Capítulo - XXI

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A noite tinha sido incrível, não me reconheci ou talvez tenha me reconhecido ontem, uma mistura de novidade com reconhecimento se apossou de mim

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A noite tinha sido incrível, não me reconheci ou talvez tenha me reconhecido ontem, uma mistura de novidade com reconhecimento se apossou de mim. Sentimentos loucos, mas o melhor foi a sensação de não me sentir mais sozinha e principalmente, me sentir protegida na presença do Júlio.

Acordei com uma sensação boa, acho que são as famosas borboletas no estomago. Sai do quarto e fui direto para cozinha, encontrei um bilhete na geladeira, vovó dizia que teve que ir com pressa até Holambra, mas que, retornaria amanhã pela tarde, suspirei, havia feito vovó sair de sua cidade, e agora deve ter acontecido algum problema e ela precisou sair correndo.

Peguei um suco e fiz um sanduíche para aplacar um pouco a minha fome, sentei a mesa e senti meu telefone tocar, sorri ao ver quem era.

- Bom dia namorada. – Júlio disse assim que atendi a sua chamada.
- Bom dia namorado. 
- Como estamos hoje?
- Acredito que bem. – sorri. – E você?
- Maravilhoso. – senti que estava com um sorriso no rosto. – Estava pensando se minha namorada tem alguma coisa para fazer hoje?
- A principio ficar em frente da TV e assistir alguma serie na netflix. – riu.
- Devia imaginar, mas estava pensando em que eu podia te buscar e a gente poderia ir almoçar com o meu pai. – engoli em seco. Tudo bem que já conhecia o pai dele, mas agora, será que ele iria me apresentar como namorada? 
- Você tem certeza? – perguntei.
- Claro que tenho. Se você estiver de acordo passo para te buscar as onze horas. – senti que a respiração dele prendeu um pouco. Bom, não custava nada almoçar com o pai do meu namorado.
- Tudo bem, te espero na portaria. 
- Ai pequena Demonia, por um momento pensei que você diria não. – sorri.
- Era uma possibilidade. – ele riu.
- Que bom que aceitou, já estou ansioso para te ver.
- Eu também preciso me arrumar agora, você ligou em cima da hora. – olhei no relógio e faltava quinze minutos para as dez da manhã.
- Você não precisa se arrumar muito pequena Demônia, sabe que é linda de qualquer jeito. – ri.
- Nos meus sonhos. Vou desligar agora.
- Ok. Me espera?
- Te espero. Beijos.
- Beijos nessa boca gostosa. – ri com seu comentário e desliguei o telefone.

Arrumar-me não foi uma tarefa difícil, como estava meio frio optei por jeans, jaqueta de couro preta e uma botinha. Às onze já estava na portaria e vi quando o carro do Dr. Ego estacionou. Não sei como esse homem extremamente bonito foi se interessar logo por uma garota estranha como eu, mas seus olhos não o deixavam mentir. Júlio era daquele tipo de pessoa que quando você o conhece, fala com você pelo olhar, e é incrível como ele sabe me decifrar.

- Olá namorada. – disse quando cheguei a seu carro, me acomodei no banco de carona e pude olhar bem atenta para ele que optou pela mesma vestimenta que a minha, jeans e jaqueta de couro.
- Olá namorado, combinamos roupas agora? – sorri.
- Para você ver o quanto a gente combina. – piscou e chegou perto o suficiente para me roubar um beijo, esse que me fez sorri. – Agora sim, bom dia.
- Bom dia. – mordi meu lábio inferior, o que o fez soltar um gemido e me beijar novamente. Dessa vez passei a minha mão pelo seu pescoço, beija-lo era tão bom, que talvez eu ficasse aqui para sempre. Paramos o beijo, ele encheu o meu rosto de pequenos beijos e sorri diante disso.
- Garota, o que você fez comigo?
- Acho que posso te fazer a mesma pergunta.
- É melhor a gente ir logo, meu pai odeia atrasos. – disse se posicionando direito em seu banco.
- Então vamos lá, não quero causar má impressão logo de cara. – Júlio revirou os olhos. 
- Você já o conhece. – disse.
- Mesmo assim. – arrancou com o carro e tomamos as ruas de São Paulo, a residência fixa do pai dele não era distante do centro, então dessa vez deixei o silencio embalar nossa pequena viagem.

O mais louco amor (Livro 2 - Amores) RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora