Capítulo 56

556 57 75
                                    

Olá, lindas. Feliz ano novo! Que 2022 seja um ano melhor para todos nós e para quem amamos!!

Assustada com o grito de Constância, Bernarda deixou o travesseiro cair da mão e acendeu novamente o abajur ao lado da cama de Inês, dando assim de cara com a própria.

Inês acordava confusa e assustada com o grito que ouvira, além de se sentir enjoada.

Constância quando notou que a sombra que viu de pé ao lado da cama da mãe, não se tratava de uma assombração, e sim de Bernarda, se sentiu aliviada, adentrou mais ao quarto, mas não antes de acender todas ás luzes. O que fez agora Inês levar as mãos à frente dos olhos e protegê-los da súbita claridade.

Assim então, Constância foi a primeira a falar algo.

-Constância: Vovó, o que faz aqui? Levei um baita susto!

Bernarda não tinha voz e Inês agora vendo as duas mulheres ao lado de sua cama, resolveu falar enquanto se esforçava a sentar.

-Inês: O que fazem as duas no meu quarto? O que aconteceu?

Ela levou a mão na testa, se sentindo zonza.

Bernarda sentia sua carne toda tremer. Não sabia o que dizer, embora soubesse que teria que dar uma justificativa que valesse sua ida ao quarto de Inês.

Assim então ela apenas disse, mirando apenas o rosto da jovem.

-Bernarda: Constância, querida, eu estava passando e ouvi um som estranho e quis verificar se sua mãe estava bem.

Bernarda esperou uma resposta. Constância apenas franziu o cenho enquanto tentava levar tal informação ao seu cérebro, e não demorou para ela sorrir ilusa, dizendo.

-Constância: Aí vó, a senhora é tão boa. Mesmo não estando bem, se preocupou com minha mãe.

Agora Constância olhou Inês, sentou rápido na cama e amparou a mãe, já que Inês parecia ainda não ter noção do que se passava.

-Constância: Mamãe, a senhora está bem?

Inês negou com a cabeça, com seus cabelos pretos e revoltos lhe cobrindo todo o rosto.

Assim então ela levou a mão na boca. Algo queria deixar seu já vazio estômago, e ela sabia que se não saísse dos braços de sua caçula, deixaria o que fosse que lhe pesava o estômago em cima dela. Então levou apenas alguns segundos para se soltar de sua menina e jogar o corpo para frente.

Assim Inês vomitou para fora da cama onde Bernarda estava ainda parada e tendo seus pés e pernas banhados.

Longos minutos depois. Inês estava debaixo de um chuveiro, enquanto jatos de água em abundância lhe caiam na pele e cabelos. Tomava a decisão de nunca mais ingerir álcool na vida, também fazia o juramento de quando tivesse Victoriano em sua frente, o agradeceria de ele sempre ter sido contra à combinação dela com o álcool. Ele a estava livrando de males como os quais ela sentira, e o pior de tudo era não o ter ali daquela vez que mais uma vez o desobedecia.

Longe do quarto dela, Bernarda também fazia o mesmo. Tomava banho depois de ser vomitada por Inês. Lembrava que teve que mentir e reforçar sua mentira à Constância, que esteve dentro do quarto de Inês, por se preocupar. Também agradeceu que Inês não estava bem fisicamente para debater seus argumentos, com isso, ela apenas viu a atenção de Constância voltarem apenas para sua mãe, a deixando livre de qualquer desconfiança.

Inês levara sorte e ela perdera a oportunidade de ter se livrado finalmente de sua inimiga.

Inês saía do banheiro com uma toalha na cabeça e um robe de banho branco e macio, cobrindo seu corpo. Assim ela viu na beira da cama dela, Constância sentada com uma caneca na mão que saía fumaça.

Amor Sem Medidas Onde histórias criam vida. Descubra agora