Júlio Guimarães Lemos é a personificação da perfeição da espécie masculina.
Simpático e alegre eram características que podem o definir, mas às vezes por trás de um sorriso existe um coração quebrado.
Um advogado com sede de vingança é a outra verte...
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A ida a lanchonete até havia sido boa, mas aquele idiota me chamando de demonia me tirou toda boa vontade que a minha pessoa estava tendo com ele. Cheguei a casa e me joguei no sofá mesmo, o apartamento estava silencioso, o que indicava que vovó não estava em casa, parando para pensar, hoje foi a primeira vez que sai com um cara para comer, isso caracterizava como um encontro. Eu não acredito que isso foi acontecer com o senhor ego.
Respirei fundo e segui para o meu quarto, eu precisava tomar um banho e voltar a estudar. Precisava passar no vestibular de uma vez, assim que eu fizesse a ultima prova eu quero procurar um emprego e sair das costas de vovó, ela tem dinheiro e eu não. Assim que eu passasse no vestibular para cursar direito precisaria de dinheiro para bancar todos os livros necessários na minha jornada na faculdade. Tomei o meu banho e quando estava saindo do quarto, vovó estava entrando no quarto dela.
- Ah, já voltou Nandinha? - disse com a maior cara lavada do mundo. - Como foi com o Julinho? - A melhor parte foi ter comido. - ela sorriu. - Só isso? - O que mais a senhora estava imaginando dona Eva? - cruzei os braços e a questionei. - Nada, minha filha. Eu vou tomar um banho, hoje foi dia de carteado na Verinha e preciso relaxar. - entrou e fechou a porta. Segui para cozinha e bebi água e retornei para o quarto. O resto da noite eu passei enfurnada em um livro e claramente adormeci em cima dele. Acordei pela manhã com o meu despertador tocando em meu ouvido e vovó na porta do quarto. - Bom dia dorminhoca, levante se não vai perder o ônibus. - eu finalmente havia descoberto a hora que o ônibus passava. - Bom dia, eu já vou vovó, obrigada. - ela sorriu. - te espero na cozinha, nade de sair de bucho vazio. - disse antes de sair de minhas vistas. Levantei e não demorei muito para ficar pronta e segui para a cozinha. - Só quero uma fruta, comi muito ontem. - vovó revirou os olhos. - Come logo, que saco vazio não para em pé e eu não tenho idade para você ficar anêmica, anda. - me deu um pão e um copo de suco e ficou me olhando comer. - A senhora é bem teimosa, hein. - deu de ombros. - Já comeu? - Ai calma, estou comendo! - comecei a comer sobre os olhos dela. - Hoje eu vou ao bingo, é sexta, vê se você fica com Juliana, não quero te deixar sozinha. - revirei os olhos. - Deus me livre ser vela. Deixe a menina namorar um pouco, eu vou ficar bem. - levantei e coloquei as coisas na pia. - Tô indo nessa, vê se a senhora não apronta, ok? - fui a sua direção e lhe dei um beijo na testa, já que a mesma estava sentada. - Eu nunca apronto. - sorriu. - Vai com Deus, minha filha. - A senhora fica com ele! - sai praticamente correndo, eu havia me atrasado de fato e por muito pouco não perco o ônibus.
Segui o caminho pensando em como a minha vida estava ficando leve. Eu não acordava mais com xingamentos, e muito menos me sentia humilhada toda vez que me sentava a mesa para comer, era bom viver só com vovó e não ter esse tipo de preocupação. Eu estava começando a ficar tentada a ir à psicóloga junto com Juliana. Quando cheguei ao portão do curso, algumas meninas começaram a me medir de cima a baixo, respirei fundo e fui em direção a minha sala.
- Fefa! - ouvi a voz de Rafaela e logo a avistei no meio da sala e acenando, é eu já havia ganhado mais um apelido. - Pra quê esse escândalo menina? - Não fiz escândalo. Agora me conta quem era aquele boy super magia? - Super magia? - É menina, ele é mais do que boy magia né? O homem é um absurdo de lindo, que o meu fofinho não escute, o boy era super magia gostossíssimo. - tive que rir do besteirol. - Deus que não deixe o Júlio ouvir isso, se não o ego dele não vai inflar apenas, vai explodir. - Um homem daquele pode ter tudo inflando menina, não foge não Fernanda, quem é o boy? - Rafaela me olhava ansiosa. - É um amigo do namorado da minha prima, ele só estava fazendo um favor para minha avó. - dei de ombros. - Que bicha sortuda, 90% das meninas do cursinho estão com inveja de você. - revirei os olhos. - Não viaja, ele não é nada meu. - Rafaela sorriu e mexeu em seu cabelo. - Elas não sabem, boba! Que morram e se corroem de inveja de você! - balancei a cabeça em negação. - O professor chegou, vamos focar. - virei-me na direção do quadro e tentei prestar atenção no que o professor dizia. A minha mente sem querer viajou para aquele advogado egocêntrico.
As aulas passaram como uma pressa descabida, no dia em que você quer que demore, logo chega ao fim. Rafaela saiu cedo do curso, algo como uma viagem com a família do namorado para o litoral de São Paulo, não prestei muita atenção no que ela disse. Fui em direção ao ponto que ficava na esquina do curso, enquanto esperava o ônibus senti como se estivesse sendo observada, olhei para os lados e estava com algumas pessoas que vieram do mesmo lugar que eu, mas a sensação era estranha, logo senti o meu corpo arrepiar.
- Acho que alguém precisa de uma carona por aqui. - a voz do Júlio se fez presente e dei dos passos para trás, não havia visto o carro se aproximar. - O que você está fazendo aqui? - cruzei os braços. - Te dando uma carona, entra Fernanda, daqui a pouco vem um ônibus e eu não posso parar aqui. - olhei para o ser que estava dentro do carro, inclinado para que eu pudesse vê-lo. Respirei fundo para conter o meu coração que começou a ficar acelerado. - A minha avó te mandou aqui? - perguntei assim que me acomodei no banco do passageiro ao seu lado. - Não, porque ela mandaria? - Tem certeza disso? - Absoluta. Então hoje eu quero te levar em um dos meus lugares preferidos, topa? - parou em um semáforo e virou-se em minha direção com um sorriso, não o sorriso convencido, mas um sorriso de menino e minha nossa, talvez eu não seja imune a esse sorriso. - E o que seria isso? - Você vai descobrir, agora coloca o cinto. - piscou e voltou a prestar atenção no transito que começou a andar.
Júlio mantinha o sorriso no rosto, ele só não sabia que eu estava fazendo um esforço tremendo para seguir com ele sem saber aonde iríamos, confiar não era mais uma coisa fácil de fazer.
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Olá luzes!
Cheguei, Aiai, menina Fernanda não quer mostrar, mas tá se derretendo por Julinho.
Aiai, o próximo capítulo está pronto, então soltem os dedinhos heeeeein! Comentem!
O próximo já está pronto, só para avisar mesmo. 💁🏽♀️💁🏽♀️