Minha Vida É Uma Confusão

Capítulo 77

🌟Rebecca🌟

Como o Lucas disse querer me levar em um lugar, ele me acordou às 9:00 e mandou eu colocar um biquíni e que se eu precisasse dele, ele estaria na cozinha preparando umas coisas para levarmos. Antes de ir tomar banho, passo no meu quarto e pego um biquíni verde água, que eu tinha ganho de uma das meninas, pego uma camisa do Lucas que estava no meu armário, e pego também um short jeans. Sigo em direção ao banheiro e tomo um banho, não molhando o meu cabelo. Quando eu visto o biquíni vejo que preciso de ajuda para amarrar a parte de trás dele.

Rebecca: amor amarra aqui para mim — falo chegando do lado dele e viro de costas para ele.

Lucas: acho incrível o jeito que você fica gostosa usando qualquer roupa — fala e quando termina de amarrar me vira para ele e me dá um selinho.

Rebecca: eu sei que sou gostosa — falo e visto a camisa dele que eu estava segurando — ta fazendo o que aí? 

Lucas: fiz sanduíche de frango e comprei um bolo na padaria para levar — fala apontando as coisas na bancada — peguei uns biscoitos, os refrigerante e uma garrafa de água.

Rebecca: tá prendado você hein — falo e começo a guardar na mochila que estava em cima da bancada perto das coisas.

Lucas: o pai é brabo né — fala e apaga a luz da cozinha vindo para a sala — vou ali no Marcelo pegar a chave do carro que o Samir deixou com ele — veste a camisa e se vira para mim — eu ia pegar protetor no seu quarto, porém eu não sei o que era matade das coisas na bancada do seu quarto, então pega lá. E se quiser pode me esperar lá embaixo já.

Rebecca: vou te esperar lá embaixo para adiantar — falo e ele concorda saindo de casa.

Levanto da bancada e coloco a mochila nas minhas costas, subo as escadas correndo e entro no meu quarto pegando o protetor para corpo e um para rosto, pego meu boné e um óculos de sol que estava na penteadeira. Desço desligando todas as luzes e saio de casa trancando a porta, desço de escadas mesmo, pois o Lucas já havia me mandado uma mensagem avisando estar lá na porta.

Rebecca: para aonde vamos? — pergunto entrando dentro do carro.

Lucas: é um lugar que eu conheci quando queria ficar sozinho, por mais que normalmente tenha bastante gente por lá, conheço uma parte mais deserta.

Rebecca: é um lago, rio, cachoeira? Me fala alguma coisa — pergunto colocando o cinto e ligo a rádio deixando em um volume baixo.

Lucas: quando a gente chegar lá você vai ver com seus próprios olhos - fala e pega minha mão entrelaçando nossos dedos - seu pai já mandou alguma mensagem?

Rebecca: eu nem lembrava mais dele, quase não tenho aberto o whatsapp — falo e pego meu celular vendo mensagem de um número desconhecido — aparentemente ele mandou sim — falo e abro a conversa.

*MENSAGEM ON*

Número desconhecido: Oi aqui é o Carlos Montenegro, ou seu pai. Eleonora me passou seu número com a sua permissão. Queria saber se a gente pode marcar um dia para se encontrar e conversar.

*MENSAGEM OFF*

Rebecca: ele quer saber se pode marcar um dia para nos encontrarmos para conversar - falo desligando a tela do celular.

Lucas: quando você marcar não esquece de me falar e falar com o meu pai, estaremos com você lá.

Rebecca: eu sei que sim - falo e beijo a mão dele.

Ficamos conversando pelos próximos 40 minutos e finalmente chegamos ao que eu acho ser o nosso destino.

Lucas: pega meu óculos no porta-luvas para mim — pede quando desliga o carro e pega a mochila.

Saímos do carro e eu vou para o lado dele pegando na sua mão e ele nos guia.

Rebecca: aqui é lindo - falo quando paramos de andar e chegamos a uma parte pouco isolada do restante do lugar.

Lucas: conheci esse lugar quando aquilo tudo aconteceu e nos distanciamos — fala e pega um pano na mochila estendendo ela no chão, e nos sentamos logo em seguida.

Rebecca: uma pena você ter encontrado esse lugar tão lindo em uma época tão ruim.

Lucas: ossos do ofício — fala e tira as coisas de dentro da mochila e vira com o protetor na mão — faz favor de passar em mim aí.

Pego da mão dele e passo no rosto dele e começo a passar nas costas dele. Ele faz o mesmo comigo depois que tiro a minha/dele camisa.

Lucas: você basicamente roubou todas as minhas camisas né — fala e pega uma caixinha de som da mochila e conecta ela no celular me entregando ele em seguida para escolher a música.

Rebecca: suas camisas são mais confortáveis para dormir — falo como se fosse óbvio e coloco em umas das playlists que nossos amigos criaram.

Lucas: vai querer bolo? — pergunta cortando um pedaço e eu aceno com a cabeça e abro duas garrafinhas de refri.

Ficamos durante um tempo curtindo a presença um do outro e decidimos entrar no lago que se encontrava na nossa frente. Como eu fiquei enrolando para entrar na água o Lucas voltou e me pegou, me colocando no ombro dele e me jogando na água quando a água ficou na altura da cintura dele.

Rebecca: eu juro que vou te matar — falo quando retorno a superfície.

Lucas: tu não troca com o pai não filhona, tenta vir - fala e começamos uma guerrinha de água e ele me prende ficando atrás de mim.

Rebecca: Lucas?! — chamo ele apavorada, me virando para me segurar em seus braços — eu tinha minhas dúvidas que essa sua ideia de mergulhar no lago não seria uma boa escolha.

Lucas: o que foi? — ele me pergunta passando a mão pelos meus fios de cabelo molhados no meu rosto.

Rebecca: alguma coisa roçou na minha bunda e eu espero, no fundo do meu coração que aqui não tenha nenhum tipo de piranha ou jacaré — falo e ele começa a rir, ficando levemente corado — é sério seu idiota — lhe dou um tapa em seu peitoral.

Lucas: não é isso princesa — ele olha ao redor, talvez por estar envergonhado de alguma coisa, vendo se tinha alguém próximo de onde estávamos e se aproxima do meu ouvido — acho que foi outra coisa que roçou em você sem querer.

Antes que eu pudesse perguntar-lhe ao que ele estava se referindo Lucas me faz entrelaçar minhas pernas em sua cintura, sentindo o volume de seu amigo em sua bermuda fina.

Rebecca: é sério isso? — reviro os olhos rindo de sua situação.

Lucas: eu não tenho culpa disso aqui está assim não ta?! Não é como se eu pudesse controlar ele — fala emburrado escondendo seu rosto no meu pescoço — ainda mais com você vestida nesse biquíni não colabora em nada.