Capítulo 3

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Inês já estava na casa dela. Depois da noite divertida que ela teve, ela se deitava na sua cama de solteiro já de pijama para dormir.

E assim no escuro do seu quarto ela fechou os olhos e então ela viu os olhos de Victoriano junto com o sorriso dele invadir seus pensamentos. Inês então abriu os olhos rápido, e ela que estava deitada de lado se virou pra cima e olhou o teto e suspirou lembrando ainda de Victoriano e do urso que ele havia dado a ela, só que por uma lástima no meio do caminho de volta para casa ela havia notado depois da euforia dela, que Loreto já não tinha o urso na mão e havia justificado a ela que tinha esquecido aquele bonito urso em algum lugar do parque. E ela só pôde entender que aquele urso não tinha realmente que ser dela.

Mas querendo deixar de pensar no amigo de Loreto e seu urso perdido, Inês se virou agora do outro lado puxando a coberta e fechou os olhos outra vez para ver se dormia de verdade.

E só fazia alguns minutos que Inês estava em casa que evitando fazer algum barulho para não acordar a mãe dela, ela havia ido direto para o quarto. A mãe de Inês, se chamava Constância Huerta, que era uma mulher de 45 anos, ainda jovem e bonita mas que só tinha Inês de filha. Mas ainda que tivesse na casa de seus 40 anos ainda lhe restando muitos anos pra viver, Constância começava enfrentar problemas psicológicos, como crises de pânico, sofrendo até alucinações e falta de memória por causa delas. O que preocupava muito Inês, de ver sua mãe adoecer dessa forma, depois dela perder a avó materna dela para outra doença mais grave mas que ela temia que a mãe dela desenvolvesse também por ter o gênese na família de doenças como a que a avó dela havia sofrido, que era esquizofrenia. Já que a senhora vó de Inês nos seus últimos anos, havia sofrido de esquizofrenia paranoica até que se matou a beira da loucura, e Inês presenciou sua vó chegar aos poucos nela. E por isso ela temia ver sua mãe também ficar pior. Mas enquanto Inês temia pela mãe, Constância só rogava aos céus que Inês não herdasse nenhum tipo daqueles males que a família Huerta sofria, já que havia sido comprovado que pairava aquele legado nos membros da família Huerta que eram propensos a chegar na beira da loucura caso desenvolvesse uma doença psicológica. Afinal, era como um câncer, que pode ser hereditário em uma família toda mas que na família de Inês era doenças psicológicas que podiam joga-los numa escuridão sem volta tirando eles do mundo real para um ilusório.

E por fazer parte de uma família que tinha uma fama de loucos. Era que Inês e sua mãe, eram julgadas e recebiam olhares tortos na vizinhança que moravam.

Chateada, Inês apenas sentia que ela e nem a mãe dela mereciam aquele preconceito. Mas que ela não podia evitar, apenas seguia em frente. Que ainda que fosse muito jovem, Inês já tinha algumas marcas e responsabilidades, como cuidar agora da mãe dela, o que tinha feito ela amadurecer para aquele lado da vida.

E assim tentando ainda conciliar o sono. Inês começou ouvir gritos, e ela saltou da sua cama e correu para o quarto de sua mãe. E descalça, Inês chegou ofegante ao lado da cama de Constância.

E assim, Inês disse tocando o rosto da mãe suado e ao lado da cama dela.

- Inês: Calma, mãe. Está tudo bem.

Constância então olhou para Inês que estava agachada ao lado dela e tocando seu rosto. A mãe de Inês, era linda. Ela tinha cabelos morenos e olhos bem claros e que Inês havia herdado eles dela, mas que essa beleza podia se apagar se ela se deixasse cair no mundo que estava caindo e que tinha começado com uma silenciosa depressão e que por ela estava acarretando muito mais problema psicológico nela. E isso fazia Constância temer perder a razão e com ela a filha que tanto amava que só tinha ela como mãe naquele mundo, não muito perfeito mas que juntas e unidas como enfrentavam qualquer coisa.

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