Quando o ele pediu para imaginar alguém e atirar, não pude deixar de imaginar não só aquele verme do Felipe, como Thalita e minha mãe, quando apertei o gatilho, foi como se um peso saísse do meu corpo, a sensação era realmente muito boa.- Eu queria saber como você chega rápido aos locais com o transito de São Paulo sendo do jeito que é. – disse assim que percebi que ele havia estacionado.
- Demorei um pouco, a senhorita que estava ai divagando, com o olhar bem longe. – riu. – Vamos? – assenti.
- Mesmo assim, você chega muito rápido.
- É uma vida toda morando em São Paulo, ai já dá para saber em que buraco se enfiar. – havíamos saído do carro e estávamos nos encaminhando para a entrada de um Japonês bem sofisticado. Olhei para os meus jeans e blusa branca e não me senti arrumada o suficiente para aquele lugar.
- Acho que não estou arrumada o suficiente para esse lugar. – ele revirou os olhos.
- Para, eu também estou de jeans, só muda que minha camisa é preta. Agora vamos conseguir uma mesa. – assenti. Paramos em um balcão onde uma moça estava atendendo.
- Boa noite, eu sou a Mayara. O senhor tem reserva? – olhei para o Júlio e ele apenas sorriu.
- Não, mas creio que isso não seja problema, não é? – o safado sorriu e encostou-se ao balcão.
- Cla...Claro que não, senhor. – respirou fundo. – Um de nossos colaboradores vai encaminhá-los aos seus assentos. – o infeliz sabia o poder que tinha com as mulheres, ridículo.
- Ok, obrigada querida. – ri, pois a mulher só faltou se derreter com esse “querida”.
- Boa noite, me acompanhem por favor. – um cara com aparência japonesa nos levou até a mesa, nos acomodamos e ele saiu deixando o cardápio e que logo retornaria.
- A gente pode dividir uma barca. – Júlio disse concentrado olhando para o cardápio.
- Pode ser. Eu quero um suco de laranja.
- Vou te acompanhar. Quando ele voltar eu peço.
- Ok. A mulher se derreteu por você, só assim você conseguiu a mesa, olha como isso aqui está lotado. – deu de ombros.
- O segundo passo era oferecer dinheiro se meu lindo sorriso não funcionasse. – revirei os olhos.
- Isso é ridículo, você se aproveitou dela. – ele arregalou os olhos e prendi o riso. Foi engraçada sua cara de assustado.
- Nada disso, eu só sorri, o resto ficou por conta dela mesmo. Não tente em me transformar em vilão.
- Tudo bem, senhor ego. – foi à vez de ele revirar os olhos.
- Você não tinha nada mais criativo?
- Falou o rei dos apelidos criativos...
- Quem mais te chama de demônia? Mais criativo que isso não tem.
- Isso nem é apelido.
- É sim e super carinhoso. – sorriu. Eu quase fui ofuscada por seu sorriso, mas fui interrompida pelo garçom.
- Já se decidiram? – ele sorriu pra mim.
- Sim, uma barca grande completa e dois sucos de laranja.
- Ok, algo para a sobremesa?
- Depois pedimos. – Júlio disse serio demais para quem era só sorriso agora a pouco. O garçom assentiu e se retirou. – Folgado. – ouvi Júlio sussurrar.
- Disse algo?
- Não. – tossiu. – Você sabe em qual área quer trabalhar quando se formar?
- Ainda nem entrei na faculdade e você já está pensando em quê irei trabalhar. – sorri. – Quero atuar na área criminalista. – ele sorriu.
- Assim como eu. Como você sabe eu também atuei na parte comercial da MF, mas a minha paixão sempre esteve voltada para área criminalista.
- Você teve incentivo quando decidiu cursar direito? – assentiu e sorriu.
- Sim, meu pai. Ele já era juiz na época em que sai da escola e decidi o que seria basicamente ele foi a minha inspiração.
- Eu só tive o apoio da minha avó, mas isso era uma coisa evidente de acontecer, agora tenho o de Juliana.
- O meu também, oras. Você será uma ótima advogada, Fernanda. – sorri. Era bom receber boas vibrações. Alguns segundos depois a barca chegou e começamos a comer e eu tinha que confessar que sushi é a minha comida favorita.
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O mais louco amor (Livro 2 - Amores) RETA FINAL
Chick-LitJúlio Guimarães Lemos é a personificação da perfeição da espécie masculina. Simpático e alegre eram características que podem o definir, mas às vezes por trás de um sorriso existe um coração quebrado. Um advogado com sede de vingança é a outra verte...