O Limite

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     Posso sentir sua ternura através da minha faca.

     Como se fosse uma extensão de prazer.

     Meu corpo convulsa.

     Há algo incrivelmente desmaiado, 

     no fundo,

     que grita me dizendo para resistir a esse prazer incontrolável.

     Mas posso dizer que já estou caindo da borda.

     Não consigo parar, haha. 





     Eu gosto quando papai está muito cansado para me notar.



     Meu útero dói como nunca doeu. Mas não irei parar. Não até que cumpra meu objetivo.

     Está arrependido, papai?

     Você não deveria estar.

     Até porque, quem você é para estar apaixonado, quando meu amor nunca vai ser direcionado a você?

     É engraçado. 

     Eu estou aqui. Estou pronta para destruir minha vida.

     "Inner, vamos fazer o que combinamos. Mas lembre-se, quero total controle sobre meu corpo.".

     "Tá bom, chefinha. Tem mesmo coragem de fazer isso?".

      "Sim. Antes achava que meu dever nesse mundo era apenas sofrer, mas me enganei. Agora sei o que devo fazer.".

     Desço cada degrau da escada com cuidado. A dor não passou, porém não posso deixar isso me impedir de cumprir meu objetivo. 

     Coloquei ataduras em volta do sangramento, o que está resolvendo um pouco. Também usei um pouco de ninjutsu médico para amenizar a dor—e infelizmente não teve muito resultado. 

     Tudo está em silêncio. É uma noite bem escura. Apenas a luz da lua reflete nas pequenas janelas. 

     Vou dando passos lentos. Não tenho pressa. Nunca tive. 

     Desço mais degraus. Abro a velha porta de madeira do porão, eles estão lá. Fazendo sabe se lá o que. 

     Tiro de meus bolsos duas seringas. Caminho lentamente até eles, que estão sentados, ocupados de mais para notar minha presença.

     Eles estão bêbados e drogados. Isso me ajuda. 

     Enfio as agulhas no pescoço de ambos e aplico a droga. Os dois caem desmaiados. 

     Agora é a hora da diversão, papai

     Boa noite, Cinderela.



     É engraçado ver seus corpos amarrados. Seus pulsos presos em uma corda pendurada no teto. Seus pés amarrados, sem chance de escapar. O chakra dos dois está drenado.

     Me dá até um deja vu. 

     Precisei da ajuda de Inner para levantar esses corpos. Ainda estou machucada e mesmo que não estivesse, não tenho força o suficiente para levantá-los sozinha. Mas agora eu estou por conta própria.

     Ambos estão pendurados na sala. Não iria fazer isso naquele porão sujo. É nojento. 

     Seus olhos se abrem aos poucos. Eles dormiram por bastante tempo até. Três horas, eu acho. 

ReformadaOnde histórias criam vida. Descubra agora