Capítulo 65

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Olá meninas, tentei escrever um pouco. Eu deveria escrever muito mais, mas foi isso que fui capaz por hoje. Não deixa de ser uma vitória nos meus dias sem tempo e sem inspirações pra escrever sequer uma frase. Enfim até logo, assim espero...

Depois do orgasmo, Victoriano pareceu ser combatido quando as mãos dele deixaram o corpo de Inês.

Inês rolou para o lado, devagar e desconfiada esperando talvez uma manifestação de fúria vindo dele quando percebesse o que tinha feito, ou melhor o que ela tinha feito. Ela suspirou ainda como estava, ajeitou devagar sua camisola ao corpo e cobriu os seios sem tirar os olhos do corpo grande de Victoriano acima da cama.

Ele tinha os olhos fechados, respirava calmo o que não significava que ele tinha finalmente dormido, talvez a embriaguez tivesse tirado dele não só sua sobriedade, o combatendo na cama.

Assim quando estava pronta para deixar a cama, Inês sentiu em seu pulso a mão firme de Victoriano pegá-la. Ele piscou mais de uma vez querendo enxergá-la sob a luz apenas da noite, que vinha de fora e entrava pela janela aberta. Inês tinha os cabelos revoltos quase lhe cobrindo todo o rosto com a posição que estava, e parou imediatamente quando o sentiu tocá-la.

-Victoriano: Aonde vai, morenita?

A voz dele saiu baixa, ainda que seu toque nela não tivesse frouxado. Uma ação que apesar de não estar por inteiro ali, Victoriano podia lembrar que foi buscá-la naquele quarto por ela ter fugido dele.

Inês ainda vestia sua capa de justiceira, deu a ele o que ele havia ido buscar, mas também tinha ficado com algo que era de seu direito, assim julgava. Tinha dado a Victoriano o melhor dos remédios para sua trapaça, e ele nem ela, poderiam voltar atrás.

Assim então ela disse firme.

-Inês: Não quero dormir, contigo, Victoriano. Achei que eu tivesse sido clara quando vim sozinha a esse quarto.

Victoriano riu de lado. Não a soltou, se moveu na cama e entre os lençóis para se aproximar dela, lhe tocou os cabelos próximo a nuca e a mirou nos olhos e disse.

-Victoriano: Não foi isso que seu corpo me demonstrou. Cedeu ao nosso amor.

Ele procurou os lábios dela. Inês desviou da boca dele, virando o rosto e foi sua vez de rir.

-Inês: Se julga tão inteligente, mas não é capaz de distinguir o que acabou de acontecer aqui Victoriano.

Victoriano se afastou devagar, agora ele desconfiando do que ouvia. E ela apenas seguiu.

-Inês: Talvez essa noite ainda não entenda, mas amanhã quando o que tiver no corpo seja apenas uma enxaqueca, entenderá que depois do que fez, nada ficará como antes entre nós, querido.

Ela saltou então da cama, e não olhou para atrás quando deixou o quarto.

Novamente ao quarto que pertencia a ela e Victoriano, Inês caminhou vendo-o todo iluminado pelas luzes, passou pela cama deles e depois entrou no banheiro.

Se mirou então no espelho. Pôde ver cansaço em seus olhos da noite que já virava dia e que ela ainda não tinha descansado, mas também viu um pouco mais. Viu suas pálpebras inchadas do choro da noite. Ela então suspirou, arrumou os cabelos e pensou que o que tinha feito no quarto com Victoriano não passara de algo físico, algo também impulsivo, muito impulsivo, mas que não poderia se arrepender. Ao menos não seria capaz de fazer tal coisa naquele momento... não ainda ressentida.

Assim então ela tirou a camisola que usava, e decidiu lavar mais uma vez o corpo antes de dormir.

Victoriano no quarto pensou em seguir Inês, mas quando tudo rodou e seu corpo grande tombou para trás acima dos travesseiros, ele se obrigou para o bem de sua sanidade, acreditar que Inês estava apenas a alguns metros de distância dele. Dormindo no lugar que os pertencia.

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