Júlio Guimarães Lemos é a personificação da perfeição da espécie masculina.
Simpático e alegre eram características que podem o definir, mas às vezes por trás de um sorriso existe um coração quebrado.
Um advogado com sede de vingança é a outra verte...
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Embarcar nessa idéia do Júlio me parecia uma loucura muito certa. Falar com dona Eva que iria ficar o final de semana com Rafaela foi fácil, tanto que no final ela acabou dizendo que iria para Holambra e adiantou sua prova de vestido, era estranho essas idas dela para lá, mas decidi não pensar nisso. Não quando estava prestes a passar o final de semana com o meu namorado, meses atrás isso pareceria tão louco. Já havia feito a prova do vestido, e, deixado Juliana e Agnes enlouquecendo a costureira, estava esperando o Sr. Ego enfrente ao prédio do ateliê quando vi um jipe todo preto se aproximar, ri quando um Júlio sorridente apareceu na janela e entrei no lado do corona.
- Olá namorada, desculpe o atraso. – disse me dando um beijo na bochecha.
- Tudo bem, não esperei tanto assim. – dei de ombros e joguei a minha mochila no banco de trás e vi que a dele também estava lá.
- O que você disse para sua avó. –perguntou enquanto conduzia o carro para o transito novamente.
- Que ia estudar no final de semana com a Rafa. – suspirei. – Não gostei de mentir.
- Faltam poucos dias para isso, o seu prazo é até o casamento. – revirei os olhos.
- Eu sei...
O caminho até o interior de São Paulo foi um pouco longe, entre conversas, lanche que Júlio havia trago e muito sono da minha parte, chegamos até a grande fortaleza que era o local de treinamento do pai dele, ao invés de irmos para lá, o Sr. Ego pegou outro caminho.
- Lhe disse que não ficaríamos lá dessa vez. – disse.
- Eu esqueci, é muito longe daqui? – negou com a cabeça.
- Não de carro, a pé é meio longe sim. – assenti. Vi algumas árvores pelo caminho, algumas plantas e até mesmo alguns pássaros. Avistei uma casa linda com a parte de cima completamente de vidro, era linda.
- Uma casa de vidro no meio do mato? – questionei.
- Sim, porem o vidro é altamente blindado e são só duas paredes de vidro. – piscou e sorriu.
- Sua idéia?
- Sim, esse aqui é o meu esconderijo, o lugar mais seguro da face da terra. – parou o carro em frente a uma grande porta.
- Não passamos por um portão. – disse quando ele abriu a minha porta e me ajudou a descer do jipe.
- Passamos porem abri antes de entrarmos. – assenti e pegamos nossas coisas e caminhamos para dentro da casa. Ela era completamente incrível por dentro, bem masculina, mas não deixava de ser completamente encantadoramente linda.
- Aqui é bem bonito. – disse.
- Você ainda não viu a parte de trás. – ele disse e começou a me guiar por uma porta que nos levou a cozinha e então saia na parte de trás da casa.
- Incrível. – meus olhos passaram por todo ambiente e tive a certeza que aquele lugar era a casa mais bonita que já havia visto. A piscina era linda e parte verde era completamente perfeita, eu podia até ver flores por ali. – Esse lugar é perfeito. – Júlio sorriu e passou um braço pela minha cintura.
- Ficou mais bonito agora com você aqui, minha pequena Demônia. – revirei os olhos.
- Tinha que estragar a declaração, não é? – sorriu.
- Não estraguei você que não tem humor.
- Claro que tenho. Agora me diz o que vamos fazer aqui?
- Tudo o que você quiser, mas me deixe te apresentar o restante da casa. – assenti e começamos o passeio pela residência. Era incrível como aquele lugar mesmo com as paredes aparentemente transparentes me fazia-me sentir segura, acho que também se deve ao fato de estar com o Sr. Ego, mas não vou dizer isso, se não ele não vai se caber em si.
**
Depois de me mostrar o quarto em que eu ficaria e ele ser de frente para o dele, tomei um banho e coloquei um conjunto de moletom, era bem fria essa região. Quando desci o encontrei na cozinha de frente para o fogão e fiquei admirando por um tempo a imagem.
- Eu sei que sou bonito e gostosão, mas você pode chegar perto que só mordo se você me pedir. – virou-se com uma espátula na mão e sorrindo daquele jeito convencido.
- Tem hora que me esqueço do quanto convencido você consegue ser, isso é inacreditável. – caminhei até uma banqueta que ficava na bancada perto de onde ele estava.
- Estou aqui para alimentar minha namorada mesmo ela sendo uma rabugentinha. – virou-se para o fogão novamente.
- Agora sou rabugenta? – perguntei.
- A minha rabugenta. – sorri, porque o infeliz tinha que ser fofo também?
- O que você está fazendo aí?
- Omelete de queijo e presunto, é rápido, prometo fazer algo melhor mais tarde, mas estou morrendo de fome. – sorri.
- Quando você não está com fome?
- Quando estou te beijando. – piscou.
- Sei, duvido muito disso.
- Aqui a melhor omelete gigante que você ira comer na vida. – ri, o homem conseguia ser convencido em tudo meu senhor.
- Só depois de provar verei se é boa mesmo.
- Você vai ver que estou certo. – a primeira garfada que levei a boca foi sob o olhar dele. – E então?
- É boa. – gargalhou.
- Eu digo que é rabugenta, olha, vou entender isso como um "está muito bom".
- Não disse isso. – revirei os olhos.
- Mas vou entender assim. – deu de ombros e começou a comer a sua omelete.
Terminamos de comer e me prontifiquei em lavar a louça enquanto ele tomava um banho. Assim que acabei mandei uma mensagem para vovó e sentei no sofá da sala que era enorme por sinal.
- Pronta para o melhor final de semana da sua vida até agora? – se eu não tô pronta nem pra próxima piscada dele, imagina esses dois dias.
- Se não me traumatizar, estou.
- Então vamos a diversão, pequena Demonia.
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Olá, boa tarde, tudo bem? 🤔 Um agrado antes de conversar com vocês, para tudo existe uma explicação.
