16. Confiança

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DIOGO

4 ANOS ATRÁS

Quando acordei percebi que estava na cama do hospital, parecia que eu tinha tirado um longo, longo, cochilo. Mas me surpreendi ao perceber que quem estava ali era a princesa Anna, ela estava cantando com os olhos fechados. Não consegui identificar muito bem o que dizia, mas consegui falar.

— Alteza...

Ela abriu os olhos e olhou para mim surpresa.

— Você acordou! — ela exclamou.

Eu tentei sentar na cama, minha garganta estava seca. Vi uma jarra de água e um copo ali ao lado.

— Você pode...? — apontei.

— Claro.

Ela serviu um copo de água e me entregou. Eu bebi tudo muito rápido e devolvi a ela.

— O que aconteceu?

— Você levou um tiro, levou um tiro por mim, e quase morreu.

— Eu lembro disso. Mas lembro que você estava sendo levada, você escapou?

Sua expressão ficou triste.

— Não, eles me levaram. Fiquei dois meses lá.

— O que? Quando tempo passou? Quanto eu dormi?

— Você ficou em coma 4 meses.

—  4 meses? Meu Deus.

— Eu sei.

— E você ficou dois meses lá? — Olhei para ela e notei algumas cicatrizes em seus braços, uma ni pescoço, outra na bochecha. Vi também duas muletas encostadas na parede.

— Não se preocupe, depois eu vou fazer precedimentos para tirar tudo que está a vista — ela serviu um copo de água para si mesma.

— Eu sinto muito por não conseguir protegê-la, Alteza. Nem posso imaginar tudo que passou lá.

— Nem precisa. Eu achei que você tinha morrido, mas quando voltei descobri que estava aqui no hospital em coma. E me disseram que nunca apareceu ninguém para te ver.

— É, eu não tenho família.

— Eu soube. Por isso decidi ficar aqui com você.

— Não precisava.

— Claro que sim, até porque você salvou a minha vida.

Esfreguei o rosto.

— Caraca, tudo isso é muito louco.

— Eu sei, e eu sinto muito que isso aconteceu com você. Se quiser, eu posso lhe arranjar um outro emprego, um mais seguro.

— Eu quero, quero um outro emprego, mas não um mais seguro. Eu quero trabalhar diretamente para você.

— O que? Mas...

—  Estou vivo, não estou? E você foi a única que ficou aqui comigo. Eu acredito em você, princesa, e quero garantir — ele apontou para mim — que isso nunca mais aconteça.

— Tem certeza disso?

— Absoluta.


ATUALMENTE

Saindo do café, depois que Anna entrou para a missa com Dominique, João e os amigos, César nos parou na porta.

Flor De Um Reinado: O Homem e a FlorOnde histórias criam vida. Descubra agora