Capítulo - XXXIII

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A noite corria bem, poderia dizer ótima! Julio e vovó eram as atrações da mesa, o pai do meu namorado era uma pessoa tão boa quanto Júlio, era visível a semelhança deles não só físico quanto de caráter dos dois. Havíamos pedido a sobremesa e enquanto esperávamos, Júlio segurou a minha mão.

- Está gostando? – perguntou-me e sorriu.

- Muito! Nunca pensei em ter um jantar assim, com o meu namorado e a família dele. – sorri. Isso era um fato, nunca fui à menina romântica que sonhava em ter esse tipo de encontro, não por me achar feia ou ter falta de alto estima. Sempre tive Juliana como inspiração, ela não precisou de homem para sair em busca do que queria e bom, eu queria ser pelo menos um pouco do que ela foi e é. Mas não me arrependo em nada do meu novo relacionamento com o Júlio, ele tem me mostrado que posso ser independente e ainda sim ter alguém ao meu lado.

- Bom, estou aqui para realizar tudo aquilo que você um dia sonhou e o que nem chegou a sonhar ainda. – piscou para mim.

- É tão lindo o amor na juventude. – disse vovó.

- Ah, em todas as idades, minha cara. – meu sogro respondeu a vovó e vi Julio segurar o riso.

- Se eu tivesse uns anos a menos, você não me escapava! – disse sem um pingo de vergonha na cara.

- Vovó! Pelo amor de Deus se contenha.

- Só digo verdades minha filha. – deu de ombros e tomou mais vinho de sua taça. As sobremesas foram postas em nossa mesa e fiquei encantada com o que veio escrito em meu prato. "Quer namorar comigo?" Juro que parecia coisa de filme clichê americano.

- Então, será que terei a minha resposta? – olhei para Julio e sorri. – Você sabe que eu sou um homem de idade avançada, não posso ficar passando nervoso desse jeito.

- Eu pensei que a gente já estava namorando. – disse.

- Estamos!Lógico que estamos. – Julio disse bem rápido como se quisesse impedir que eu duvidasse de algo.

- Então acho que minha resposta continua a mesma. – sorri e peguei com o garfo um pedaço do meu petit gateau levando a boca. Vi seus olhos acompanharem o meu movimento. – Sim, aceito continuar sendo a sua namorada. – Júlio sorriu e segurou o meu rosto com as duas mãos, me fazendo focar em seus olhos.

- Eu sou o cara mais sortudo do mundo, minha demonia, prometo te fazer feliz.

- Se me fizer feliz, não serei chata, então sua vida também será feliz.

- Seremos felizes, demonia, isso é o que importa. – assenti, e senti seus lábios colados aos meus. A sensação era sempre maravilhosa, e nesse momento sentia borboletas em meu estomago. Júlio me beijava com uma calma, como se quissesse marcar na memória cada canto de minha boca.

- Acho que já está bom, né, crianças? – ouvi voz do meu sogro e assim que meu namorado largou a minha boca, colei meu rosto em seu pescoço de vergonha.

- Não deixe minha namorada com vergonha, pai. – Julio disse rindo.
- Longe de mim.

A noite terminou de forma mais leve e bonita como nunca havia imaginado. Julio nos levou para casa, e nos despedimos na base dos beijos e leves caricias dentro do carro. Eu estava leve como nunca estive antes e feliz, bem feliz!

*

Os dias foram passando e posso dizer sem duvidas que Julio me tirava do sério em cinquenta por cento dos dias, nas outras cinquenta ele estava me agradando e claro, rancando meu coro com os treinamentos de defesa pessoal. Era uma das coisas, depois dos seus beijos, claro, que eu mais gostava de fazer. Juliana e Eduardo estavam para chegar de lua de mel e estávamos ansiosos pela chegada deles, não via a hora de contar para Juliana. Lembro-me do meu namorado convencido quando deixou eu e vovó em casa no dia do jantar, fui a última a descer do carro.

Flashback on

- Não precisa ter pressa, criança, não ficarei acordada te esperando. Aproveite o seu namorado. - vovó disse antes de saltar do carro.

- Às vezes acho que vovó bateu com a cabeça. - disse tentando não transparecer que havia ficado com vergonha.

- Eu acho que ela está certa, sabe? Agora a gente namora livremente nada melhor do que darmos uns amassos no banco do carro.

- Você deve ter batido a cabeça na mesma pedra que a minha avó. - revirei os olhos. - Alguém pode chamar a polícia. - ele sorriu.

- Terei que dizer para o se guarda que eu sou um pobre homem apaixonado e que eu apenas queria beijar a minha garota.

- E ele iria embora numa boa? - ri. - Vai sonhando.

- Ir embora numa boa eu não sei, mas a gente pode tentar a sorte. - sorriu cafajeste. - Um beijo e irei para casa como o cara mais realizado do mundo.

- Só um beijo? - ri. - Posso pensar no seu caso. - disse e foi o suficiente para ele soltar o meu cinto e puxar me para o seu colo. O que me fez sentar de lado em seu colo.

- Um é só o começo. - disse antes de capturar minha boca. Amava os beijos de Júlio, eles me tiravam de orbita e criava um fogo em mim nunca sentido antes dele.

- Você disse um. - sussurro em sua boca.

- Deveria saber que não conseguiria ficar longe dessa boca. - respirei fundo antes de dizer.

- Então não fica. - foi o que precisava para Júlio aprofundar o beijo e me levar por caminhos que vinha descobrindo com ele. Os beijos foram criando uma atmosfera completamente diferente, uma das mãos de Júlio estava fazendo círculos em meu joelho.

- Por mais que eu não queira parar, acho melhor deixar você ir antes que complique mais um pouco para o meu amigo aqui embaixo. - sorri em sua boca.

- Só me deixar descer. - dei de ombros.

- Deixarei, mas preciso dizer que hoje você está um completo atentado as outras belezas. Você está uma demônia muito linda e sedutora. - disse me arrancando um sorriso.

Depois de mais alguns beijos, finalmente fui para o meu apartamento.

Flashback off

- Fernanda, você viu minha colher de pau? Fora eu já disse pra deixar minhas coisas...

Agora era sair das minhas lembranças e ir ajudar a minha velha.

*
*
*

Boa noite, luzes.

Demorei, mas vim. Que dia amigos, que dia!
Uma boa semana para todos nós.
Volto para responder geral amanhã!
Beijos de luz no coração de vocês! ❤️😘

O mais louco amor (Livro 2 - Amores) RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora