🌟Lucas🌟
Uma semana depois
Nesse momento estamos no carro do meu pai a caminho de um restaurante, em que vamos nos encontrar com o Carlos. Meu pai deu a ideia de irmos todos juntos, então ele passou para nos pegar e seguimos em direção ao restaurante de um dos amigos do meu pai, que disponibilizou uma mesa mais reservada.
Lucas: ele mandou alguma coisa? — pergunto e meu pai para o carro no estacionamento do restaurante.
Robert: se você não se sentir confortável em falar com ele e quiser ir embora é só fazer, você não precisar encontrar ele depois dele ter abandonada você e sua mãe quando você nem era nascida.
Rebecca: eu sei tio, e tá tudo bem, de verdade. Eu realmente quero saber qual vai ser a desculpa dele, porque claramente vai ter uma — fala e saímos do carro e eu pouso minha mão na sua cintura — ele disse que já está aqui perto.
Na entrada do restaurante meu pai fala nome dele, e somos levados para a nossa mesa. Ficamos conversando e uns 10 minutos depois chega o garçom acompanhado de um homem e uma criança.
Carlos: boa tarde — diz e coloca a criança sentada na cadeira disponível e se senta ao lado dela. Reconheço ele de uma palestra que teve na escola.
Robert: seu filho? — meu pai faz a pergunta que todos gostariam de saber e eu seguro a mão da Rebecca por baixo da mesa.
Carlos: esse é o Michael, meu filho — fala e o menino abre um sorriso para nós.
Michael: meu pai disse que vocês são amigos dele, mas vocês dois — aponta para mim e a Rebecca — são novos de mais para serem amigos dele.
Rebecca: você tem quantos anos, pequeno? — pergunta parecendo mais interessada na criança do que no homem do qual viemos nos encontrar.
Michael: eu tenho 8 anos — fala e ela assente.
Robert: filho fica fazendo companhia para a Becca — fala e levanta se virando para a criança — o que acha de irmos à parte de crianças garotão?
Michael: eu posso papai?
Carlos: pode sim, filho, vai lá — fala e o garoto levanta saindo junto com o meu pai.
Lucas: posso pedir por todos? — pergunto, pois, eu estava com fome, e conforme o clima que se instalava na mesa a última coisa que faríamos era pedir comida.
Rebecca: por favor — fala e por eu conhecer o restaurante, chamo o garçom e faço o pedido para todos — e então? — faz a pergunta direcionada ao Carlos.
Carlos: primeiramente eu gostaria de pedir desculpas por só ter aparecido agora, mas a minha mulher me convenceu a procurar-te e falar contigo.
Rebecca: 18 anos depois? Era melhor não ter me procurado.
Carlos: eu sei, mas depois que o Michael nasceu eu fiquei com um peso na consciência e durante todos esses anos eu fiquei procurando uma forma de entrar em contato — fala e agradece quando o garçom deixa os pratos na mesa — e eu sei que não estou no meu direito de pedir nada, mas eu queria ficar por perto e participar da sua vida — fala e eu sinto ela dar uma tremida e entrelaço mais os nossos dedos.
Rebecca: você não pode simplesmente largar a minha mãe quando ela mais precisou do seu apoio e aparecer depois de 18 anos querendo fazer parte da minha vida. Realmente aprecio seu esforço de vir até aqui tentar isso, mas eu não quero você fazendo parte da minha vida. Não agora que tudo está indo bem e finalmente eu estou conseguindo trilhar o meu caminho. Eu peço para que o único contato que tenhamos seja em relação ao meu irmão, mesmo ele tendo você como pai, eu sou irmã dele, e da vida dele eu quero fazer parte, então se não for pedir muito passa meu número para a sua mulher e pede para ela entrar em contato comigo, ela parece ser uma boa pessoa. Quanto ao Michael espero que ele saiba que sou irmã dele — fala e olha para ele esperando uma resposta.
Carlos: ele sabe que tem uma irmã, só não disse ser você — fala e a Rebecca se levanta deixando o dinheiro na mesa.
Rebecca: ótimo, vamos lá nele, quero que ele me conheça como irmã e ele decidir se posso fazer parte da vida dele ou não.
Deixamos a mesa e eu passo meu braço ao redor dela, deixando um beijo na testa dela.
Lucas: você é brilhante — falo e ela me abraça de lado e seguimos em direção à parte das crianças.
Carlos: filhão chega aqui — fala quando paramos na porta que dava entrada aos brinquedos — lembra que o pai disse que você tinha uma irmã?
Michael: lembro, ela está aqui? — pergunta parecendo feliz.
Carlos: ela é a sua irmã filho — fala e aponta para a Rebecca que agacha ficando na altura do pequeno.
Michael: você é mesmo a minha irmã? — pergunta parando na frente dela.
Rebecca: se você deixar, eu posso ser.
Michael: é claro que você pode ser, eu sempre quis ter uma irmã.
Rebecca: fico muito feliz então de poder ficar por perto — fala e puxa ele para um abraço — quando você chegar em casa pede sua mamãe para me mandar uma mensagem, quero falar com ela um assunto importante.
Michael: não pode ser com o papai? — pergunta virando para o pai.
Carlos: ela quer falar com sua mãe filho.
Michael: tudo bem então, eu não vou esquecer de avisar a mamãe.
Rebecca: ótimo pequeno — fala e deixa um beijo na bochecha dele e ele faz a mesma coisa com ela, antes de ela levantar — nosso assunto foi encerrado, não esquece de pedir para a sua esposa me mandar uma mensagem, qualquer assunto que eu tiver que resolver será com ela, e a respeito do Michael.
Após encerrado por completo o assunto, seguimos em direção ao carro e meu pai ordena que passaremos o restante do dia com ele e com a Fernanda. Quando chegamos, encontramos ela e a Núbia na parte de trás da casa brincando e quando ela nos ver chegando, vem correndo na nossa direção.
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Minha Vida É Uma Confusão
Teen FictionPlágio é crime! Você tem capacidade e criatividade para escrever uma história