Time-Lapse

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— Nee-san, essa espinha na sua testa tem um formato estranho. — Inari diz encarando o selo.

— É um selo, imbecil. — Respondo empurrando ele para longe, já que estava muito perto. 

— E pra que serve isso? Deixa você sem espinhas? É tipo um creme mágico que deixa sua pele lisinha? — Questionou curioso. 

     Estávamos esperando Tsunami terminar o almoço sentados na mesa da cozinha. 

— É um Kinjutsu que aumenta a força física, velocidade... Essas coisas. — Expliquei preguiçosamente. — Ah, também é um Ninjutsu Medicinal. 

— Que legal! — Seus olhos brilharam. — Posso ter também? 

— Você é surdo? Eu disse que é um Kinjutsu, ou seja, um jutsu proibido. Para despertá-lo precisa estar no auge do controle de chakra. Se eu quisesse te ensinar sobre, seu treinamento ficaria muito mais intenso. — Bocejei. 

     Eu havia acabado de acordar. Sim, dormi até às onze da manhã. Mas a culpa não é minha, eu realmente estava muito cansada e precisava descansar. 

— Me ensina! — Diz animado. 

— Hm, não tô muito a fim não... — Dei de ombros. 

— O que custa!? Por favor, Nee-san! — Implorou com as mãos entrelaçadas.

— Não, Inari. Já estou te ensinando muita coisa, não acha? — Esfreguei meus olhos. 

— Por favorzinho! — Fez cara de cachorro abandonado. 

— Me erra, moleque. 

— POR FAVOR! — Falou manhoso. 

     Por que crianças têm que serem tão insistentes? 

— Nee-san, nunca te pedi nada! — Começou a chorar forçadamente.

— Que mentira. O que tu mais faz é me pedir as coisas. — Acusei. 

— Inari, deixe-a em paz. Se ela não quer, não pode forçar. — Tsunami diz cortando uma cenoura. Agradeço mentalmente. 

— Mas, Mama! Se eu tiver esse Bakugou... Byakuran.. Backyardigans... — Tentava se lembrar o nome correto. — Sei lá! Se eu tivesse essa espinha aí, poderia ser um grande ninja! Eu serei super descolado e maneiro! Tipo a Nee-san!

— Você nem sabe direito o conceito do jutsu... Te orienta. — Dei um tapa na sua cabeça. 

— Para com isso! Só não acho justo você saber e eu não! Aposto que se fosse a Emi te pedindo, ia aceitar fácil. — Cruzou os braços emburrado. 

— O quê!? Você pegou birra com ela mesmo, hein. — Negativei com a cabeça em decepção. 

     Inari puxa a cadeira no meu lado e sussurra no meu ouvido:

Se você me ensinar, eu posso te dar doces da Mama... Sem ela saber. 

— Achei um bom negócio. Vamos começar hoje mesmo! — Disse animada. 

— Hm? O que Inari fez para te convencer? — Tsunami perguntou confusa. 

— Digamos que ele me conhece muito bem... — Dei de ombros.

     Essa criança sabe bem como manipular alguém. Conhece minha fraqueza e se aproveitou disso, um gênio. 

     "Sua fraqueza é um simples doce?".

     "Não são qualquer doces! São os doces da Tsunami!".

— ISSO AÍ! — Inari grita animado. 

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