Amor Sem Medidas

Capítulo 77

Olá, queria  falar que o capítulo  está enorme. Enquanto  vocês  leem, dá  pra passar um café,  estourar  pipocas,  chorar, surtar, abandonar  a história e depois se arrepender kk. É,  estou chegando  ao final de uma parte da história, porque depois disso, eu terei  muito  o que consertar kkk.  Espero eu, que tenham uma boa leitura.  Bjs

Victoriano deixou a clínica que havia ido para realizar seu exame, totalmente aborrecido. O exame que faria necessitava dele um relaxamento e estímulo para que fosse feito com sucesso. Mas nem um e nem outro ele tinha naquela manhã, também avaliou só depois as condições que seu corpo estava para realizá-lo. Teria que estar de 2 a 7 dias sem ter tido uma ejaculação, tentou burlar essa parte, mas a seguinte não houve jeito. Necessitava de uma ereção e não teria ela naquela manhã sabendo que Inês estaria na companhia de Loreto. Um espermograma não era tão simples assim, nem todo homem conseguia ter uma ereção com uma completa estranha em uma revista ou com um vídeo erótico que uma clínica disponibilizaria. Victoriano só queria uma tranquilidade em algo, a que já poderia fazer amor com Inês sem se preocupar mais se a engravidaria. Mas nem isso conseguia ter. E por isso estava nervoso.

Ele bufou quando entrou no carro dele, batendo a porta. Dirigiu com intuito de chegar à empresa, que pronto para fazer o caminho de sempre para chegar nela, mais uma vez o desviou. Parou com seu carro embaixo de uma árvore protegido por uma sombra, e depois olhou no pulso seu relógio. Era exatamente 9:15 da manhã. Respirou fundo observando a saída de carros de um condomínio e esperou.

Não  demoraria muito para ele ver a pessoa  que queria ver. Chegou bem no horário  que ele costumava  aparecer. E então  viu.  Carlos Manuel  sair com o carro. Às  vezes só seguia por um tempo, outras deixava ele ir e só ficava olhando até o carro desaparecer . Aquele  era o sexto dia que fazia aquilo. Em horários  diferentes no dia . Mas havia percebido  que pelas manhãs era mais fácil pegar Carlos Manuel  deixando o condomínio, do que pegar ele entrando  no final do dia.

Deveria na verdade nem estar ali. Tinha raiva de estar e se fosse pego negaria qual era seu motivo  de estar de olho naquele  rapaz. Ele suspirou  desejando que ele descesse  do carro aquela vez, mas não fez.  Apenas seguiu seu caminho  à  frente, e então ele o seguiu  ligando o carro.

Carlos Manuel  dirigia bem. Não corria, era disciplinado  no trânsito,  controlado. Pararam no primeiro  semáforo, e Victoriano  conseguiu  vê-lo pegar o celular ao lado. Errado.  Não se podia falar no celular  no trânsito,  nem sequer mandar mensagem.  Diria que àquilo podia ser um ponto de desonestidade do rapaz.  Ninguém  podia ser politicamente  correto aos 22 anos. Na idade dele, estava roubando a namorada  de um de seus amigos. Esse havia sido  Victoriano  Santos aos 22 anos. Carlos Manuel  não tinha nada dele. Nada.

Dirigiu mais duas quadras  na cola  do rapaz, depois virou  uma esquina  aleatória, pensando que deveria parar com aquilo  antes que fosse preso. Antes que fosse ele o obcecado  por aquele  rapaz.  O problema  é  que estava  ansioso  para saber logo  o resultado daquele  DNA.  Antes esteve tão convencido  que não era pai dele. Mas Inês seguia cada dia certa do contrário.  E ela parecia tão sana a cada dia também e a cada manhã que temia que o único desiquilibrado fosse ele naquela história.

Queria seu Fernando. Não Carlos Manuel.  Nem gostava  do nome dele. Fernando Santos  Huerta. Esse era o nome de batismo  de seu filho. Carlos Manuel era um nome composto. Feio. Não pensaria em um nome assim para seu filho homem.

Victoriano  sacudiu  a cabeça.  Se sentindo  um tolo quando sua cabeça lhe acusou de procurar  defeitos  demais no jovem. Ele não era seu Fernando.  Ou era...

Ele passou uma mão na cabeça. Como ia amar um filho crescido? Seria mais fácil amar um bebê adotado ou já uma criança. Amou Diana com todas suas forças. Faria de novo mesmo não  querendo mais filhos.