Capítulo V

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Respirei fundo ao entrar na delegacia acompanha por vovó e Dr

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Respirei fundo ao entrar na delegacia acompanha por vovó e Dr. Júlio. Parecia que todos estavam olhando em nossa direção, tento manter o olhar firme até enxergar no meio de tanta gente, Daniel, o irmão do Eduardo.

 - Bom dia. – disse.
- Bom dia Fernanda, dona Eva, Dr. Lemos. – ele cumprimentou o meu advogado com um aperto de mãos. – Vou encaminhar vocês dois para a sala que será feito o depoimento e dona Eva pode ficar em minha sala aguardando.
- Eu não posso ir com ela? – vovó perguntou e Daniel voltou a negar.
- Infelizmente não. Esse é um momento onde só o advogado pode entrar. – olhei para vovó tentando transparecer que estava tudo bem.
- Eu vou ficar bem vovó. – assentiu e me deu meio sorriso. Respirei fundo e segui o Daniel, assim como o Dr. Júlio. É estranho pensar nele como meu advogado, até minutos antes eu lembrava dele apenas como o idiota do café.
- Aguardem aqui, uma agente virá tomar o seu depoimento. 
- Será uma mulher a me interrogar? – perguntei. Talvez com uma policial seja melhor do que foi com os policiais de Holanda.
- Sim, agradeça ao seu advogado que me solicitou que fosse uma mulher a lhe tomar depoimento. – olhei para o dr. Júlio a fim de agradecer.
- Obrigada, talvez com ela eu não me sinta tão acuada. – ele deu um pequeno sorriso, e nossa, o homem era realmente bonito o olhando de perto tentando não atrelar ele ao dia em que nos conhecemos.
- De nada, Fernanda. Eu tento manter os meus clientes o mais reservados possível. – ele disse e eu apenas assenti. Sentei-me em uma das cadeiras da pequena mesa no centro da sala.
- Eu vou lá, daqui a pouco a agente entrara para começar. – Daniel disse e saiu, assim deixando a porta fechada.
- Você não precisa se sentir acuada com esse depoimento, em qualquer momento você pode me pedir para parar que nós paramos e ela recomeça depois, ok? – Dr. Júlio disse de maneira séria.
- Ok, doutor. – sorriu.
- Você pode me chamar de Júlio. – quando ia responder uma policial entrou na sala.
- Bom dia, eu sou a agente Renata e vou colher o seu depoimento, Fernanda. – prendi um pouco a respiração, mas logo soltei.
- Tudo bem. – Júlio apenas olhava em minha direção.
- Bom, vamos começar? – ela perguntou e eu assenti. – Seu nome completo e sua idade, por favor.
- Fernanda Vasconcelos Cruz, 17 anos. – disse. A Renata me transmitiu a sensação de secura, vazio, provavelmente ela era uma policial durona.
- Você pode me contar como ocorreu o primeiro ato ou tentativa de violação?

Tentei puxar na mente os indícios e não veio nenhum antes do fato em si ocorrer. Sempre fui a cunhada gordinha, desajustada que Felipe vivia rindo junto a Thalita. Mesmo Thalita não sendo mais magra, algo que agora entendi o que eram todos aqueles remédios para engordar que ela tomava. Que louco, não é mesmo? Umas querendo engordar e outras emagrecer, a vida era realmente uma roda gigante com diversas pessoas em sua minúsculas cabines.

- Nunca percebi sinais, acho que nem deveria, ele era apenas o marido da minha irmã, e nós nunca tivemos muito contato. – respirei fundo. – Mas talvez tenha sido depois que Juliana esteve em Holambra. Ele começou a dizer que eu me parecia muito com ela. – respirei. – Eu realmente não vi fundo de maldade, pois depois de reencontrar a Ju, eu encarei isso como um elogio. Alguns dias depois dela partir, ai sim  começou o tormento. – senti um frio de repente e puxei um pouco mais o caso que havia colocado. Não era agradável pensar nisso.
- Foi quando ele começou? – a policial pergunto.
- Sim. – sussurrei, não sei onde havia ido parar a minha voz.

O mais louco amor (Livro 2 - Amores) RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora