Capítulo XVIII

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Eu me sentia o cara mais burro da face da terra, havia metido os pés pelas mãos e eu sabia disso. Além de ficar a semana com aas bolas doloridas, entrei levando gelo da minha demonia, eu sabia que havia feito merda quando nem me retrucar nas mensagens ela estava fazendo. Eu era um homem laçado pelas bolas,agora eu entendia o sofrimento do Eduardo no começo do namoro com Juliana.

Eu já havia entregado quase todos os casos da empresa do Edu, mas passei a semana toda indo para lá e verificando Fernanda em seu curso, sabia que estava usando o escritório como desculpa para passar em frente ao prédio que ela estudava, mas eu precisava saber como ela estava, mesmo que de longe.


Ve-la triste mesmo que de longe me deixava com muito mais raiva, pois fui eu que havia provocado aquilo e se eu tivesse o mínimo de sensatez isso não estaria acontecendo hoje. O jantar na casa dos pais de Eduardo correu com cada um bem longe do outro e eu estava inconformado com aquele vestido, quem havia a deixadoela ir com aquele pedaço de pano? No final depois de toda confusão que Thalita criou, Fernanda havia se prontificado em ficar no hospital com Agnes, pois Eduardo iria ficar acompanhando a sua prima, e a família da Agnes iria chegar a qualquer momento.


- Sua garota arrebentou a cara da irmã. – Daniel disse quando saímos da delegacia na manhã seguinte ao acidente.
- Ela é boa de briga. – sorri ao lembrar-me dela no centro de treinamento.
- Você nem nega que ela seja a sua garota?
- Não costumo negar o inevitável. – dei de ombros.
- E ela sabe disso? – sorri.
- Sabe. Fernanda só precisa aceitar que ela já está fora do poço e que eu estarei aqui para ela. – disse e continuamos o nosso caminho de volta ao hospital.


Fernanda já não estava lá quando cheguei. Conversei um pouco com Eduardo e fiquei de ver um advogado criminalista para pegar o caso contra Talita, eu não poderia assumir esse caso, e aproveitaria para deixá-lo a par do caso de Fernanda, caso ele não se resolva no espaço de tempo que tenho para assumir a promotoria passaria o mesmo para esse novo advogado.

Mais uma semana havia se passado sem Fernanda responder uma mensagem minha sequer e aparentemente eu já estava surtando, eu já havia dado tempo o suficiente para ela se acostumar, agora, ela seria a minha demonia de uma vez. Estacionei o carro do outro lado da do curso de Fernanda e esperei dar a hora que ela iria sair. Não demorou muito para que aquela frente se enchesse de alunos, enxerguei Fernanda junto da loira que havia se tornado sua amiga, as vi conversarem e a loira sorriu acenando em minha direção, Fernanda vinha até o carro com sua inseparável cara de má vontade.

- O que você está fazendo aqui? – perguntou e cruzou os braços na altura dos seios.
- Precisamos conversar! – ela respirou fundo.
- Ok, mas eu escolho o lugar. – sorri. Mesmo ela sedendo um pouco, ainda avia a sua condição, eu sabia que isso era uma tentativa de se sentir no controle da situação e quem sou eu para contrariá-la, abri a porta do passageiro e ela entrou.
- Para onde nós vamos? – perguntei ao entrar no carro.
- Abriu uma sorveteria nova na Oscar Freire, Rafa falou muito sobre ela hoje. – disse.
- Ok, então vamos.

Não demoramos nada a chegar a Oscar Freire, estacionei em um estacionamento rotativo, e deixei-me ser guiado por ela, senti falta de nossas mãos entrelaçadas, mas isso iria se resolver. Fernanda parou em frente a um estabelecimento todo branco, me lembrou muito as sorveterias da Grécia.

