Capítulo 18

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No dia seguinte.


Sem ter podido dormir, por ter perdido aquele dia a batalha de levar Inês pra casa. Muito cedo ao lado de um advogado, decidido mais ainda tirar Inês da clínica que estava depois de perceber que o médico dela estava apaixonado por ela. Victoriano entrava naquela clínica psiquiátrica que tinha sido o lar de Inês todo aquele tempo.


E ele não sabia o que faria depois de ter Inês de volta e nem como faria para que ela se recuperasse totalmente. Mas de uma coisa que ele sabia, era que nunca mais seria capaz de coloca-la em uma clínica como aquela outra vez.


E assim . De frente para o médico, Santiago Cardin, de lábios torcido e corpo rígido. Depois de assinar os documentos da liberação de Inês da clínica, junto com um termo que ela não podia assinar naquele momento apenas ele como marido, sendo então responsável dela naquele estado, Victoriano disse, em um tom de ameaça contra aquele médico que teve a audácia de olhar sua mulher com outros olhos que não foram como de um profissional.


- Victoriano: É bom que não tenha tocado nela. Porque pode ter certeza, que se fez vou saber e vou acabar com seu nome e esse lugar!

Santiago suspirou pesadamente. Nunca seria capaz de fazer nada contra Inês. Não era um monstro como Victoriano o estava colocando, ao insinuar que ele poderia ter feito mal a Inês daquela forma que muito bem ele entendeu. E assim, ele disse se defendendo e apostando que aquela não era a última vez que se veriam.


- Santiago: Eu não sou um monstro que é capaz disso que insinua, Victoriano Santos! E te espero, espero seu regresso. Porque como pensa curá-la não vai resolver. Vai precisar de minha ajuda senão minha, mas de outro profissional . Porque Inês, vai precisar de ajuda!


Victoriano bufou. Nunca mais confiaria sua Inês nas mãos daquele doutor. Ainda que tivesse medo de vê-lo novamente afirmar com aquelas palavras que ela necessitaria ajuda de profissionais como ele. E assim, todo orgulhoso e enciumado ele o respondeu.



- Victoriano : Nem morto permitirei que volte ser o médico dela! Nem morto!


E Victoriano deu meia volta e saiu com seu advogado, enquanto Santiago ficou com o advogado representante da clínica na sala dele.  E ele então levou a mão na mesa e baixou a cabeça.


Nunca tinha reagido daquele modo com outra paciente. E ele pensou que mesmo que não tivesse tido a coragem de assumir a Victoriano, que ele tinha razão, tinha se apaixonado por Inês. Ela com sua beleza, doçura e aquela fragilidade, que instigava nele cuidados, o tinha conquistado e não como médico, mas como homem. E agora ele só torcia para que Victoriano tivesse feito o certo em tirá-la da clínica apenas pelo o bem dela, e não o dele por saber que sua decisão foi tola e digna de arrependimentos.



E as 10 manhã, Victoriano ajudava Inês descer do carro que estavam, depois de chegarem na fazenda. Ela descia da porta dos passageiros atrás. E calada, Inês olhava tudo ao seu redor e Victoriano passou a mão na cintura dela e disse baixo.


- Victoriano: Bem - vinda de volta, meu amor.


Ele beijou o rosto dela e depois olhou para o motorista, que trabalhava pra ele como capataz e que tinha dirigido o carro, dando sinal que ele já podia guarda-lo.


E Inês ainda todo tempo calada, deitou a cabeça no ombro de Victoriano e entraram.


E na sala estavam, Bernarda que não acreditava que Victoriano estava fazendo aquilo e Adelaide. A mulher de coração bom, sorriu, mas Bernarda de coração mal abominou aquele momento.  E Victoriano estava ciente que a viúva de seu falecido pai, não estava de acordo do que ele tinha feito .


E então ele disse, desejando ficar só com ela.


- Victoriano: Adelaide, pode levar, Inês para nosso quarto e ficar com ela, até que eu suba?


- Adelaide : Sim senhor, Santos .


Adelaide pegou no braço de Inês, mas ela olhou para os olhos de Victoriano, demonstrando que não queria ir a lugar algum sem ele. Mas ele beijando uma mão dela para tranquiliza-la, ele disse.


- Victoriano: Eu já subo logo atrás, hum . Vai com Adelaide, meu amor.


Inês então foi e quando devagar subiram até o quarto. Bernarda disse brava.


- Bernarda: É uma loucura o que está fazendo, Victoriano! Como pensa que vai administrar os negócios da fazenda, a nossa empresa, cuidar da menina e agora dela? Inês não pode ficar aqui!

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