Capítulo 75

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Olá, lindas! Foi difícil conseguir postar esse capítulo, não tive tempo, quando tive, não tive vontade de fazê-lo ou sentei para escrever e não saiu nada, também perdi o capítulo que eu já tinha iniciado, o que me desanimou começar do zero outro. Enfim, minha era fanfiqueira tá respirando por aparelhos, entretanto mês que vem terei férias, o mês então será decisivo sobre seguir por aqui ou encerrar o ciclo, qualquer coisa avisarei vocês. Assim me desculpem pela demora!




Santiago ficou sozinho quando Carlos Manuel deixou a sala dele. Pensava no jovem enquanto caminhava até sua mesa. Tudo que tinha ouvido e falado ao jovem tinha sido uma análise vinda de um profissional, quanto ao do homem, pensava se tudo aquilo não pudesse ser real. Se Inês por fim tivesse seu filho perdido vivendo tão perto dela outra vez. Seria possível tal coisa?

Ele alisou o queixo e parou de pé na mesma posição que antes Carlos Manuel esteve. Ficou olhando o jardim de sua clínica, de braços cruzados até que pensou que sofria de uma miragem. Mas não, o que via permanecia real e desviava de caminhos enquanto cumprimentava pessoas. Inês chegava ali, de bolsa na mão, cabelos soltos, vestindo preto e sapatos na mesma cor. Santiago então se apressou deixando sua sala para ir de encontro com ela.

Inês parou diante da recepção da clínica. Suspirou sabendo que aquele lugar lhe trazia lembranças, e também um pouco de conforto. Conforto sim, por anos havia sido paciente de um mesmo médico que confiou seu bem-estar a ele, seus segredos e tantas coisas. Mas não estava ali por ele nem muito menos para uma consulta.

Se adiantou então em perguntar pela pessoa que procurava. Mas então quem menos ela queria ver, apareceu ao lado dela.

- Santiago: Bom dia, Inês. Procura alguém?

Atento aos gestos dela enquanto se aproximava, Santiago disse. Inês o olhou e torceu os lábios. Não queria armar uma cena ali, mas também não queria aproximação com seu antigo médico, e não por proibição de Victoriano e sim por sua traição quebrando o respeito que deveria existir entre eles de médico e paciente. Por isso respirou fundo, se contendo quando segurou com força a alça de sua bolsa enquanto sua mão formigava em ataque ao rosto dele.

-Inês: Sim, procuro e avisei da última vez que estive aqui, que voltaria se fosse preciso apenas por um motivo... ou melhor alguém.

Ela cruzou os braços, olhou ao redor de coração acelerado. Tinha uma conversa pendente com Carlos Manuel e agora ela se fazia ainda mais urgente depois da revelação de Victoriano.

Sabendo de quem se tratava, Santiago olhou a recepcionista, e despachando ela com um gesto de mão para que atendesse outra pessoa, respondeu Inês.

-Santiago: Procura por Carlos Manuel. Mas, receio que suas buscas por ele em minha clínica, acabará logo Inês. Tive uma conversa com ele e...

Inês adiantou já angustiada pela fala do médico, e interrompeu dizendo.

-Inês: O que está querendo dizer Santiago?

Santiago estendeu um braço adiante, como se abrisse caminho e disse.

-Santiago: O assunto é longo e delicado, se quiser saber devemos ir ao meu consultório. Você vem?

Inês parou. Ergueu a cabeça desconfiada, quando pensou em uma ideia melhor.

-Inês: Prefiro que caminhemos no jardim. Ele é grande suficiente para que possamos falar. Sinto também que me falta ar sem ao menos saber o que se trata.

Santiago respirou fundo mais uma vez constatando que perdeu a confiança de Inês. Ainda assim, foi capaz de dizer enquanto concordava com a opção que ela dava.

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