- É aqui. – disse ao entrar, o local não estava tão cheio, então logo já estávamos acomodados e com os nossos pedidos anotados.
- Você está bem? – perguntei e ela deu de ombros.
- Sim.
- Eu queria me desculpar. – olhei em seus olhos. – Não pelo beijo, mas da forma que aconteceu.
- Não era para ter acontecido. – ela disse e isso pareceu rasgar um pouco mais o meu peito.
- Era sim, eu sei que você gosta de mim pelo menos um pouquinho ai dentro dessa capa que você criou. – ela revirou os olhos.
- Até nesse momento o seu ego é enorme. – lhe sorri.
- Não é essa a questão. – pausei a fala, pois o garçom trouxe os nossos pedidos e logo se retirou. – Obrigado. – disse a ele. – Fato de você gostar de mim é normal, pois eu também gosto de você. – disse mirando os seus olhos.
- Você não pode estar falando sério, é algum tipo de brincadeira? – disse ficando nervosa. Peguei em sua mão e a trouxe para mim.
- É mais do que sério, eu nunca brincaria com algo assim, não tem nenhuma criança aqui. – disse e acariciei sua mão. – Estou completamente encantado por você, Fernanda e não é algo que eu possa refrear. – ela respirou fundo novamente.
- Acho que não estou pronta para isso.
- A gente só vai saber se tentarmos. – sorri. – E eu prometo não ser tão chato e muito menos deixar de ser seu amigo.Não serei aqueles namorados que depois de conseguirem o que estavam procurando deixam de escutar a namorada.
- Namorada? – perguntou com os olhos arregalados.
- Lógico você está achando que vai usar o meu corpinho sem dar um nome ao que temos? – arqueei a sobrancelha. – Eu sou um homem de família. – vi uma sombra de um sorriso em seus lábios.
- Você sabe que eu não sou normal, sabe que não sou como essas mulheres que está acostumado. – eu sabia do que ela estava se referindo, mas isso não me assustava em nada.
- Não vejo nada de anormal em você. Vejo uma menina incrivelmente linda que é uma verdadeira demônia e me enfeitiçou. – sorriu. – Eu conheço você, sei de tudo o que te aflige, Fernanda, e eu quero estar aqui para você, e me desculpe se eu não consigo aceitar um não como resposta. Então, a senhorita Cruz aceita esse singelo homem como seu namorado? – ajoelhei-me com o potinho de sorvete na mão.
- Levanta Júlio, está todo mundo olhando! – Fernanda disse vermelha.
- Só quando você disser sim.
- Sim, e eu acho bom você não me deixar me arrepender sobre isso. – beijei a sua mão repetidas vezes.
- Claro que não, você será a mulher mais amada que esse mundo já viu.

Sorri, eu estava convicto de que essa seria o começo da maior aventura de nossas vidas, e já podia ouvir o sino cantando anunciando o nosso casamento.

Acho que a síndrome de Eduardo pega.

**

Ficamos na sorveteria mais um pouco, nada muito tarde, ela teria aula amanhã e eu tinha que me mostrar responsável. Estávamos em frente a sua porta no prédio e ela me olhava tímida.

- Timidez não combina muito com você. – ela revirou os olhos. – Abusada é mais você.
- E a parte que você não seria um namorado chato?
- De longe isso é chato. – estávamos de mãos dadas. – Está na hora da senhorita entrar para dormir, amanhã você tem aula.
- É verdade. Obrigada por não desistir. – a última parte foi sussurrada.
- Se eu desistisse de você, estaria desistindo de mim, então isso está fora de cogitação. – ela sorriu e lhe dei um beijo na testa. – Agora vai, te vejo amanhã.
- Te vejo amanhã. – disse antes de entrar.

Eu finalmente tinha a minha garota, eu sabia que o nosso caminho não seria fácil, mas ela ter me aceitado como namorado era a maior vitória até agora, e eu ia galgar cada uma dessas vitórias que estão por vir.

Eu finalmente tinha a minha garota, eu sabia que o nosso caminho não seria fácil, mas ela ter me aceitado como namorado era a maior vitória até agora, e eu ia galgar cada uma dessas vitórias que estão por vir

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Boa noite luzes, adivinha quem dormiu? 😂
Desculpa a idosa aqui.

Espero que gostem do meu casal que agora é bem CASAL mesmo!
Meus nenéns estão cada dia mais lindos.
Volto depois com mais um surto de Fernanda. Hahahahah

Beijos de luz no coração de vocês, boa semana! 😘🥰❤️

O mais louco amor (Livro 2 - Amores) RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora