Capítulo 45

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Olá lindas. Gostei tanto de escrever esse capítulo que espero que gostem!! Bjs

Inês sentia seu coração saltar quase que saindo pela boca, enquanto já mirava Victoriano diante dela. Ele todo grande parou há pouco passos dela olhando atento o chão com a bagunça dela. Ela bebia, e como sempre que a via fazendo aquilo, não se agradava, ainda que soubesse que não podia mandá-la não fazer o que fazia.

Assim, ele subiu os olhos e a mirou no rosto. Inês estava tão bela que ele desejou ele também deixar de estar no jantar para estar a sós com ela. Só eles ali no quarto e na cama deles. Mas suspirou espantando seus pensamentos, já que subiu até o quarto assim que chegou já sabendo que ela não desceria ao jantar e a via bebendo. Não era então momento de distrações. Que então assim, ele tratou de passar a mão na cabeça e disse.

-Victoriano: Acabei de chegar e já sei por Adelaide que não irá estar presente no jantar. Aconteceu alguma coisa, Morenita?

Inês suspirou, se moveu indo mais próxima a penteadeira, escondendo sua mão com a infeliz aliança dada por Loreto por trás das costas e disse.

-Inês: Não. Não aconteceu nada.

Ela buscou sentar na cadeira de frente da penteadeira. Pensava que se talvez não desse atenção a Victoriano, ele logo a deixaria e ela teria tempo de se livrar do anel que tinha no dedo.

Assim, ela ouviu um respirar pesado de Victoriano que a mirou pelo espelho fazendo assim os dois se olharem, até que ele disse.

-Victoriano: Não sei se confio no que diz, Inês. Parece nervosa.

Ele caminhou até próximo dela e Inês sentiu de novo seu coração vindo na garganta. Ele então se abaixou ao lado dela, pegando a taça do chão que se quebrou apenas em um lado, e então quando ele subiu novamente o corpo, disse.

-Victoriano: Vou tomar um banho. Mas depois vamos conversar, hum. Sabe que não precisa esconder nada de mim querida, que se está acontecendo alguma coisa é só me dizer, hum.

Inês suspirou de repente dando lugar ao seu nervosismo, a frustração daquela super proteção vinda de Victoriano . Como sempre ele a vendo como um cristal como que se a decisão dela de querer estar sozinha, fosse uma necessidade de extrema preocupação e não apenas porquê ela queria apenas apreciar sua própria companhia como antes fazia. Que então assim, ela disse.

-Inês: Já disse que não aconteceu nada, Victoriano. Só queria estar sozinha comigo mesma e uma boa taça de vinho.

Ela olhou a taça quebrada na mão dele e ele, suspirou com pesar tentando segurar seu descontentamento sobre vê-la beber.

Que então ele a respondeu.

-Victoriano: Está bem morenita, não vou mais insistir para que isso não vire uma discussão, ainda que sabe que beber não é o recomendado a você.

Inês então riu de lado mirando o espelho, e o respondeu.

-Inês: Não haverá discussão alguma se não insistir procurar um problema onde não há Victoriano e agir como se eu fosse uma de nossas filhas, com o que acaba de dizer. Sei muito bem o que posso fazer ou não.

Victoriano ficou calado apenas por segundo quando a ouviu, analisando a atitude dela. A vendo falar daquela forma só podia pensar que ela poderia estar demonstrando também seu descontentamento, mas em relação a visita sem data de ida de Bernarda. Até que ele respirou fundo, vendo Inês mexer nos cabelos, soltando eles e amarrando de novo e resolveu apenas dizer.

-Victoriano: Certo. Vejo que não quer conversa. Vou jogar isso.

Inês ficou quieta apenas observando ele ir até o banheiro com a taça na mão e ela então olhou a garrafa do vinho e levou ela até sua boca. Poderia se embriagar, pensando que tinha respondido mal seu amor e ainda usando uma aliança no dedo que não era a dele. Poderia se embriagar também, pelo fato que teria uma visita que não gostaria, e também poderia fazer subir mais o teor de álcool em seu sangue, por Constância dizer que ela tinha faltado com o acordo delas. Tudo a levava para aquele leve e rápido escape.

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