Capítulo LXI

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Júlio lemos

vivendo um caos.

­­Surpreender o inimigo era o que dava o "tcham" no meu plano. O filho da puta conseguiu invadir o sistema de segurança da empresa e isso me deixava mais puto, pois só havia uma resposta para isso. Ele era parte dos nossos e tinha proximidade. Me concentrei na pedra gigante que ficava na mata, ele passaria por mim, já que a pedra tinha uma fenda e a noite de fora não era visível, então eu seria aquele que iria surpreender e não o que seria surpreendido. O meu celular mostrava que tinham dois invasores, e, isso estava me deixando nervoso. Um deles chegava perto da direção que Fernanda seguiu e o outro estava bem próximo a fenda.

- Não é possível que aquele merdinha tenha conseguido escapar. - a voz disse enquanto se aproximava e me preparei para dar o bote, era coisa de segundos. Assim que ele passou e ficou de costas, pulei em cima dele, mas já estava esperando o contra-ataque, afinal, ele era treinado pelos homens do meu pai.

- Boa noite, Henry ou devo dizer traidor? - eu estava em cima dele no chão e, antes de conseguir o prender a mim, o filho da mãe conseguiu me dar um soco em minha costela esquerda, mas não era isso que iria me parar.

- Que belo lugar para se esconder, principezinho. - riu. - Uma mata fechada ótima para corpos ficarem desaparecidos.

- O único corpo que vai desaparecer é o seu. - eu disse ao esmurrar aquela cara maldita. - O que você quer com a minha mulher? - o psicopata olhou nos meus olhos e riu.

- Com aquela garota eu não quero nada, agora de você, principezinho, irei tirar tudo. Começando pela bobinha apaixonada por você.

- Então o seu alvo na verdade era eu. - Henry assentiu enquanto cospia sangue. - E o que eu tenho haver com a sua vida?

- Tudo! Você destruiu a minha família. - confuso olhei para ele, e não me lembrava de algum dia ter topado com ele.

- A primeira vez que te vi foi quando meu pai te colocou para ser um dos meus seguranças. - Henry tentava se soltar a todo custo embaixo de mim.

- Sempre soube que você só se importava com seu umbigo.

- Não enrola, diz de onde você acha que me conhece!

- Você trancou meu pai em uma cadeia, um moleque que ficou atrás da polícia até eles prenderem o meu pai e sabe como eu fiquei? Sem ninguém, porque o principezinho estava irritado com a morte da mamãezinha fresca dele. Era só ela ter passado o relógio que ele não teria atirado. - então ele era filho do assassino da minha mãe.

Flashback - 11 anos antes

Era sábado e o dia estava nublado em São Paulo. Minha saída com os caras da escola tinha sido cancelada e então iria passar a noite com a minha mãe já que meu pai tinha viajado a trabalho.

- Querido, o milho acabou, vamos ao mercado comprar. - mamãe disse na soleira da porta da cozinha. Minha mãe é uma mulher linda em seus belos quarenta anos, ela e meu pai não me tiveram tão cedo, mas mesmo assim, a minha coroa era uma gata. Dona Lívia era o motivo das dores de cabeça do meu pai por sua beleza.

- Ah, mãe. Porque a gente não vai até a lanchonete aqui perto? - caminhei em sua direção. Assim a senhora não precisa cozinhar.

- Eu gosto de cozinhar e você sabe. Anda! Também preciso de outras coisas de lá. Vou tirar o carro, não demore, Júlio.

- Está certo, já encontro a senhora.

Saímos de casa debaixo de uma garoa fina e fomos escutando as músicas antigas da minha mãe. Elvis era o seu cantor preferido, então a fita sempre estava tocando em seu rádio. Compramos tudo o que ela queria e até mais, dona Lívia estava em êxtase, pois meu pai voltaria amanhã para casa e ela queria o receber com um belo almoço.

Foi coisa de segundos, em um momento ela estava colocando as sacolas dentro do porta malas, e no outro duas pessoas nos abordavam, um me segurava enquanto minha mãe era revistada e tirada tudo de valor que ela tinha no corpo.

- Solta a minha mãe.

- Me solta!

- Não façam mal ao meu filho. - minha mãe gritava enquanto o assaltante a revistada, até que ouvi um tiro e a vi escorregando para o chão.

- Mãe! Mãe! - o homem me soltou e eu corri ao encontro do corpo caído da minha mãe. - Alguém me ajuda, alguém me ajuda. - gritava enquanto o sangue da minha mãe escorria entre os dedos.

Fim de flashback

- O seu pai havia catado tudo de valor da minha mãe, não satisfeito, ele também lhe tirou a vida. Ir para cadeia foi o mínimo que um monstro como ele merecia.

- Ficar sem a mamãe deixou o principezinho frágil, tudo te quebra. - riu em escárnio.

- Quem está quebrado é você. Quebrado e próximo de ir para uma prisão, e talvez ter o mesmo caminho que o seu pai, a morte, não é?

- Foram vocês que mandaram matar ele! - Henry gritou com ódio.

- Não mandei matar, apenas forneci informações valiosas a outras facções que seu pai era um rival. Se quer culpar alguém pela morte dele, comece por ele mesmo, seu pai era a escoria do mundo, um monstro que deveria ter sofrido mais do que sofreu naquela prisão. - Henry tentou se soltar e a raiva que estava correndo em minha veia explodiu. Socos, chutes, e xingamentos eram trocados enquanto nos atracávamos no chão, não sai ileso, mas a forma como meu ódio estava não criei limites em minha mente, apenas queria que ele sofresse. Eu não era assassino, mas, talvez virasse um agora. Henri quase consegiu virar o jogo, mas consegui desviar de seu soco.

- Júlio, já chega! - ouvi a voz de Daniel atrás de mim antes de o sentir a começar a me puxar de cima do filho da puta.

- Você achou que iria se safar dessa? - ri. - Eu estava te esperando seu bosta. - Achou que estava a minha frente? O seu erro foi nunca ter me observado atentamente.

Os homens que acompanhavam ergueram aquele trapo e o levaram enquanto Daniel gritava ordens. Finalmente havíamos pegado o assassino que tirara a vida de Felipe, e agora nunca mais ele seria uma ameaça a minha garota.

- Cadê a Fernanda? - perguntei a Daniel.

- Ela está bem, está com seu pai. - assenti a sua resposta.

Eu estava voltando para você, minha Demônia e agora ninguém iria ficar em nosso caminho.

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OLHA QUEM VOLTOU!

Luzinhas do meu coração. Eu vou responder cada comentário de vcs, mas pra não deixar vcs esperando mais tempo e logo terei que sair do trabalho e ir direto ao mercado e receber minha sobrinha que vai lá pra casa hj, então, respondo os comentários depois, ok?

AVISO:

FALTA POUCO PARA A HISTORIA ACABAR! Poucos capítulos mesmo, entre 2 a 5 no máximo, e como estou tentando terminar ela antes do meu aniversário que é dia 29/03, temos poucos dias de postagem. HAHAHA

O epílogo ficara pouco tempo disponível, será questão de horas, por isso no capítulo final eu vou deixar a hora que ele vai estar disponível e retira-lo. Apenas porque ele é de uso exclusivo da amazon.

Então, é isso!

Beijos de luz no coração de vcs! <3

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