Capítulo 53

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Olá o capítulo está bem grandinho. Espero que gostem, ah e com o final gostaria de saber. Entre o dilema de Inês e Victoriano, quem tem a razão? Mas não tem só isso, ando preparando o terreno para as verdades aparecerem, porém como escrevo muito e ainda não tenho tempo para fazer mais frequentemente, não posso dizer quantos capítulos faltam para tudo vir á tona.

Pela manhã, Inês acordava. Acordava sentindo o cheiro de loção pós-barba, também sentia o cheiro de hálito fresco próximo ao rosto. Com isso, ela abriu os olhos e se deparou com Victoriano.

Ele sorriu para ela quando notou que ela acordou. Depois, ele desvendou um lado do ombro dela, descendo a fina alça da camisola delicada e de tons claro que ela usava. Assim então depois de depositar um leve beijo em um seio dela, ele disse.

-Victoriano: Não queria ir viajar essa manhã ainda como estamos e como ficamos ontem depois de nossa conversa, morenita.

Inês piscou apenas ouvindo ele e conciliando tudo que acontecia após acordar e até sentir que poderia raciocinar diante da conversa que tinham. E como ela apenas levou uma mão em um lado de seus cabelos arrumando-os, Victoriano voltou a falar enquanto revelava algo em uma de suas mãos.

- Victoriano: Olha o que eu arrumei para fazermos amor, hum. Podemos optar por esse método por enquanto.

Quando Inês viu um plástico azul pequeno na mão de Victoriano, sentiu que todo seu sangue voltava a circular imediatamente em seu cérebro. Não lhe trazendo apenas coerência, mas também raiva, quando notou que o que ele tinha na mão, era um preservativo.

Ela então sentou rápido no mesmo momento que com uma mão o afastava, dizendo.

-Inês: Eu não vou usar isso Victoriano e você não vai decidir isso por mim!

Victoriano sentou. Ele vestia um roupão de banho macio e preto, deixou o que trazia na mão em cima do colchão, e repetiu sério.

- Victoriano: Eu não quero mais filhos, já disse.

Ele respirou fundo depois de falar. Tinha conseguido aquele preservativo naquela manhã, de uma forma discreta e rápida. Ter muitos homens abaixo de seu comando por trabalharem em suas terras, lhe dava certo tipo de intimidade e regalias, e aquilo era uma delas. Que estando em um casamento de mais de 20 anos nunca teve que recorrer àquele método de proteção. Até então aquele momento.

Inês ergueu a cabeça quando o ouvi, saltou da cama em seguida e ao lado dela, ela disse, elevando mais seu tom de voz.

-Inês: Eu já entendi isso! Já entendi que não terei voz, que não terei escolha, que não irá me ouvir nem conversar para que cheguemos a um acordo Victoriano! Eu disse que estava indecisa, e ainda estou, mas o que faz está sendo um absurdo. Não está me dando uma escolha e eu a tenho!

Victoriano ficou de corpo todo rígido, se levantou rápido, a encarou e a respondeu duro.

- Victoriano: Eu não vou te dar essa escolha! Não vou dar a escolha para que se encontre na mesma situação que esteve quando ficou grávida de Constância e descobriu que ela era menina, Inês! Não vou!

Inês se afastou levando as mãos nos cabelos, quando parou e baixou as mãos e em seguida torceu os lábios em fúria, ela o respondeu.

-Inês: Não pensa, não pensa que eu também posso estar desejando apenas em voltar a ser mãe sem fazer escolhas sobre o sexo de nosso filho, Victoriano? Não pensa que se recebo a oportunidade de ser mãe de mais uma menina, eu poderia consertar meu erro? Eu iria amá-la desde o primeiro momento e amamenta-la com afeto, por não desejar errar mais?

Ela piscou mais de uma vez depois de falar, fez isso quando sentiu lágrimas lhe vindo aos olhos e respirou fundo em seguida. Victoriano fez o mesmo. Respirou fundo depois de ouvi-la, mas nada lhe fazendo voltar atrás e apenas visando outra opção para o dilema dela, ele disse.

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