Júlio Guimarães Lemos é a personificação da perfeição da espécie masculina.
Simpático e alegre eram características que podem o definir, mas às vezes por trás de um sorriso existe um coração quebrado.
Um advogado com sede de vingança é a outra verte...
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Quando tive a ideia de trazer Fernanda para esse restaurante, não pensei que correria o risco de encontrar alguém aqui, principalmente esse mal comido que está me olhando com olhar de zombaria.
- Você não tem mais o que fazer não? - Claro que não. Tive uma grata surpresa ao encontrar vocês aqui, boa noite Fernanda. – sorriu para ela. - Boa noite Daniel. – Fernanda respondeu. - Bom encontrar vocês aqui. - Já encontrou, já falou, pode se retirar, não viu que está atrapalhando? – bufei. - Júlio. – Fernanda me repreendeu e beliscou ao mesmo tempo. - Mas ele está atrapalhando mesmo. – disse contrariado e revirando os olhos. O desgramado empata amasso estava rindo como se estivesse em um circo. - Só vim cumprimentar vocês, tenho que olhar algumas coisas no escritório. - Uma péssima noite para você. - Júlio! Desculpa o mau humor dele, Daniel. Boa noite para você também, e se você puder ser discreto quanto ao que viu aqui, te agradeceria imensamente. – disse e bufei. Até parecia que eramos um segredo sujo. - Pode deixar, guardarei isso comigo. – Daniel levantou-se. – Até mais. - Pareceu que o nosso relacionamento era algum segredo sujo. – Fernanda suspirou. - Já conversamos sobre isso, até marcamos o dia que vai acontecer. – revirou os olhos. - Eu sei. – suspirei. – Vamos? - Agora quero a sobremesa. – sorriu. - Tudo bem. – logo o garçom apareceu com o nosso pedido, havia perdido um pouco do apetite, mas acompanhei Fernanda a comer o doce, ele só não era mais gostoso que os beijos da minha namorada.
A noite havia chegado ao fim e estávamos parados em frente ao seu prédio, não subiria com ela, essa hora era capaz da mãe de Juliana estar no apartamento delas.
- Minha tia deve estar acordada ainda. – Fernanda pareceu ler os meus pensamentos. - Estava imaginando isso. – sorri. – Terei que me despedir da minha namorada aqui mesmo. – foi a vez de ela me dar um de seus sorrisos. Essa menina não tinha noção de quanto ela me tinha em suas mãos. Cheguei perto de seu rosto e aspirei ao seu cheiro, mesmo a minha namorada sendo uma Demônia às vezes, seu cheiro era doce, algo como morangos, acho que era esse o cheiro que a definiria. O primeiro beijo começou com uma leve caricia nos lábios, que logo evoluiu e se transformou em um beijo ardente, onde afastei o meu banco e a trouxe para o meu colo. Fernanda estava tão entorpecida com o momento quanto eu, sua mão ia do meu pescoço para o meu cabelo, era como se precisássemos disso para sabermos que estávamos ali, juntos. A mistura de nossos sabores me fazia sair dessa dimensão e ir para a minha preferida, a dimensão Fernanda. - Acho que é melhor eu subir. – sem folego Fernanda exclamou. - É melhor. – disse também sem folego. - Passa o final de semana comigo? – pedi. - Tenho prova de vestido para o casamento de Juliana sábado pela manhã, acho que não vai dar. - Dá sim. Te pego depois disso. - E o que eu falo para minha avó? – questionou. - Que você vai para a casa da Rafaela. – sorri. – E eu que achava que a adolescente era você. - Nunca precisei mentir e essas coisas, mas posso pensar no seu caso. – deu de ombros. – Agora tenho que ir. – deu-me um selinho e logo pulou para fora do carro.