Danger

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P.O.V Mina

Um ano depois...

    Esse ano é, sem dúvidas, o mais estranho que tive. Conheci, o que seria, uma maldição que está presa em mim e essa mesma maldição se declarou. Tudo aconteceu tão rápido. 

     Depois de conversarmos tanto, ela finalmente assumiu seus sentimentos. Infelizmente não pude retribuí-la. Não sinto o mesmo e seria errado ficar com ela mesmo assim. 

     Depois disso, ela não falou mais comigo. Não a julgo, Inner precisa de seu tempo. Sei que ela ainda escuta todos os meus pensamentos, porém não diz nada.

     Nos aproximamos muito depois da nossa primeira conversa e eu realmente senti coisas diferentes. Mas o que eu poderia fazer? Daqui um ano terei que casar e se aceitasse esses sentimentos, iria magoá-la mais ainda. 

     Não acho que a Inner tenha enraivecido por ser rejeitada, ela realmente precisa de um tempo. 

     Assim como todos nós precisamos. 

— Minosa... Você deveria parar de ficar no mundo da lua, sabia? Qualquer dia, se continuar assim, pode cair em um bueiro. Se pá, pode bater a cara em um poste. 

     Ken estava no Templo esperando o irmão, que fazia uns trabalhos específicos.

— Só estava pensando em umas coisas aqui. — Digo voltando a realidade. 

— Em que? 

— Em como você é desrespeitoso. Tire os pés da mesa, Kenny! — Repreendi. Logo, ele faz o que peço. 

— Você é muito chata, sabia? Desse jeito vou ter que roubar o trono de você. — Esbravejou enquanto pegava mais um punhado de balas de goma. 

— Tenta a sorte. Quer voltar para a cadeia? — Questionei o vendo devorar as balas. 

— Sai dessa! Se continuar assim, não vou me casar com você! 

— Nossa... Como estou triste! Oh, Kami, quem casará comigo agora? — Revirei os olhos pegando mais documentos para assinar. 

— Sua vida será deprimente quando perceber que não estará olhando pra minha cara linda todos os dias. — Suspirou. — Mina... As balas acabaram. Precisa parar de comer muito assim. Pode acabar tendo diabetes. 

     O encaro com os olhos semicerrados. 

— Não sei o porquê de ainda te chamar para vir aqui. — Reclamo.

     Escuto batidas leves na porta. 

— Pode entrar. — Ken responde antes de eu ter qualquer ação. 

— Kenny, seu imbecil. Isso falta de respeito, sabia? — Adolff entra. — Não vou permitir você vir aqui se continuar desse jeito. Nem parece que tem dezesseis anos!

— Você não é meu pai. — Cruzou os braços. 

— Graças a Kami que não sou. Mas você está sob minha responsabilidade e deve me respeitar até completar maioridade. — Reclamou, o mais novo apenas deu de ombros. — Ah, seu...

— É só uma fase, Duff. Daqui a pouco passa. — Tento amenizar a situação.

— Não tem essa não. Ele precisa ter mais noção do que faz. — Suspira. 

— Você também era assim na sua época. — Me encarou com os olhos semicerrados. — Enfim, como foi com o Armin?

— Uma chatice. O cara é um pé no saco. — Revirou os olhos. Dei uma risada fraca.

ReformadaOnde histórias criam vida. Descubra agora