Capítulo 71

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Olá meus amores, o capítulo está enormeeeee.

Demorou apenas três dias para que Inês tivesse seu lugar tão desejado. O que pareceu uma eternidade com feridas sendo cutucadas, quando se viu deixando a fazenda outra vez, mas dessa vez, levando mais de seus pertences consigo e tudo que fosse precisar em seu novo lar.

Um apartamento no centro da cidade, apenas duas quadras depois da Sanclat, foi onde Cassandra e Diana a instalaram. No 4° andar de um condomínio de prédios, cercado de segurança e conforto.

Alguns extintores de incêndio e um alarme contra incêndio, foram colocados em pontos estratégicos pelo apartamento. Ar-condicionado de última geração, grades de segurança na janela, e mais de uma cópia da chave junto de uma instalação de câmera, foram reforços exigidos por Victoriano em segredo às filhas. Tudo para garantir que Inês ficasse bem e segura, longe da fazenda, ainda que lhe doesse sua partida desde que ela havia deixado definitivamente o lar deles.

Agora completavam dez dias daquela separação. Inês em seu novo lar, despertava ouvindo barulhos vindo de fora do quarto. Sabia quem era que estava com ela, e sorriu, mas de início não tendo esse estado de ânimo com sua quase moradora junto dela.

Adelaide fazia café na cozinha. Estava combinado que ela passaria ao menos duas noites na semana no apartamento com Inês. A senhora não só quis fazer o que Victoriano pareceu implorar, como sentia que morreria de saudade de Inês se não pudesse vê-la.

-Adelaide: Bom dia.

Ela então disse, passando de bule na mão e indo até a mesa do café delas, quando viu Inês aparecer.

Inês passou uma mão nos cabelos. Vestia uma camisola rosa-bebê e um robe curto e aberto, por cima dela. Ela fechou depois dando um laço, e respondeu Adelaide, ainda sonolenta.

-Inês: Bom dia, Nana. Não a ouvi quando chegou.

Ela sentou à mesa, onde a senhora já sentava também. Tinha bolo e frutas para elas. Inês pegou o mamão fatiado primeiro, e ouviu Adelaide responde-la.

-Adelaide: Victoriano me deixou cedinho aqui e foi trabalhar, por isso não ouviu quando cheguei.

Inês a olhou, tentou não perguntar, mas em vão se viu verbalizando.

-Inês: Como ele está?

A senhora suspirou. Não agradava nada a ela ver os dois separados. Testemunhara àquele amor que os uniam, desde muito jovens quando iniciou. Assim então ela disse.

-Adelaide: Ele não anda bem não. Se faz de forte, mas eu e as meninas sabemos como ele está sem você todos esses dias.

Inês deu de ombros. Bernarda seguia na casa, e ele seguia não querendo se aproximar de Carlos Manuel nem que fosse por curiosidade, e ainda não conseguia perdoa-lo por seus atos recentes que pesaram mais na sua decisão em deixa-lo, ainda que há um dia haviam ido juntos em uma delegacia especialista em sequestros e reaberto o caso do sequestro de Fernando, assim, desenterrando toda as investigações passadas, não conseguia fingir que não tinha motivos que sobrassem para justificar sua saída de casa. Ainda que sofresse também, não podia negar que sua decisão era a única coisa sensata que restou.

Assim então, ela disse convencendo a si mesma.

-Inês: Ele segue com os planos dele e eu com os meus. Estamos melhores assim.

Adelaide a encarou duvidando que ela estava tão em paz como quis soar suas palavras. E disse, pegando um pedaço de bolo de cenoura e cobertura de chocolate.

- Adelaide: Suas olheiras estão mais evidentes essa manhã. Penso que os dois estão sofrendo e isso me deixa triste.

Inês trocou o café pelo chá, quando a ouviu e sem olhá-la, ela disse, revelando toda as causas de sua insônia não só a que se via assunto.

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