Capítulo XVI

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Aquele moleque ter me chamado de tio  me fez ver que talvez eu esteja indo com muita sede ao pote, Fernanda é mais jovem, talvez seja bom pra ela se relacionar com alguém da as idade

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Aquele moleque ter me chamado de tio  me fez ver que talvez eu esteja indo com muita sede ao pote, Fernanda é mais jovem, talvez seja bom pra ela se relacionar com alguém da as idade. A quem eu estava querendo enganar, por mais que soubesse que o mundo poderia cair em nossas cabeças por eu acabar gostando de uma menina jovem, não ligava nem um pouco para o que as pessoas iriam dizer.


Eu estava puto, mesmo sabendo que não deveria ficar, pois além de Fernanda ser uma menina solteira, ela só havia emprestado o caderno e aquele merdinha se achou no direito de vir me confrontar. Passei esses dias estudando mais um pouco o caso de Fernanda, ele tinha brechas e com a lei desse país sendo falha e corruptível, eu deveria ficar atento para os caminhos que iriam se seguir por agora. Descobri que a família de Felipe era bem sucedida, eles tinham dinheiro para arrumar um bom advogado, mas ainda não o fizeram.


Suspirei depois de jogar o notebook  em cima do sofá, já era sexta-feira a noite e eu estava me remoendo de vontade de ver Fernanda, sabia que havia pisado na bola e era bem capaz dela não querer nem ver a minha cara, capaz não, conhecendo aquela demônia era bem provável ela jogar algo na minha cabeça na primeira oportunidade que ela tivesse. Sorri com esse pensamento e decidi arriscar mandar uma mensagem.


Júlio Lemos:
Online


Boa noite...
Está em casa?


Esperei alguns minutos, fui ao banheiro e voltei e nada dela responder. A palavrinha online se fez presente na conversa, mas ela continuava muda, nem se quer um bonequinho com raiava. Tentei de novo, afinal eu sou brasileiro.

Júlio Lemos:
Online

Pequena Demônia, eu vou ai.


Ameacei, mesmo sabendo que podia não fazer efeito, mas para minha surpresa eu recebi uma resposta.


Pequena Demônia:
Online


Não se atreva.
Antes que eu me esqueça 


Sorri.
Os ânimos dela estão uma maravilha nessa sexta à noite, mas eu tinha as minhas armas e não iria exitar em usar. O primeiro passo foi tomar banho e além de bonito, fiquei cheiroso, o segundo foi passar no restaurante de sushi que fomos da última vez e o terceiro e não mais importante, foi me revestir de coragem, pois eu sabia que estava errado. Cheguei ao seu prédio e o porteiro não me barrou, entrei direto e toquei a campanhinha, não demorou muito e a porta foi aberta por uma Fernanda com cara de poucos amigos.

O mais louco amor (Livro 2 - Amores) RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora