Júlio Guimarães Lemos é a personificação da perfeição da espécie masculina.
Simpático e alegre eram características que podem o definir, mas às vezes por trás de um sorriso existe um coração quebrado.
Um advogado com sede de vingança é a outra verte...
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Deixei Fernanda em casa e segui para a do meu pai, havia recebido uma mensagem dele enquanto estava com a pequena demônia, assim que sai do carro, vi Henry sair do carro que parou atrás do meu.
- Até que você é rápido em seguir as pessoas. - Eu sei. – continuou sério. A mulher dele provavelmente dormiu de calça jeans, não é possível que o homem seja tão amargo.Segui para casa e achei o meu pai na cozinha, como sempre. - O senhor deveria abrir um restaurante. – disse e ele não virou em minha direção, apenas escutei sua risada. - É apenas um hobbie, sente-se um pouco, precisamos conversar. – meu pai era um homem sem muitos rodeios, eu poderia dizer que ele se encaixava muito no quesito oito ou oitenta. - Diga o que o senhor deseja. – sentei-me em um dos bancos de sua bancada. - Foi buscar a menina na porta do pré vestibular e saíram para lanchar, você se esqueceu que é advogado no caso dela e resolveu seduzi-la? – disse de uma vez só. - Busquei, com o consentimento da responsável dela, e não tem envolvimento nenhum ainda, eu respeito a Fernanda, além do que ela se dá ao respeito. Mas eu gosto da companhia marrenta dela, e principalmente, eu não quero seduzi-la, quero que ela se liberte das amarras que toda essa situação criou na vida dela. – dessa vez ele me olhava sério. - Ela é menor de idade, talvez isso não faça bem a sua carreira. - Ela vai fazer 18 em poucos meses, e não tem com o que o senhor se preocupar, pai. Primeiro eu quero ser amigo dela, o depois a gente deixa por conta de Deus. - Não machuque ainda mais essa menina, Júlio. - Não tenho essa intenção, quero Fernanda bem o suficiente para que ela possa se apaixonar por mim. Fernanda me encantou desde a primeira vez que a vi, onde eu não imaginava nem um terço das coisas que ela passou, não sei bem o que foi, como foi, mas o encantamento por ela está todo aqui e eu não posso mais me imaginar sem a pequena demonia marrenta que ela é, a coisa é meio louca, mas é como é. Talvez eu me encontrasse apaixonado por ela.
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Permaneci na casa do meu pai por mais algumas horas, mesmo que essa semana já tenha rolado o nosso encontro semanal, jantei ou digamos que comi um pouco de seu jantar, ainda estava cheio do hamburgue que havia comido com Fernanda. Fui para casa e não tardei a dormi, a minha sexta-feira seria cheia e eu já tinha em mente em como terminaria.
Minha passagem pela empresa do Edu havia sido rápida, conversamos um pouco sobre ele estar cada vez mais amarrado.
A minha próxima parada seria a comarca, visitaria a promotoria, eu queria fazer algumas visitas antes de assumir o cargo.
Estava conversando com o juiz Nunes, já que o único promotor por enquanto estava em uma audiência, eu estava grato por ser uma comarca movimentada, segundo o juiz, todos os dias havia audiências, e vários casos requerendo participação da promotoria, eu estava louco para colocar alguns bandidos atrás das grades.
- Ora, se não é o novo promotor desta comarca. – ouvi a voz de quem fugi por muito tempo. – Estou feliz em ter um colega conhecido nessa jurisdição. – devo ter jogado pedra na cruz, isso não podia ser verdade. Respirei fundo ao me virar para ver a cara da pessoa. - Luciana! – a cascavel da minha ex-namorada. - Dr. Júlio, que bom te-lo em meio a nos relis mortais. – disse de forma irônica. – Que engraçado não? Agora seremos colegas de trabalho. - Somente colegas de jurisdição, cada um terá os seus casos. Pensei que você não estava mais no Brasil. – ela sorriu. - Ah, eu sempre volto para casa, querido. – revirei os olhos. - Bom, vou deixá-lo com a Luciana, preciso ir para uma reunião no colégio da minha filha agora. – juiz Nunes disse e nos despedimos rapidamente. - Eu também já estou indo, tenha uma boa tarde, Luciana. – disse e também segui para a saída. - Júlio! – me chamou e minha educação me fez parar e virar em sua direção. - Sim, Luciana. - A gente poderia comemorar essa nova fase da sua vida como os velhos tempos, lembra? – ri de seu descaramento. - Não, quem gosta de passado é professor de Historia, no caso, eu sou advogado. - Você não precisa ser grosso. - Nem você oferecida e olha que nem te critiquei. – ela cruzou os bracinhos finos. - Você tem que esquecer o passado. – revirei os olhos. - Eu já esqueci. – sorriu. – Mas não cometo o mesmo erro duas vezes, agora me dê licença que eu tenho mais o que fazer.