Capítulo 67

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Olá, eu acreditava que eu já não podia mais fazer muita coisa com minha escrita, mas com o capítulo anterior ficou mais que claro que posso ainda mexer com a estrutura de quem está me lendo. Eu fico muito feliz com isso, de verdade, não é qualquer pessoa que ao escrever consegue passar o que deseja.Agora vou me empenhar para encerrar os dias ruins por aqui, pois entendo vocês também! Se cuidem e boa semana!









Inês ofegou. Victoriano a olhava de braços agora cruzados frente ao peito. Respirava tão aceleradamente quanto ela. O silêncio que estavam, se fez apenas alguns segundos, quando Inês voltou a si ao pensar no que era mais importante para ela aquele momento e que não tinha mais em mãos.

Victoriano ainda parado onde estava, visualizou com mais atenção o que sua mulher trazia posto ao corpo. Uma camisa. Uma camisa que não era feminina e tampouco dele. Quando se moveu para confrontá-la mais perto, ela fez o mesmo, mas pronta para sair daquele lugar. Foi quando sentiu uma das mãos de Victoriano sobre seu braço esquerdo.

-Victoriano: Que blusa é essa que está vestindo, Inês?

Ele berrou alto sem larga-la. Seu olhar trocava entre a camisa de azul-claro e o rosto dela. Inês torceu os lábios de lado. Levava os cabelos revoltos, rosto vermelho e olhos chorosos. Seu corpo também doía pelo confronto com Bernarda, mas sentia que ainda tinha energia para lutar pelo que queria. E tinha certeza que faria aquilo sozinha.

Assim então ela berrou de volta.

-Inês: Me solte Victoriano! Já chega! Chega de me tocar! Chega de me pegar como se eu fosse sua propriedade!

Ela puxou o braço com força. Victoriano cego com o que pensava a trouxe para perto, agora segurando por seus dois braços. A pegou firme, e lhe mirando os olhos voltou a gritar.

-Victoriano: Me responda Inês! Essa blusa é de Loreto? Dormiu com ele? Me traiu com ele?

Fora de si Victoriano levou ar ao o peito depois de gritar. Houve um silêncio ensurdecedor entre os dois. O coração de Victoriano batia como um louco. Sentia sua pele formigando e um medo da resposta o matando lentamente.

Inês por sua vez abriu a boca, fechou depois virando o rosto de lado, depois puxou seu corpo. Victoriano deixou ela ir ainda impactado com que passava em sua mente. Depois viu Inês virando o rosto novamente para ele. Ela tinha os olhos de um verde intenso. Não chorava, mas estava vermelha e havia cerrado os dentes, e então sua próxima ação veio de surpresa. Ela havia golpeado Victoriano no rosto.

Victoriano a olhou horrorizado. E então enquanto ele levava a mão onde havia sido esbofeteado, ela chorou. Chorou ferida. Ferida por muitas coisas. Ferida por estar ali trancada com ele, e Bernarda solta em sua própria casa, ferida porque sabia o porquê daquilo, e agora era a esposa infiel aos olhos do homem que devia ouvi-la antes de mais nada.

-Inês: Não ouse mais mencionar que te trai! O que vê é uma blusa que precisei emprestada e não foi de Loreto e muito menos pelo motivo que pensa, Victoriano! Me coloque como a louca desse lugar, mas não como a que mente e trai como você fez comigo!

Ela nervosa começou desabotoar a blusa. Victoriano não deixando de olhá-la, tirou a mão do rosto, e a respondeu nervoso como ela.

-Victoriano: O que quer que eu pense, se some com meu maior inimigo e volta vestindo uma camisa dele! O quer que eu pense Inês!

Inês bufou, tirou a camisa de seu corpo, segurando-a depois e disse aos berros.

-Inês: Não é dele! Já disse! Essa camisa é, é de nosso Fernando!

Victoriano arregalou os olhos ao ouvi-la e respondeu quase sem respirar.

-Victoriano: Quê? Está louca Inês? O que diz é impossível, é, é insano!

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