Capítulo 54

576 64 40
                                    

Olá meninas, aqui estou regressando com as atualizações. Feliz Natal e boas festas!!

Victoriano fez sinal rapidamente para o doutor, um por favor foi sussurrado para que ele pudesse ter tempo de atender aquela ligação, e meio segundo depois ele estava falando com Inês.

-Victoriano: Morenita. Estava tão preocupado.

Do outro lado da linha, ainda envolta de cobertas e na cama, Inês suspirou. O sol caia e o dia já acabava, e ela esteve em uma luta interna ao se ver na indecisão se o ligaria. Estava ainda sentida e com raiva da discussão que haviam tido, mas também já estava com saudade. Estava com saudade de Victoriano em menos de 24 horas que não o tinha ali e ainda sabendo que teria mais horas e dias sem sua presença. Uma semana ele havia dito que ficaria longe. 

E ela então se rendeu a força maior que tinha dentro dela: O amor que sentia por ele.

Assim então ela disse.

-Inês: Uma parte minha não queria ainda falar contigo Victoriano, mas outra bem maior me fez te ligar. Já estou com saudade ainda que provavelmente se tivesse aqui, estaríamos brigando mais uma vez.

Victoriano suspirou. Passou a mão em seus cabelos já grisalhos e disse.

-Victoriano: Eu não queria ter viajado na situação que estávamos, morenita. Não suporto quando estamos brigando e agradeço por ter retornado minhas tantas ligações. Como já disse, eu estava preocupado. Sei que passou o dia todo no quarto.

Agora quem suspirou foi Inês. Ela tirou de cima dela as cobertas que a cobria, e se levantou enquanto falava.

-Inês: Sei que têm razões para temer que eu engravide, Victoriano.

Victoriano suspirou e agora fechou os olhos, sendo consciente de onde estava e sem ela saber. E então ele disse baixo.

-Victoriano: Sei que sabe. Não precisamos de outro bebê morenita.

Inês caminhava até a varanda do quarto. Ela vestia um robe preto no quarto, e o vento que levou vindo da brisa do pôr do sol, abriu um lado revelando uma lingerie da mesma cor. Ela não se importou, apenas levou uma mão na grade da varanda e olhou além: O horizonte.

Victoriano estranhou o silêncio dela e disse.

-Victoriano: Ainda está aí, Inês?

Inês assentiu como que se ele tivesse vendo ela. E apenas disse.

-Inês: Tente voltar antes dos dias que disse que voltaria. Essa noite será horrível sem você ao meu lado, Victoriano. Boa noite.

Ela não deixou que ele respondesse, apenas desligou a ligação. Victoriano olhou a tela do celular. A falta de resposta dela pelo que ele antes dissera, para ele, só significava que para Inês ter mais um filho ainda seguia sendo uma opção. E ele olhou ao redor todo o quarto do hospital. Não conseguiria ficar em paz se voltasse para cama dela temendo engravidá-la e as consequências dessa gravidez tudo tão incerto. Inês era incerta. Era instável.

A porta do quarto voltou a se abrir. Agora era uma enfermeira que entrava. Ele então deixou o celular de lado. A mirou e disse, certo de sua decisão.

-Victoriano: Avise o médico que já estou pronto.

Inês na fazenda, saiu da varanda. Abaixo dela, entre o jardim, Zacarias a olhava. Ele ficou ali entre a moita hipnotizado pela patroa que tinha e também confuso. Sabia que o patrão havia buscado preservativos entre eles. E para quê? Estaria ele a traindo? E ainda fora viajar, sabendo ele por fofocas entre os peões como ele, que Victoriano já não fazia viagens e nem longas como aquela prometia. Tudo estava estranho mais ainda ele sendo capaz de deixar uma mulher como sua patroa havia se tornado, sozinha.

Amor Sem Medidas Onde histórias criam vida. Descubra agora