Capítulo LI

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Zonza, era assim que minha cabeça estava nesse momento. A minha vida parecia um caos em poucas horas, e eu definitivamente não sabia mais o que fazer ou pensar. Não sei como reagir em meio a isso tudo. Queria um abraço, ficar escondida onde me sinto segura, mas todos em quem confiava mentiram para mim, e eu estava confusa ao ponto de não saber como reagir. Omitir, mentir, para mim dá o mesmo resultado. Eu preferiria saber do que ficar completamente no escuro a mercê do louco dar o seu bote. Era incrível como uma simples pessoa tem o poder de desestabilizar tudo o que a outra está construindo.

- Fernanda. – ouvi a voz da minha avó do outro lado da porta.

- Eu não quero ser grossa, vó, então me deixa quieta aqui. – engoli o bolo que estava se formando novamente em minha garganta.

- Quer que eu ligue para sua psicologia?

- Não. Quero ficar sozinha, por favor. – solucei. Era uma merda, eu havia virado uma garota chorona.

- Quando você quiser conversar estarei aqui para você. – não respondi e sabia que ela não esperava uma resposta agora.

Minha cabeça entrava em curto em todo momento em que penso que poderia ser preparada para esse momento. O que eles esperavam que acontecesse para me contar? O filho da mãe me agarrasse ou aparecesse no meu apartamento querendo me matar? Pois, agora era o que ele queria, algo em mim tinha certeza que dessa vez ele não queria só o meu corpo e sim terminar de acabar com a minha vida.

Passei algumas horas trancada dentro do meu quarto, sabia que o pai de Júlio ainda estava aqui, pois ouvia sussurros vindos da sala ou corredor.

- Eu não sei como vai ser agora, Fernanda quando encasqueta com algo não arreda o pé. Estou morrendo de pena do menino Júlio, coitado, parecia desolado. – ouvir vovó falar fez meu coração se apertar. Eu estava machucada, mas não era egoísta ao ponto de não ver o que Júlio vinha fazendo por mim.

- Eles vão se entender. Meu filho idolatra o chão que sua neta pisa, Evinha. – meu sogro disse e o barulho de um celular os interrompeu. – Calma Júlio, fala devagar. Sim, sei onde fica. Vou levá-las sim, nos vemos lá.

- O que houve?

- Juliana está em trabalho de parto e está indo para o hospital. – ouvi minha vó ofegar.

- Preciso ir até lá, e avisar a minha filha, tenho que chamar Fernanda.

- Estou aqui.

- Se você quiser ficar, posso deixar alguns seguranças na porta. – balancei a cabeça em negativa.

- Irei com vocês, Juliana merece que todos estejamos lá por ela, e pelos seus bebês. – respirei fundo.

Neste momento não dava para ficar me lamentando por um maníaco estuprador que estava atrás de mim para se fazer sabe-se lá oquê. Mas sim apoiar a minha prima, que foi uma das pessoas a me estender a mão em meio à dor. Era hora de ser a Fernanda que vinha aprendendo a ser, forte.

O mais louco amor (Livro 2 - Amores) RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora