Capítulo VII

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Cheguei ao nosso andar e vovó havia deixado a porta aberta, entrei e a encontrei na cozinha com a porta da geladeira aberta

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Cheguei ao nosso andar e vovó havia deixado a porta aberta, entrei e a encontrei na cozinha com a porta da geladeira aberta.

- Bonito dona Eva! Pensei que a senhora ia apagar algum fogo fugindo daquele jeito de dentro do carro e me deixando lá com cara de boba. - vovó virou-se em minha direção e deu um sorriso.
- Eu te fiz foi um favor. - sentou-se em um baquinho do balcão da cozinha. - Se eu fosse vinte anos mais jovem aquele pão não me escapava. - revirei os olhos e fui em direção a geladeira, havia me dado sede toda essa conversa.
- Mas você não é.
- Bom pra você que não me tem como adversária. - sorriu. - Mas com aquele rostinho e aquele corpão, duvido é que faltem candidatas, abre o olho que se não vem uma e creu nele. - revirei os olhos.
- Meus ouvidos sangram em ouvir uma barbaridade dessas. - tomei um gole de suco. - Ele é apenas o meu advogado e o conheci hoje! E estou fora do mercado para qualquer tipo de relação.
- Ah, mas você pode até tentar se enganar, nandinha, mas eu não. Essa condição pode mudar assim que você superar pelo que passou, eu sei que pode demorar um pouco, mas o seu coração vai se abrir para receber um carinho diferente, mas por agora não custa nada ser amiga do Julinho se ele te oferecer uma amizade. - custa muito.
- Eu não sei, acho que não vai dar certo. Provavelmente eu vou querer acertar a cara dele com alguma coisa.
- Quando isso acontecer pode se considerar apaixonada. - respirei fundo. Ela não podia estar falando sério. - Agora pode sair da cozinha que vou fazer o nosso almoço.
- Eu posso fazer. - olhou-me com raiva.
- Eu vou fazer, não sou nenhuma velha invalida. - levantou-se e começou a me dar panadas com o pano de prato. - Ande menina, vá arrumar algo para fazer e me deixe com as minhas panelas, onde já se viu querer proibir a avó de cozinhar. - sai da cozinha sorrindo.

Cheguei a conclusão de que vovó era louca de pedra, oras, me expulsar da cozinha porque eu ofereci ajuda. Entrei em meu quarto e fui para o banheiro, precisava me lavar para tirar aquelas lembranças da minha mente, nem que seja as lavando do meu corpo.

A água batia em meu corpo e eu não sentia o quão gelado ela estava, eu só queria esfregá-lo e não sentir mais as mãos de Felipe sobre mim. Senti minhas lágrimas descerem e se misturarem com a água do chuveiro que caia sob minha cabeça, minha pele começou a arder e vi que havia esfregado demais a parte dos meus seios que estavam em um tom de vermelho mais intenso. Sai do chuveiro e me vesti com uma blusa larga e um short mais largo ainda, e me joguei na cama, talvez se eu dormisse um pouco essa sensação passasse.

Eu queria que fosse fácil suportar a dor de uma alma quebrada, mas não é, e eu sei que não seria, mas eu queria ser curada, restaurada e estava dando o primeiro passo, mesmo que inconsciente para isso.

(*)

Depois de dormir e acordar com o cheiro da carne que só a vovó fazia, tivemos um dia agradável, sem vovó me arremessar mais nada. Não tive uma noite tranqüila, mas, porém foi sem pesadelos, acho que é apenas preocupação por começar mais um dia em um lugar novo e eu não sou a pessoa mais favorável para primeiros dias. Sai do quarto e dei de cara com a vovó.

O mais louco amor (Livro 2 - Amores) RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora