso. Sim, eu vou ter que ir, eu sou casada com ele e querendo ou não preciso está lá, vai ser lá que serei apresentada como esposa dele, vai ser lá que tanto eu quanto ele seremos apresentados como rei e rainha da máfia. Isso é loucura.

Vejo Aurora andando na minha direção e ela está com uns quatro vestidos nas mãos. Íamos ao shopping para comprar nossas roupas para a festa, mas Graziella resolveu trazer o shopping até nós. Estamos no meu quarto e tem tantas roupas caras na minha frente que se juntar tudo posso comprar uma mansão.

— Adorei esses e acho que todos vão ficar lindos em você. — Ela fala me entregando os vestidos.

— Vou experimentar. — Falo pegando um deles, vou até o banheiro e boto o vestido.

Ele é vermelho, tem mangas longas e uma fenda na parte de trás que chega um pouco abaixo da minha bunda. Ele é lindo. Saio do banheiro e vejo Isa só de calcinha e sutiã andando pelo quarto.

— Uau, ficou lindo. — Aurora fala.

— Ficou realmente lindo. — Isa fala.

— Olha, eu também achei lindo, mas acho que posso achar um melhor. — Falo.

O vestido é lindo mas não é algo que eu escolheria.

— Toma, bota esse. — Aurora fala.

Pego o vestido que é branco, ele é longo, não tem mangas e tem gola alta. Entro no banheiro e boto o vestido no meu corpo. Nossa, com certeza esse não. Nem saio para elas verem, tiro ele do meu corpo e saio do banheiro só de calcinha e sutiã.

— Preciso de outro.

— Porque você não escolhe? — Aurora fala e eu vou até os vestidos.

Tem vestidos de várias cores, tamanhos e estilos, eu vou direto nos retos, amo preto. Entre muitos vestidos presto eu acho um, olho para o mesmo e fico encantada. É esse. Pego ele e vou para o banheiro. Boto ele no meu corpo e sorrio quando vejo o resultado. Isso sim é algo que eu usaria.

Ele é ombro a ombro, longo, com uma fenda do lado direito que vem até a minha coxa, ele deixa a minha cintura fina e merda, como ele é lindo. Saio do banheiro e quando as duas olham para mim elas ficam me olhando caladas por um tempo.

— Estou tão feia assim?

— Você quer mesmo ser lembrada como a rainha mais linda dessa máfia, né ? — Isa fala me olhando de cima a baixo.

— Bianca, você está perfeita.

— Vai ser esse. — Falo.

— Claro que vai. Francesco vai pirar. — Isa fala. — Ele vai querer te trancar naquela área vip.

— Área vip? Achei que não tinha área vip. — Aurora fala.

— E não tinha, mas ele mandou eu arrumar uma. — Isa fala. — Isso me deu uma dor de cabeça enorme, mas consegui arrumar.

Ficamos mais um tempo ali até elas encontrarem o vestido, depois de tudo saímos do quarto e descemos, agora é outra sessão. Isa falou que precisávamos de jóias. Chegamos na sala e vejo Graziella sentada no sofá e na sua frente estão milhares de joias, chegam irritar os olhos.

— Ah, Aurora, acho que achei o colar certo para você, combina com seus olhos. — Graziella fala e pega um colar nas mãos.

— Nossa, que lindo. — Isa fala se sentando.

— Nossa, eu nunca irei me acostumar com isso tudo. — Falo olhando o tanto de diamantes à minha frente.

— Mas vai ter que se acostumar, minha querida. Não queremos uma rainha sem um brilho extra. — Graziella fala.

— Como alguém acha que não vai se acostumar com isso? — Isa fala. — Isso aqui é o paraiso.

— Bianca, o seu é esse. — Graziella fala pegando uma caixa ainda fechada. Ela se levanta e vem na minha direção, ela abre a caixa e eu fico chocada. — Eu usei no dia em que Martino ganhou a cadeira do seu pai e a mãe dele usou quando o pai dele ganhou a cadeira, É uma tradição.

O colar é lindo, e extremamente chamativo, o pingente é um coração e dentro desse coração tem duas armas bem pequenas em diamantes, só reparei as armas por está olhando de perto, no meio das duas tem uma rosa.

— Uau. — É a única coisa que eu consigo dizer.

— É lindo, não é? Eu sempre babei muito nele. — Aurora fala.

Pego a caixa nas mãos e fico olhando o colar, as vezes nem acredito nisso tudo e por um minuto esqueço que estou casada com um mafioso. O Francesco e toda a sua família respeita tanto o meu limite que eles não falam nada relacionado a máfia comigo ou perto de mim, e isso me faz esquecer esse detalhe super importante.

Essa noite o Francesco conversou comigo e disse que essa festa era a única coisa que ele não iria conseguir deixar longe de mim, e eu entendi. Essa festa é como um ritual, ele vai herdar o lugar do pai e vai ser nessa festa, na frente de todas as máfias aliadas. E vai ser nessa festa que serei reconhecida como a mulher dele, a rainha da máfia, mesmo que eu resolva não me envolver. 

Francesco me fez uma pergunta, ele me perguntou se eu queria saber mais sobre a máfia. Eu disse que sim. E eu realmente quero saber mais, só não sei se eu quero tomar algum partido. Por mais que tenha muita parte boa, eu sei que tem milhares de partes ruins. E eu não sei se estou preparada para lidar com isso.

— Graziella, o que eu, como mulher do Francesco, faria se resolvesse me envolver junto com ele na máfia? — Pergunto chamando a atenção das três.

— O mesmo poder que ele tem, você também pode ter. Não tem uma restrição, querida, não tem uma regra, sabe. Você é a mulher do chefe, isso faz de você a chefe também.

— Então eu seria como o Francesco?

— Assim como o Francesco, você teria que conquistar a confiança dos seus homens. Não é só sentar e dar ordens. Tá, você também pode fazer isso, mas o que mais importa em uma máfia é a confiança que você passa. Nós como mulheres, já carregamos um rótulo de sexo frágil, então eles aotomáticamente não sentiriam segurança em você, Então se você pensa em tomar patido, você precisa provar que pode e consegue fazer isso. — Ele fala e eu fico pensando sobre isso.

Eu acho que não quero ser a princesinha indefesa, se o meu marido é o chefe de uma máfia eu seria a sua mulher, a chefe da máfia, junto com ele.