Capítulo VI

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Ouvi tudo o que Fernanda contou em depoimento só me fez ter mais certeza ainda de que ela precisava de proteção, o cara era um verdadeiro maluco

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Ouvi tudo o que Fernanda contou em depoimento só me fez ter mais certeza ainda de que ela precisava de proteção, o cara era um verdadeiro maluco. Ele projetou nela a imagem de Juliana, algo que só um ser ruim ou desequilibrado mentalmente faria.

- Tudo certo com você? - Daniel me perguntou enquanto eu lia o depoimento de Fernanda.
- Tudo. Eu quero uma copia, preciso adicionar aos autos. - ele assentiu.
- Vou pedir para Renata. - neguei.
- Mantenha aquela mulher longe da Fernanda, não gostei dela. - ele deu um meio sorriso.
- Ela bateu de frente com você. - constatou.
- Não só por isso, ela não tem sentimentos, então não será de ajuda para uma pessoa que está machucada. Fernanda não precisa dessas sensações de gente vazia, Daniel.
- Tudo bem, já entendi. - coçou a cabeça. - Eu sei que a Renata é meio difícil.

Fácil por difícil, eu preferiria essa mulher longe da minha pequena demônia. Depois de nos despedirmos de Daniel, partimos em direção ao apartamento delas. Fernanda ter recusado o meu toque de conforto na sala de interrogatório me fez entender piamente o que estava se passando, ela não suportava toques vindos de um homem. As deixei em casa e fui direto ao meu apartamento, não estava com cabeça para trabalhar hoje.

Uma coisa era clara, eu já tinha o número telefônico dela, mas ainda não era hora de mandar mensagens, eu precisava ganhar a sua confiança primeiro. É muito louca a necessidade que tenho de protegê-la, um sentimento novo e meio estranho, algo que ainda não havia experimentado sentir.

Entrei em casa e me joguei no sofá, as mensagens no meu celular se dividiam entre, mulheres que eu já peguei e queriam repetir a dose, meu pai e Eduardo. Resolvi atender o ultimo primeiro, eu sabia o que ele queria perguntar, então é melhor ligar para ele de uma vez.

-Fala Edu. - tirei a gravata e desabotoei os botões de minha camisa.
- Bom dia, como foi na delegacia? - direto como sempre.
- Relativamente bem, Fernanda é forte cara, eu já vi alguns casos desses onde a vitima não consegue nem mesmo resumir o que aconteceu, e ela foi lá e falou mais do que eu esperava.
- Parece que ela tem muito de Juliana.
- Até demais, só é estressadinha a demônio. - sorri ao lembrar-se de sua cara de brava.
- Você já está bem intimo, não? Já está a chamando de demônio. - Eduardo disse e eu sorri.
- Ainda não sou intimo.
- Júlio...
- Relaxa Eduardo, não vou fazer nada que te preocupe. - ele riu.
- Vai morrer? Você sempre aranja um modo de eu me preocupar contigo. - revirei os olhos.
- Mas do que sua obrigação como meu amigo! - bufou.
- Vou desligar, preciso entrar em uma reunião agora, estou tentando adiantar tudo para ter uma lua de mel descente.
- Vai lá cara, qualquer coisa é só me ligar, trabalharei de casa hoje.
- Vê se não faz merda. - revirei os olhos.
- Que confiança você tem em minha pessoa. - disse me fazendo de ofendido.
- Eu te conheço, tchau, que se não a Olga vem me buscar. - sorri.
- Tchau brother! - desligamos.

Eduardo realmente me conhecia, e eu deveria estar me achando um maluco por somente pensar em Fernanda de outro jeito sem ser apenas o seu advogado. Ferrado era pouco para descrever a minha situação nessa historia.

O mais louco amor (Livro 2 - Amores) RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora