Capítulo 70

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Olá. Seguimos aqui mais um ano. Gratidão tenho de ser capaz de ainda fazer o que gosto que é escrever, por ter esse espaço aqui e vocês comigo. Desejo que neste 2023 possamos realizar sonhos e traçar metas, que se cairmos em algum momento, que voltemos a tentar outra vez! Feliz ano novo minhas lindas, que seja um ano belo para todas nós!




O trânsito favoreceu a chegada de Victoriano e Inês. Assim que a caminhonete cruzou o portão, Inês suspirou inquieta no seu lugar. Victoriano pôde ouvir seu suspiro, não deixando passar despercebido. Assim tocando-a no joelho, ele disse.

-Victoriano: Aqui é o nosso lar, é o seu lugar Morenita.

Inês ficou calada. O que a afetava era saber que a separação que forçava acontecer entres eles, tampouco era de seu agrado. Doía pensar nos motivos que se viu exigindo um divórcio e ao mesmo tempo a revoltava.

Com ela puxando o joelho, foi o momento de Victoriano suspirar em forma de um bufo. De repente ela dava novamente os mesmos sinais que deu, quando estiveram pela manhã na casa de seus compadres. Victoriano sabia que teria que reconquistá-la, amansá-la, e finalmente trazer clarezas aos seus pensamentos perante aquele absurdo pedido de divórcio.

Desceram juntos do carro. As meninas que estavam presentes para o almoço, se surpreenderam quando viram os pais juntos.

Constância que os viu primeiro, na companhia de Bernarda, do terraço saiu gritando suas irmãs. Bernarda ficou imóvel enquanto observava a cena.

Inês parou quando sentiu que era observada. Olhou para cima, e descobriu de onde vinha os olhos que lhe causavam desconforto.

Bernarda a mirava da varanda. Tinha as mãos sobre às grades, e apertou as mãos nela. As duas se encararam. Victoriano tocou nas costas de Inês e buscou olhar onde ela olhava, e então disse.

-Victoriano: Eu não posso sozinho Inês. Sem você aqui, Bernarda é o que me resta como apoio para nossas filhas.

Ele tentou justificar o fato constatado que Bernarda seguia na fazenda. Sempre houve aquela comodidade entre ele e a viúva de seu pai. Bernarda sempre esteve presente quando Inês não esteve e nas horas ruins, sempre estava ali para ele. Victoriano apreciava sua presença de um jeito cômodo, apesar das contendas que prevaleciam mais fortes entre Inês e ela.

Inês apenas se afastou do toque dele. Aborrecida desviou também do olhar de Bernarda. Abriu a boca para rebater aquela questão, mas se calou quando viu suas três filhas indo de encontro deles. Elas sorriam, até Constância.

Diana chegou primeiro, dizendo.

-Diana: Eu sabia que logo estaria de volta, mamãe.

A mais velha abraçou Inês, deu depois espaço para Cassandra, e ainda no abraço com sua filha do meio, Inês respondeu Diana.

-Inês: Não é o que está pensando, filha. Eu não vim pra ficar, eu só...

Ela sentiu Victoriano abraçá-la pela cintura, e dizer interrompendo-a.

-Victoriano: Não vamos nos precipitar. A mãe de vocês está aqui para termos um almoço em família, hum.

Inês assentiu, aliviada com a forma que Victoriano havia falado. Constância que ficou quieta de um lado, murchando como uma bexiga depois da fala do pai, viu Inês chama-la com a mão e dizer.

-Inês: Não vai me dar um abraço, filha? Desejei falar a manhã toda com você, meu amor.

A mão de Inês ficou aberta, Constância olhou e depois se viu pegando a mão da mãe.

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