Acordo em uma cama de um hospital. Itachi está olhando para a janela, parecia que estava em seu próprio mundo, Sasuke estava sentado dormindo tranquilamente.
— Itachi-sensei? — Tento chamar sua atenção.
— Ah, finalmente acordou. — O Uchiha vem até mim.
— O que aconteceu? — Digo com a voz rouca, minha garganta estava completamente seca. — Pode me trazer água, por favor?
Itachi assente e vai até um bebedouro que há no quarto.
— Obrigada... — Pego de sua mão e bebo tudo. — Pode trazer mais?
Novamente, Itachi pega mais água para mim.
— O que aconteceu? — Pergunto pela segunda vez.
— Quando lhe perguntei sobre o incêndio, você começou a gritar e se debater na cama. Os médicos te levaram para outra sala, apenas isso que sei até agora. — O Uchiha diz calmamente, sem nenhuma expressão.
— Quanto tempo fiquei desacordada? — Questiono.
— Uma semana. — "Isso explica o motivo de estar com tanta sede...".
— Tudo isso? Como fiquei tanto tempo assim?
— Eu não sei. — Respondeu frio.
— Está com raiva de algo? Fiz alguma coisa errada? — Indaguei preocupada.
— Não é nada. — Itachi se vira para o irmão. — Sasuke, acorde. Vamos embora. — O Uchiha mais novo acorda.
— Sim, Nii-san. — Sasuke se levanta, ainda sonolento, e vai até a porta.
— Até mais, Sakura. Espero que melhore logo. — Itachi diz com o mesmo tom de antes e puxa o irmão para fora.
Itachi estava diferente comigo, isso era óbvio, me pergunto o motivo disso. Ele não costuma ser assim, é estranho. "Esquece ele, Uchiha é tudo mesquinho.".
— Não fale assim dele... Ele é diferente, sempre me tratou bem. — "Se você diz...".
Após a saída dos Uchiha, continuo deitada olhando o teto. Quando tento me mexer, meu corpo inteiro dói, obviamente o acidente é o culpado disso.
Depois de um tempo encarando o teto, uma mulher entra pela porta.
— Boa tarde, Sakura-san. Está na hora do banho. — Dizia a enfermeira carinhosamente.
— Tudo bem. — Com o auxílio da mulher, consigo chegar ao banheiro.
Ela tira aquela roupa esquisita de hospital e percebi que estava usando um colete estranho, que cobria todo meu tronco e parte da minha coxa. "Eu estava com isso antes!?".
— Isso é uma malha compressiva, irá te ajudar em seu tratamento. — A enfermeira, notando minha confusão, tira minha dúvida. — Quando tirar, provavelmente sentirá dor, mas isso é normal.
Assenti com a cabeça. A mulher faz menção de tirar o colete, mas a impeço com o braço. Não deixaria ver meu corpo.
— Eu consigo fazer isso sozinha, não se preocupe. Pode ir embora, não gosto que estranhos olhem meu corpo. — Disse simplista. Depois daquele abuso, ninguém me verá sem vestimentas.
— Tem certeza!? — Assento. — Bem, peço que tome banho com a água fria, se sua pele entrar em contato com água quente, as coisas piorarão. Tente não passar sabonete nas queimaduras. Quando terminar, coloque a malha imediatamente.
— Muito obrigada.
— Qualquer coisa, é só me chamar. — Ela sai e fecha a porta.
Retiro a malha e me olho no espelho.
— Isso é...
Há marcas de queimaduras em minha barriga, nas minhas coxas e em toda região de minhas costas. Era inacreditável, o incêndio realmente foi grave. "Será que isso vai ficar aqui para sempre!?".
Deixo esses pensamentos de lado e entro no chuveiro. Sigo todas as instruções que a enfermeira. A água caindo em minha pele doía demais, estava quase gritando de dor.
Ao terminar o banho, me seco com cuidado e coloco a malha de novo, junto à aquela roupa de hospital. Saio do banheiro e me sento na cama.
A enfermeira retorna com uma bandeja de comida na mão. Ela diz que se precisar de algo, devo apertar um botão ao lado da cama e vai embora.
Após comer a comida—que por sinal era horrível—, me deito na cama e penso sobre o "sonho" que tive.
— Eu realmente te matei, não é? — Sussurrei para mim mesma. — Minhas mãos estavam sujas com o seu sangue... Acho que deveria não ter sobrevivido naquele incêndio... — "Não pense coisas assim...".
Meus olhos se fecham e adormeço.
[...]
Quatro meses se passaram desde que fiquei no hospital, os médicos me disseram que me recuperei rapidamente. Obviamente não me recuperei por completo, terei de usar a malha compressiva por algum tempo. As queimaduras ainda doem bastante, mas não tanto quanto antes.
Me disseram que o sangue encontrado em minhas mãos, era de alguém desconhecido. Então, deixaram de lado esse assunto.
Sobre as visitas, Naruto vinha toda semana, mas ele sempre gritava alto demais e era expulso do hospital. Já Hinata, ela vinha quando podia, pois a Hyuga tinha que treinar. Em suas visitas, a ajudava em sua timidez e não é querendo me gabar, mas conseguimos um ótimo progresso. É claro que não resolvemos tudo, mas ela já conseguia falar com as pessoas normalmente, até mesmo com Naruto. Meus pais também vinham me visitar, só que ficavam por pouco tempo, felizmente.
Itachi só veio me visitar uma vez e ficou no máximo cinco minutos, apenas me perguntou como eu estava e foi embora. Não sabia o que estava acontecendo, pedi a Naruto que investigasse para mim, mas ele nada descobriu. Ele chegou a perguntar ao Sasuke e o mesmo apenas o ignorou. Eu estou preocupada. Inner tentou me acalmar dizendo que Itachi está em missão, mas se realmente fosse isso, ele me avisaria, eu acho...
Agora, estou caminhando para casa junto de minha mãe. Ela está falando algo comigo, porém não dou atenção. Minha mente está ocupada com pensamentos sobre Itachi.
— Você nos atrasou, por que teve que sofrer esse acidente? — A Haruno mais velha dizia com amargura.
Finalmente chegamos em casa e sem dizer nada, vou direto para meu quarto. Não quero conversar com ninguém por agora.
Estávamos no começo de um novo ano, talvez um novo começo, talvez haja alguma esperança para mim.
Yo, cerejas! Tudo bom com vocês?
Para ser sincera, achei esse cap uma merda, mas não quero reescrever de novo. Tentarei fazer que o próximo seja bom :D
Não esqueçam de ouvir a playlist no Spotify e no Youtube! Espero que tenham gostado do capítulo. Se houver algum erro, me corrijam. Lembrando que a cronologia não está de acordo com a do anime. Até o próximo cap, dattebayo! ⚡
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Reformada
Mystery / ThrillerImplorar a Deus é uma atitude considerada vergonhosa, uma ação que transmite humilhação e permite que os outros vejam que está no fundo do poço. Mas o que mais fazer quando já não suporta mais viver? Isso, você implora a Deus para que ele milagrosam...